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Melissa

Eu estava completamente desesperada, minha mãe, definitivamente fora longe de mais. O gelo no estômago era tão forte, que me recusava a falar a qualquer coisa. Eu e Suzane estávamos sentadas no banco de trás de uma limosine, o clima lá dentro era bem tenso. Até que Suzane quebre o gelo.

"Tenho certeza que de você vai amar sua casa nova, e o seu novo pai também."
Leva casa grama do meu ser para não gritar com ela, e dizer que eu quero voltar para casa. Em vez disso eu permaneço quieta, eu não sei se Carlos ou Miranda ainda estão em perigo.

Algumas horas antes...

Eu estava com o maior tédio na aula de espanhol. Minha cabeça estava definitivamente em Carlos, será que ele estava pensando em mim também? A professora de espanhol, não era das mais chatas, em questão de comportamento, mas com toda certeza era uma das matérias que eu mais odiava. Me dava um grande sono. Mas é lógico que eu não dormia na aula dela, mas vontade não faltava.

Dei graças a Deus por o sinal ter tocado, quando eu e Miranda saímos da sala rindo e conversando, umas das coordenadoras nos parou e perguntou qual de nos dias era se chamava Melissa. Obviamente, eu respondo que era eu eu. Ela pediu para mim acompanha-la até a sua a sala, nem questionei, apenas a segui.

Ao chegar lá, eu encontro minha mãe, de início, eu nem sequer expresso alguma reação, de tão grande que foi o meu choque. Do nada, Suzane fez um teatro, dizendo que veio imediatamente quando descobriu que eu estava doente. Sem entender nada, eu simplesmente digo que eu não estava doente, que era engano dela, imediatamente ela me abraça e diz ao pé no meu ouvido.

"Olhe para a janela."
Rapidamente, eu faço o que ela manda, e meus olhos se arregalam ao ver que tinha um homem com um fuzil mas mãos, apontando para onde eu sabia que era a sala de Carlos. Eu olho para a coordenadora, e ela parece tão normal, será que ela não viu que tem um atirador bem no telhado da escola? Não era tão difícil de ver.

"Se você quiser que seu namorado continue vivo, e qua não haja um massacre aqui dentro desta escola, eu sugiro que faça o que eu mandar, minha garotinha."
Eu senti vontade de chorar,l de desespero, de gritar que tinha um atirador no telhado da escola. Mas eu decido ficar mais calma, não não consigo suportar ver o meu Carlos morto.

Atualmente

O tempo todo eu olho para a janela, não falo uma só palavra, tenho medo de acabar falando um monte de merda, e acabar arriscando a vida da pessoa que eu mais amo nesse mundo.
"Meu Deus, garota, precisa ficar tão quieta assim? Eu hein, parece uma assombração!"
"Por que simplesmente não me deixa em paz? Eu não consigo entender."

Suzane me olha friamente, porém ela responde com um sorriso assustador nos lábios:
"Porque você é minha princesa."
Mais uma vez, eu preciso me segurar para chorar ou gritar.
"Você vai deixar Carlos em paz?"
Ela solta uma risada sinistra.

"Meu amor, não era nem para esse homem estar envolvido nisso, eu nem saberia que ele existe, se você simplesmente controlasse esse seu fogo."
Um nó se forma na minha garganta. Por um lado, ela tem razão, se eu tivesse aceitado numa boa, as condições de Suzane desde o começo, Carlos estaria seguro.

Mas eu não me arrependo, nunca vou me esquecer das nossas conversas, brigas, beijos, nossas *brincadeiras*, são coisas que vão ficar na minha mente. Por outro lado, eu sinto medo de nunca mais ve-lo de novo, nunca mais poder ver Miranda, a Raquel. As lágrimas que eu lutei tanto para conter, estavam ameaçando escorrer pelo meu rosto, mas graças a Deus, a limosine parou.

Nadando Contra A EscuridãoTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon