𝗠𝘆, 𝗦𝗽𝗶𝗱𝗲𝗿-𝗠𝗮𝗻 | 𝗚𝘂𝗮𝗽𝗼𝗗𝘂𝗼

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AU!Spider-man | Fluff | Avisos: Palavras de baixo-calão, ferimentos, dor explicita, beijinhos de cura.
Arte por: @QNaiely

Resumo: q!Cellbit sempre se preocupa com os ferimentos de seu amado quando ele volta de uma missão no meio da noite.

...


Ele acordou assustado, um estrondo barulhento vindo da sua janela. O loiro se levantou rápido, uma leve vertigem o atingindo, enquanto ele trazia o coberto consigo, se livrando dele no meio do caminho, tropeçando nos próprios passos.

Sua sala estava uma bagunça! No meio do escuro, onde a luz da Lua se infiltrava pelas grandes janelas, haviam pedaços de vidro por todo o chão de carpete, um rastro de sangue criando uma trilha deis dê a vidraça quebrada do apartamento até o banheiro principal. Ele seguiu em passos curtos e silenciosos, alcançando uma colher de madeira em cima do balcão de mármore no caminho. Não era a melhor arma para se proteger, mas pelo menos ele não iria de mãos vazias.

Ruídos baixos vinham do banheiro iluminado, apenas uma pequena luz acesa vinda dos led's em volta do espelho quadriculado. Ele entrou, algo como um grito de guerra deixando sua boca, colher erguida em frente ao corpo, seus olhos se fechando assustados.

Outro grito foi ouvido, mais fino, mais familiar. Quando abriu um olho, semicerrando-o, avistou Roier, seu namorado. O menino tinha o traje vermelho de super-herói abaixado até a cintura, um buraco sangrento em sua cintura. As paredes atrás de si estavam manchadas, palmas de sangue pintadas ali, a pia derramava muita água, o líquido transparente se colorindo com o escarlate.

"Roier!" Ele exclamou em horror, soltando o objeto de madeira que antes estava em sua mão. Se aproximou do outro que continha um sorriso tenso e embalou seu rosto em suas mãos, as palmas quentes fazendo carinho nas bochechas coradas de esforço, suor escorrendo de sua testa para toda a face. "O que aconteceu com você, Guapito?!"

"Los hijos de puta endoidaram de novo! 'Só tava parando um assalto." Colocou o braço do outro em volta do seu pescoço, segurando-o levemente para não o machucar mais ainda, mas com o aperto firme para que não o deixasse cair. Cellbit o levou até o sofá marrom, abaixando seu corpo ali, ajudando-o a se deitar, pondo uma das almofadas para elevar seu quadril. 


Puxou o resto do seu traje para baixo, deixando-o apenas com a boxer que ele vestia por baixo. Corou um pouco com a visão, balançando a cabeça rapidamente de um lado para o outro. Seu namorado estava sangrando, não era ora para sentir vergonha de o ver semi-nu.

O menino guinchou baixinho, suas mãos indo em direção ao ferimento, buscando estancar o sangue. Ele correu, desesperado em busca do kit de primeiro socorros que ficava em baixo da pia do banheiro, no pequeno armário de coisas de higiene pessoais. Puxou também alguns panos, molhando um deles com água gelada, logo voltando para o comodo.

Ele puxou a mão do rapaz dali, limpando rapidamente e cuidadosamente em volta do machucado com o pano molhado, logo voltando a estancar o ferimento, dessa vez com uma gaze. Pressionou com força, lágrimas brotando no canto de seus olhos quando ouviu o outro exclamar de dor.

Ver seu amado sentir dor o afetava diretamente. Ainda mais quando no quarto encontro, no dia em que ele foi pedido em namoro, o mexicano se explanou, dizendo ser o 'aranha', que era procurado pela polícia.

No princípio ele fugiu, ignorando-o por semanas. O que ele poderia fazer? Estava ficando com alguém procurado pelas autoridades, acusado de sempre ser um partícipe dos crimes feitos pela cidade de Forest Hills... E além do mais, o menino era procurado pelo seu pai, que era o chefe da polícia da cidade. O que ele faria se descobrisse que seu próprio filho namorava o que ele achava ser um bandido?

Mas ele nunca concordou com as opiniões presas no passado do seu pai. Como um homem que foi criado rigorosamente, ele tentava o criar do mesmo jeito, alegando ser o certo. Então ele conheceu o menino aranha, brilhando com seus sorrisos encantadores e os seus flertes por toda parte, sendo o momento no campus. E ele se sentiu interessado, quase como se ele fosse uma das fórmulas de forense que ele estudava nos fins de semana.

E em meio aos vários encontros que ele tinha com o menino, na biblioteca, nas salas de aula, nos corredores em meio aos beijos roubados; ele descobriu que gostava de homens, e seu pai não aceitou isso muito bem. Afinal, sua mente ainda estava fechada, presa em um passado distante.

Era por isso que ver Roier, seu Guapito, seu amado, deitado em seu sofá novo-pouco se importando se o sujaria de sangue-, e gritando de dor, com o cenho franzido e suor escorrendo abundantemente pelas têmporas, o deixava mal. Com o estomago embrulhado e pesado, seu coração apertando no peito.

Colocou com cuidado o pano molhado antes usado, agora estendido na testa do outro que começava a ficar febril. Ele puxou uma pinça, uma diferente do que ele usava nos corpos mortos, uma que nunca havia sido usada, então tomou todo o cuidado do mundo, ignorando sua mão que tremia, enquanto puxava a capsula de aço para fora da carne esticada, mais sangue deixando o local, descendo como uma cachoeira.

Ele foi rápido em colocar a bala em um dos recipientes em cima da mesa de centro, logo em seguida voltando a estancar o ferimento, dessa vez deixando que o outro segurasse por conta própria, pondo a devida pressão que ele imaginava que precisasse. Ele pegou os esparadrapos, fazendo o melhor curativo que podia naquele momento.

Ele saiu dali, desta vez se dirigindo a cozinha, buscando alguns remédios que aliviariam a dor do seu parceiro. Pegou também um copo de água, pondo-o na mesa, levantando a cabeça do mesmo para o ajudar a tomar com cuidado as pílulas, a água logo em seguida, descendo devagar pela sua garganta seca.

Aconchegou o outro melhor, pondo algumas almofadas em volta do mesmo. Ele se dirigiu ao seu próprio quarto, buscando mudas de roupa e um dos travesseiros da sua cama de casal. Quando voltou para a sala, pode ouvir alguns resmungos acompanhados dos sons de baixos roncos, observando o corpo adormecido do outro, ainda imovel no sofá.

Cellbit foi até ele, primeiro pondo a camisa no tronco nu de Roier, logo em seguida tomando mais cuidado ao por a calça de pijama azul. Levantou a cabeça dele devagar, encaixando o travesseiro ali, analisando para não deixa-lo muito alto, cuidadoso com futuras dores de torcicolo.

"Boa noite, meu homem-aranha." Falou, deixando um selar na testa do seu amado, suspirando logo depois; pegou uma das almofadas soltas por ali, pondo-a no chão e se deitando. Não foi a melhor noite de sono que ele já teve, mas foi reconfortante dormir ao lado do outro, o sentimento de paz tomando seu peito, no seu rosto um sorriso tranquilo e neutro enquanto ele dormia.

Quando o outro acordou, uma leve dor ainda apertava seu abdômen, sua garganta arranhada. Seu corpo estava menos quente, nenhuma 'gota' de adrenalina em suas veias, só a calmaria. Buscou por uma garrafa de água, encontrando uma deixada na mesa de centro.

Se levantou com cuidado, algumas pontadas de dor tomando conta de si, resmungando quando seu pé não encostou no chão e sim em um corpo dorminhoco. Ele riu baixinho, observando o jeito torto em que Cellbit dormia. Seu rosto estava calmo, sem nenhum sinal de preocupação.

Sem muito esforço, ele puxou o namorado com suas teias, puxando-o para o sofá junto a si. O aconchegou em seu peito, sua mão direita rodeando a cintura do loiro, enquanto com a esquerda ele segurava a garrafa de plástico e bebia o líquido morno.

Como um gato, a cabeça do outro se remexeu, buscando um aconchego em seu peito, recebendo quando sua mão esquerda foi entrelaçada com o mexicano e um leve cafuné começava.

𝐐𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐁𝐚𝐭𝐞 𝐀𝐪𝐮𝐞𝐥𝐚 𝐒𝐚𝐮𝐝𝐚𝐝𝐞 - 𝐇𝐜𝐬 𝐝𝐞 𝐐𝐒𝐌𝐏Where stories live. Discover now