Capítulo 16

41 4 0
                                    

NO DIA SEGUINTE

Eduardo se acordou e estranhou ao não ver Fernanda na cama, já que sempre era ele a se levantar mais cedo para trabalhar. Mesmo assim, ele fez as higienes e se arrumou normalmente antes de ir procurar a esposa, a encontrando lá em baixo, vestida em roupa de ginástica.

− Bom dia. Por que se acordou tão cedo? – Eduardo perguntou estranhamente.

− Bom dia, meu amor. Está fazendo um dia tão lindo lá fora que eu resolvi fazer uma caminhada. – Fernanda falou com um grande sorriso no rosto.

− Hum, você faz bem, o sol ajuda no funcionamento do cérebro.

− Sim. Não vai tomar café da manhã?

− Tomo na empresa, tenho muitos afazeres hoje e não quero me atrasar. Até depois. – Eduardo beijou a cabeça de Fernanda e saiu quase sem encará-la.

Fernanda bufou, sabendo que o único afazer urgente de Eduardo era transar com a secretária em cima da mesa, mas isso estava perto do fim. Ela resolveu se acordar antes dele para pesquisar o endereço da agência de Fafá e se arrumar de modo que ele nem imaginasse que ela sairia de casa, por isso foi só esperar ouvir o barulho do carro dele que ela correu para pegar o dela, digitando o destino no GPS e seguindo para a agência. A ruiva logo encontrou o grande prédio e entrou de nariz empinado, parando no balcão de informações onde um rapaz jovem de cabelo grande digitava no computador.

− Bom dia. Eu gostaria de falar com a dona desse lugar. – Fernanda falou autoritária.

− E a quem devo anunciar? – o rapaz parou de digitar, encarando Fernanda, de sobrancelha erguida.

− A Fernanda Elizalde Juárez. Diga que é importante, assunto do interesse dela.

O rapaz reconheceu o último sobrenome de Fernanda como o de alguém que Fafá falava sempre que era seu maior e principal investidor, com certeza ela gostaria de saber se alguém daquela família a procurasse.

− Aguarde um momento, por favor, vou ver se ela pode recebê-la agora. Fique à vontade, aceita uma água e um café? – o rapaz saiu de trás do balcão, conduzindo Fernanda até uma cadeira.

− Eu só quero falar com a Fafá e tenho pressa, sim? – Fernanda fez careta, impaciente.

− Claro, eu passarei o seu recado a ela. Com licença. – o rapaz entrou por um corredor.

Como o rapaz imaginava, Fafá aceitou imediatamente receber Fernanda quando ouviu seu sobrenome, já pensando ser a esposa de Eduardo e ficando curiosa para saber o que ela queria.

− A senhora quer vê-la imediatamente. Por favor, me acompanhe. – o rapaz voltou já falando para Fernanda.

Fernanda sorriu, se levantando e acompanhou o rapaz pelo corredor com várias portas até parar na maior delas e abrir, dando passagem para a mulher. Era um lugar grande, com vários prêmios na parede. Não se parecia em nada com o que ela esperava, era um ambiente até chique, com Fafá sentada atrás da mesa, a encarando com um ar de deboche.

− Bom dia, senhora Fernanda. Em que posso ajudar?

O rapaz pediu licença e saiu, fechando a porta atrás de si.

− Bom dia. Eu gostaria de saber se você conhece uma tal de Bárbara Greco. – Fernanda foi direto ao ponto, largando a bolsa em uma cadeira e se sentando ao lado, tirando o cabelo do rosto.

Fafá observou Fernanda por um tempo. Ela sabia que quando Bárbara foi embora com Eduardo, um dia Fernanda apareceria querendo informações dela. Sua única dúvida era de que lado ficaria, já que de certa forma tinha carinho pela antiga funcionária e recebia muito dinheiro do rapaz, mas Fernanda poderia também lhe pagar caro, pois uma mulher traída era capaz de tudo.

Amor De QuintaWhere stories live. Discover now