Sixth Reason: Good With People

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Luz não conseguia se lembrar da última vez em que ela havia se sentido tão frustrada sexualmente desde o encontro com Amity Blight naquele bar. O resto de seu fim de semana passou sem que Luz conseguisse se concentrar em qualquer outra coisa além de seus próprios pensamentos e desejos. Seus livros sobre fórmulas e procedimentos não foram lidos e os relatórios sequer chegaram a ser concluídos.

A única coisa que não havia sofrido com a falta de concentração de Luz tinham sido seus treinos no campo de futebol. O treino na academia do campus ficou ainda mais difícil enquanto Luz tentava não pensar em seu próprio corpo pressionado ao de Amity Blight. A futura biomédica pensava em seus quadris se movendo sensualmente contra os de Amity, as palavras que foram sussurradas em seu ouvido evocando todos os tipos de desejos possíveis e impossíveis.

Ela ainda não havia perdoado Willow por ter interrompido seu momento com Amity, por mais que sua melhor amiga tivesse pedido mil desculpas. Luz ainda conseguia se lembrar da frustração.

— Eu já pedi desculpas, Luluzinha! — Willow fez um biquinho, o lábio inferior se projetando para frente de uma forma que Luz achava muito difícil segurar um sorriso. — Mas você ainda está brava comigo.

— E por que será que eu ainda estou brava, Willow Park? — Ela grunhiu enquanto completava sua série de abdominais, seu abdômen doendo na transição para uma prancha.

— Para começo de conversa, foi eu quem a convidou. Se não fosse por mim, não haveria um momento como aquele para ser arruinado. — Willow parecia muito orgulhosa de seu ponto de vista mesmo quando Luz revirou os olhos.

— Você costuma se ouvir às vezes?

— Eu tento. — Ela admitiu com aquele sorrisinho irritante de sempre.

— Você é insuportável, Willies.

— Você já falou com ela sobre a noite passada? — Willow perguntou enquanto se juntava a Luz na posição de prancha, os olhos encontrando os de sua melhor amiga nova no reflexo do espelho.

— Nós conversamos. — Luz respondeu enigmaticamente.

Amity havia enviado uma mensagem para ter certeza de que estava tudo bem e se Luz havia conseguido levar Willow em casa com segurança. Depois disso, as duas trocaram várias mensagens. O quase beijo nunca foi mencionado, mas Amity fez insinuações que deixaram Luz corando profundamente enquanto olhava para a tela do telefone. Não que ela fosse dizer aquilo para Willow.

— Sobre o que vocês conversaram? — Willow a pressionou. — Eu preciso de detalhes, Luz Noceda!

— Por que você é tão irritante? — Luz reclamou quando Willow a cutucou com o cotovelo, um feito um tanto quanto impressionante, considerando que elas ainda estavas na posição de prancha.

— Eu preciso de informações para movimentar minhas apostas com a Boscha. Tenho que ficar à frente dos outros.

— Estou feliz que minhas perspectivas românticas estejam se mostrando tão lucrativas para vocês duas. — Luz estava impassível, seus braços tremendo levemente no esforço de manter seu corpo ereto.

— É por isso que você é uma das minhas melhores amigas, Luluzinha. — Ela respondeu. — Você apoia todas as minhas loucuras.

Luz teve que decidir entre terminar sua prancha ou arruinar a de Willow. Ouvir o gritinho que Willow deu ao cair de cara no chão segundos depois foi impagável.

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Amity não esperava que seu quinto motivo fosse ter aquela reação. Tinha sido uma de suas ideias que a mais deixaram nervosa. Havia uma linha tênue entre o flerte, que as pessoas ainda se sentiam confortáveis, e o assédio. E a última coisa que a jogadora de beisebol queria era que Luz pensasse que Amity estava interessada apenas em levá-la para a cama. Amity jamais colocaria qualquer tipo de pressão em Luz sobre aquilo.

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