Capítulo 22

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Depois de anos eu finalmente vou ter a minha vingança.
Não foi nada fácil sequestrar aquela garota, ela tem garra, e é bem forte, tive que dopa-la.
Deixei ela lá amarrada, como se não tivesse importância. Mas tem, ela é uma inocente, mas infelizmente é a única que vai me servir no momento, preciso dela para completar minha vingança.
Eu estava preparando algo para a loira comer quando ouço a porta ser aberta e a voz rouca do homem invadir o lugar.

— Recebi seu recado - parei o que estava fazendo para da atenção ao homens de cabelos grisalhos.

— Achei que tivesse sido comido pelos corvos. Que demora foi essa?

— Desculpa, estava resolvendo um assunto.

— Hum - desliguei o forno e coloquei o assado em cima do balcão para esfriar - Você deixou a garota escapar, bem debaixo do seu nariz!!

— Olha como fala comigo seu moleque, o plano foi seu, não foi culpa minha se ela escapou.

— Ah, foi sim. Você tinha a garota nas suas mãos, e esteve cara a cara com o homem que está tentando pegar, e você simplesmente deixou ele escapar!

— Estavam todos de máscara - o velho tentou se explicar e eu não pude evitar rir — Do que está rindo?

— Jake, não estava de máscara, seu velho burro!!

— Vai se arrepender por falar assim comigo seu bastardo.

— Vai fazer o que? Ligar para a minha mãe? Talvez tenha sinal no inferno - o velho suspirou e se jogou no meu sofá, colocando um pouco do meu whisky em um copo.

— Acha mesmo que isso vai dar certo?

— Você não cansa de me subestimar? - me aproximo do velho e tiro o copo de whisky da mão dele — Primeiro, levante daí, essa não é a seu casa. Segundo, eu sei perfeitamente o que estou fazendo, já que a sua incompetência é tão grande, resolvi agir a minha maneira.

— E como tem tanta certeza que ele vem? Até porque a protegida dele está com ele.

— E quem disse que a garota é a única com quem ele se importa? - o velho me olhou e dava pra ver claramente que ele estava confuso — Essa é a diferença entre nós dois velho, eu conheço os pontos fracos daquele hacker maldito.

— E quando acha que ele vem? Afinal de contas preciso deixar meus homens a postos - Ele comenta já se levantando e largando o copo vazio do vazio do whisky na mesinha ao lado do sofá.

— Se eu ainda o conheço bem, então ele não vai aparecer enquanto não tiver certeza que o perímetro é seguro. Por isso você e seus homens não vão ficar aqui.

— O que?!! - o velho me olhou indignado e irritado - Você tem ideia de quanto dinheiro eu já gastei tentando pegar esse maldito?! Não pode fazer isso comigo!

— E foi justamente por isso que nunca conseguiu pegá-lo - sentei na cadeira que havia na mesa e ele arqueou a sobrancelha esperando que eu continuasse — Você é burro.

— Seu moleque insolente! - ele ameaçou vir para cima de mim.

— Se eu fosse você, começaria a me respeitar, esqueceu quem está no comando? Se não fizer o que eu mando, o hacker não será o único procurado da lista do governo.

— Eu não tenho medo de você, seu bastardo. - ele andou na minha direção com um olhar intimidador, e que obviamente, não tenho nenhum efeito sobre mim.

— Ah, não? Então não vai se importar se eu enviar aquele vídeo para o presidente - tiro o celular do bolso e começo a mexer fingindo enviar o vídeo.

— Espera! - Henry gritou e voltei a olhar pra ele - O que eu tenho que fazer?

— Excelente escolha - sorri de lado e levantei da cadeira — Ele já deve ter rastreado o celular da garota Donfort, e com certeza vai dá um jeito de manter a namoradinha dele longe, garanta que seus homens coloque as mãos nela.

— Mas, e os amigos dele? Vão estar protegendo a garota de novo. Ele tentou nos despistar nos dando a foto de uma garota que não tem nenhum registro na internet.

— Não tem, por que ela não existe - ele arqueou a sobrancelha novamente - Aquela garota já está morta a anos.

— Por isso não achamos nada sobre ela. Mas não se preocupe, já sei como podemos pegar a parceira dele.

— Ótimo e eu vou garantir que meu velho amigo venha sozinho.

— Eu sei que temos um objetivo em comum. Mas por que odeia tanto ele?

— Isso não é da sua conta. Agora pegue a garota e faça o que eu mandei.

— E quanto a garota do porão?

— Deixe que eu cuido da senhorita Donfort, agora some e avise seus homens para ficarem preparados.

— Você que manda - Ele se virou para ir embora e finalmente saiu da casa. Terminei de colocar o jantar da Lilly em uma bandeja  e antes de levar resolvi deixar um recado para o meu velho parceiro.

— Nos vemos em breve, velho amigo.

POV JAKE

Eu não acredito no que estava acontecendo, eu já havia pego a localização da Lilly e estava me preparando para ir até o local.

— Jay por favor, se acalma. Vamos conseguir ajudar a sua irmã.

— Não, eu vou salvar a Lilly, você nem pense em sair daqui. - disse em um tom firme e espero que essa teimosa me ouça, embora eu achei que ela vai fazer de conta que não ouviu.

— Me dando ordens agora?

— Sn, é perigoso você ir até lá, isso está me cheirando a armadilha. E nem morto vou deixar você ir.

— Eu vou, você gostando ou não - ela bateu o pé firmemente, estava decidida a ir.

— Você não desistir não é? - me rendi.

— Tudo bem, mas eu esqueci um dos meus equipamentos aqui no quarto, seria muito abuso se eu pedisse pra pegar antes de irmos?

— Claro que não, já volto.

— Obrigado.

Sorri e ela entrou no quarto, e eu tranquei a porta. Ainda bem que instalei sistema de segurança nesse lugar de cima abaixo, até às portas do quarto são ativadas remotamente. Sn não vai sair daí enquanto eu não voltar.

— Sabe que ela vai ficar furiosa né? - Darkness me alertou.

— Eu consigo conviver com isso, não deixe ela sair dessa base de forma alguma.

— Sim chefe.

— Eu preciso... - antes que eu terminasse de falar ouvi meu celular vibrar, e tirei do bolso rapidamente, quando acendi a tela pude ver um símbolo que a anos não via, mas que para mim era muito familiar.

O olho azul.

Droga.

Esperança de um novo começo Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum