| SINOPSE | Eu odeio a Jennie, chega a ser chato a quantidade de vezes que digo pra ela que ela não vale nada. Fala sério, como vou gostar de alguém que enche meu saco todos os dias, toda a hora!?
Porra Jennie, você não vale nada.
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Coreia do Sul, Seoul. Terça-feira, 07:12.
— Bom dia Lis. — Rosé fala com a boca cheia.
— Bom dia Chae, cadê a Jisoo? — Pergunto vagando pela casa com o olhar.
— Está se arrumando. — Confessa enquanto continua comendo seja lá o que seja. — Ah! Verdade Lisa, seu pai saiu para trabalhar e pediu desculpas, pois não poderá passar o aniversário com você.
— O quê...
— Eu sinto muito Lis. — Jisoo fala descendo as escadas.
Eu não acredito, a única coisa que pedi para meu pai era que ele não fosse trabalhar e nem isso ele foi capaz de cumprir. Nessa altura algumas lágrimas saíram sem aviso prévio e para ser sincera, eu já estava tão mal que nem ligava mais.
— VOCÊ PROMETEU MERDA!
— Lis calma... — Rosé pede.
Abri a minha boca com o proposito de continuar, porém, sou interrompida com os finos braços de Jennie me abraçando e por mais finos que eles sejam, têm uma força surreal.
— Não fale assim... — Jennie diz com a voz trêmula.
Eu esqueci completamente do que aconteceu com o senhor Kim. Jennie é mais sentimental do que pensei e talvez eu tenha a deixado triste ao falar assim do meu pai.
— Me desculpe. — Peço. — Me perdoe Jen... — Imploro retribuindo o abraço com força.
Me sinto péssima agora, talvez eu esteja sendo egoísta, mas se ele sabia que tinha que ir trabalhar era mais fácil ter falado do que simplesmente ir embora e eu descobrir desta forma, ainda mais no meu aniversário.
— Me desculpe. — Peço novamente sussurrando em seu ouvido.
A verdade é que eu nem sabia se Rosé e Jisoo estavam do nosso lado, estava tão focada em conseguir o perdão da Jennie que nem parei para olhar. Parecia que eu e ela estávamos em uma bolha sozinhas, onde a única pessoa que eu queria consolar era ela.
— Não fale assim do seu pai de novo, por favor... — Ela pede.
— Não irei. — Digo. — Eu não sabia que você ficava mal se eu falasse assim de alguém.
Eu só disse a última parte para tentar fingir que não sei de nada já que se eu apenas pedisse desculpa iria ficar claro de que eu sabia do que aconteceu.
— Não é isso, é só que... — Fala olhando em meus olhos.
— Só que...? — Questiono encorajando ela a continuar.
— Nada... — Eu sei Jen, eu sei o que aconteceu e eu te entendo perfeitamente.
Eu só a abracei novamente e foi o que me fez ver que estávamos sozinhas no local, nada de Jisoo nem de Rosé. Talvez elas estejam nos esperando lá em cima.
