capítulo 12, confronto.

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capítulo 12, confronto.

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natália correu para os braços do pai, isaac foi logo atrás.

as lágrimas carregavam vários sentimentos.

alegria, saudade, cansaço emocional e principalmente muito medo.

"pai, pai, pai!". repetiu alongando o abraço ainda mais.

além da dor desmedida que sentia em seu corpo por conta dos vários dias desprovido de alimento algo além da alegria tomava conta do médico.

embora estivesse ansioso para dar todo o amor que a filha merecia, admirar a linda mulher apresentada diante dos seus olhos, o medo era maior.

se natália estava ali, era um sinal claro de que morreria juntamente com ele.

"ô meu amor, por quê você está aqui?". você não devia ter vindo". disse ele tentando transmitir amor e repreensão em suas palavras.

"é uma longa história, se deus quiser teremos tempo para eu lhe contar ela"

"eu lamento muito mas vocês não terão esse tempo, só estou esperando o retorno do ruben que já devia estar aqui para nós começarmos, afinal de contas alguns de vocês tem uma dívida pessoal com ele".

"olavo, por favor me mata no lugar da minha filha mas não encosta na natália". "eu fiz o que você queria em troca da vida da minha filha, indiretamente carrego em meus ombros a morte de todos aqueles pobres coitados que você me obrigou a fazer testes  como se fossem ratinhos de laboratório, então você deve cumprir a sua parte". alan colocou os braços em volta do corpo da filha que apenas chorava devido ao medo.

"você não é mais útil meu caro, é completamente descartável, assim como cada um daqueles ratos que só estão trazendo podridão para dentro da minha clínica, eu não suporto esse cheiro".

de fato, o cheiro dos corpos em avançado estado de decomposição era algo que ficaria marcado nas memórias de todos ali presentes pelo resto das suas vidas.

depois de abraçar o marido fortemente, rebeca olhou em volta da clínica, especialmente perto da pequena cama improvisada que sofia fora deixada.

"espera aí, cadê a beatriz?". feroz como uma leoa, rebeca aproximou-se bruscamente de olavo, tentando apertar seu pescoço. "o que um verme como você foi capaz de fazer com uma pobre criança de 3 anos?".

o semblante de tiago tornou-se irreconhecível, no momento em que olavo desferiu um tapa na cara de rebeca com toda a força possível.

"está para nascer o ser humano que vai ter coragem de dar um tapa na cara da minha mulher e achar que vai ficar por isso mesmo". ciente de que devido as mãos trêmulas pela raiva o pastor não conseguiria fazer muita coisa, isaac tomou a frente, derrubando olavo com um golpe.

"alan, rápido, traga alguma coisa para amarrarmos ele". o jornalista exclamou, apertando com força o pulso de olavo que tentava se desvencilhar de toda forma.

tiago decidiu ajudar o amigo que lutava contra o cansaço devido à força do homem imobilizado apertando ainda mais com o intuito do mesmo não consegui sair dali.

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Ao  terminar de amamentar os gêmeos, isabela foi até a cozinha buscar algo para comer, deparando-se com rosa em plena meia-noite preocupada andando de um lado para o outro.

"posso saber o que aconteceu com a minha sogra favorita?". colocou a mão nos ombros da mulher que apenas a olhou preocupada.

"filha, o eric me mandou não te contar mas". hesitou, não sabia como dizer.

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