Janela.

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Tinha um quimono fino
E transparente
Sentava sempre no mesmo lugar
Onde a via
De pernas cruzadas
Escutando blues e outras músicas calmas
Enquanto fumava
Um atrás do outro seu cigarro.

Foi divertido observar na primeira semana
As vezes ela chorava ou até gargalhava
Dava pra ver que era seu lugar de descanso.

Mas quando apareceu com aquele fino quimono
Marcando a silhueta dos seios...
Não parei mais de pensar em outras possibilidades...

E nos outros dias
Ela continuou
Ali sentada
Onde nem deus poderia alcançar
E eu observava, da janela do meu quarto.

Com o tempo,
Ela foi perdendo a vergonha de ficar exposta aos céus...
E pelo diabo e os sete infernos
Naquele maldito dia ela estava depilada
Aquele corpo, aquele olhar
O cigarro na mão
E o cinzeiro com algumas bitucas.

Seu corpo implorava por ser tocado
Aquela pele alva no sol
Mostrando pros astros a beleza de um anjo...
Ou um demônio apenas insinuando a tentação.

Poderia jurar que ele sorria enquanto se tocava
Não poderia culpar,
Afinal ela estava sozinha
E seus gemidos baixos
Acordavam a fera que escondia...

Isso seria traição?
Eu não tocaria nela,
Não beijaria aquela boca
Muito menos sua buceta...
Então acompanhá-la, não seria um problema.

Esguichar olhando aquele demônio pequeno rindo
Se divertindo e gemendo
Que garota atrevida,
Precisava dar um pequeno castigo.

Mas na manhã seguinte ela não apareceu,
Só no final de tarde do dia seguinte...

Seu marido a puxava pelo cabelo
Obrigando ela a sentar em seu colo,
Abriu suas pernas e de longe ouvi:
"Agora se masturbe pra ele sua cadelinha"

Gelei ao perceber que ambos sabiam
Tanto da janela e quanto a mim.

Mas ao invés de me afastar,
Observei a cena
Ela gemia gostoso
Estava em alto e bom som
Seu marido chupava aqueles peitos
E minha saliva escorreu para meu azar.[...]
L. W. S. C.

Jasão e Medeia (1907)

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Jasão e Medeia (1907). John William W.

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