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Melissa

Nunca imaginei que Carlos gostasse desse tipo de coisa, mas eu não podia reclamar, apesar de estar toda dolorida, eu adorei jogar esse joguinho. Assim que sou solta, eu dou um beijo apaixonado em Carlos e ele retribui. Então nos afastamos.
"Eu gostei desse jogo." digo com alegria.
Carlos sorri.
"Isso é evidente."

Eu vou mancando até um espelho, e dou uma olhada no estrago. Eu levo um susto ao ver o que Carlos fez. Minha bunda e coxas estavam vermelhas. Carlos vem para perto de mim.
"Você está bem?"
Ele parecia preocupado, então eu o olho e lhe dou um sorriso.
"Será que pode me avisar na próxima vez?"
"Próxima vez?"

"Sim, ou você quer fingir que nada acontece?"
Digo com preocupação.
"Não, eu acho que a essa altura, não tem como fingir."

Eu e ele começamos a nos vestir.
"E então, você aceita casar comigo?"
A pergunta me pega de surpresa.
"Carlos... Você disse que não estava falando sério..."
"Eu disse que o momento não era adequado."
Eu me encolho.
"Por que esse desejo tão repentino?"

Ele vem até mim.
"Eu... Gosto de você, sei que não suficiente para querer casamento... Mas me preocupo com você... Eu quero passar... Todo o tempo com você, sei que é doideira, mas eu juro por Deus... Que eu nunca sentir por ninguém o que eu sinto por você."
Fico boquiaberta com essa declaração.

"E o que exatamente você sente por mim? Já tem algo definitivo que possa explicar?"
Ele pensa um pouco e responde.
"Não, eu não tenho... O que eu sinto por você, eu acho que é cedo para falar, mas tenho quase certeza de que estou apaixonado."
Eu tomo um susto com essa declaração.
"O que você acabou de dizer?"

"O que você acabou de ouvir... Eu tenho 99,9 por cento de certeza de que eu estou apaixonado por você."
Eu ainda não estava acreditando nos meus ouvidos.
"E os 0,1 por cento?"
Ele sorri.
"É a parte chata da minha mente que esta gritando que eu estou sendo muito apressado, e babaca por estar tendo esse tipo de sentimento por alguém tão jovem."

Automaticamente eu abro um sorriso.
"E você vai dar ouvidos a essa parte da sua mente."
"Claro que não, eu parei de ouvi-la desde que nos transamos pela primeira vez."
Eu me jogo em seus braços e lhe dou um beijo.
"Você é a pessoa mais inacreditável que eu já conheci!" eu digo lhe dando beijos.
"Sim, agora vamos nos deitar, já é tarde."

"Meu Deus, que dia! Aconteceu muita coisa no meu primeiro dia de trabalho."
"Pois é."
Nos dois saímos e cada um foi para o seu quarto, eu ainda não tinha certeza se Carlos falou sério, mas por enquanto, eu estava mas nuvens. Dormi tranquila, como a muito tempo não fazia.

No dia seguinte, acordei com um sorriso radiante no rosto, ainda estava sem acreditar nas palavras de Carlos. Me levanto da cama animada para vê-lo, coloco meu uniforme, e amarro o cabelo em um coque, de repente, minha tia entra no meu quarto parecendo irritada, ela tranca a porta e me olha furiosa.

"Quando você iria me contar?!"
Fico sem entender.
"Contar o que?"
Eu fico apavorada, pensando que ela descobriu o meu caso com Carlos. Ou sobre a minha mãe.
"Sobre Suzane!"

Nesse momento, eu senti uma pontada no peito.
"Tia, eu posso explicar..."
"Ela já me explicou tudo ontem a noite, no telefone! Quando você iria me contar Melissa? E não mente para mim!"
Eu não sabia o que dizer, que estava começando a me apavorar.
"Eu... Ela... Tia..."

"Responda a maldita pergunta Melissa!"
"Nunca! Eu nunca iria te contar!"
Respondo com quase chorando. Bianca me olha parecendo não acreditar mas minhas palavras. Ela anda de uma lado para o outro no quarto.

"Mas por quê?!" eu me escolhi com seu tom severo.
"Porque eu fiquei com medo! Ela me disse para ir com ela... E eu não queria... Então ela disse que iria te matar..."
"E por isso resolveu falar com o seu professor?"
Outra pontada no coração.
"O que foi que ela te disse?"
"Isso não vem ao caso! Arrume suas coisas, nos vamos embora!"
Eu a olho confusa.

"Embora? Embora para onde?"
"Ficou burra de repente? Embora para outra cidade, é óbvio. Nem pensar que vou deixar ela te levar para longe de mim."
Ela nunca Havia falado comigo daquele jeito antes.
"Mas assim, tão de repente?"
"Quanto mais rápido, melhor!"
"Mas eu não quero ir..."
"Por que? Porquê deu para o seu professorzinho? Se toca menina, ele só usou você.

"Como você soube...?
"Alem de burra, ficou surda? Sua mãe me conto tudo ontem, sem contar que eu fui procurar você ontem... E escutei uns barulhos interessantes de dentro da biblioteca."
Eu morri de vergonha.
"Mas... Ele..."

"Não tem mais Melissa, arrume suas coisas, agora!"
Então ela sai furiosa só quarto.
Uma hora depois, eu e Bianca estávamos na sala com Raquel e Carlos, pedindo as contas.
"Mas assim tão de repente?" Raquel pergunta incrédula.
"Sim, os nosso parente precisa muito da nossa ajuda." quando foi que ela começou a mentir tão bem?

"E vocês tem data para voltar?"
Pergunta Carlos com o olhar sério. Minha tia responde na maior ignorância.
"Não temos não, senhor!"
Ela sabe o quanto Carlos odeia ser chamado de senhor.
"Hum, então é isso que pretende fazer, antes de completar 18, doce mel?"

Imediatamente eu entendo o que ele quer dizer.
"Eu não tenho escolha, Carlos."
"Quem lhe deu permissão para falar com minha sobrinha assim?"
Carlos a olha com furia.
"Ela mesma, oras."
Bianca me olha parecendo querer me perguntar alguma coisa.

"Melissa, você deu a ele... Aaaahhh!"
Ela começa a gritar com uma mão no peito.
"Tia, o que houve?!" eu entro em desespero, pois minha tia parecia estar com falta de de ar, Carlos e Raquel imediatamente se levantam para ajudar.
"Ela está tendo um ataque!" gritou Raquel, já  dando tudo de si para ajudar minha tia.

Eu gritava o nome de minha tia, enquanto Carlos me segurava para longe delas, ouço a voz de Fernanda, Juliano e Raj perguntado o que estava acontecendo. Aquela é a imagem mais perturbadora que já presenciei, minha tia estava morrendo, e eu não podia fazer nada. Minha tia olhou para mim com os olhos arregalados, então ela sussurrou.
"Eu te amo."

Então ela desfaleceu completamente, Raquel ainda tentava ajudar, mas eu sabia que era tarde de mais. Raquel colocou os dedo na garganta de Bianca, e ela me olhou em tristeza. Eu parei de me de bater e começo a chorar. Minha tia estava morta! Carlos me segurava com força, tentando me consolar.
Todos os tipos de sentimentos se passando por mim.

Eu gritava e chorava em negação, enquanto eu eu abraçava minha tia no chão, implorando para ela voltar. Raquel também começou a chorar, o resto das pessoas na sala só olhavam, sem saber o que fazer.
Minha vida havia acabado. Eu estava completamente sozinha naquele maldito mundo.

Nadando Contra A EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora