Capítulo 32

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POV SN

Eu estava concentrada nessa droga de computador, tudo parecia ser tão mais fácil com o Jake. 
Ou sou eu que sou muito ingênua em pensar que seria fácil hackear um hacker.

Encaro aquela tela com uma pequena caixa para senha e já fiz todas as tentativas possíveis, inclusive o nome da tal Amber e nada.

O mais estranho, é que tenho a sensação de já ter feito isso antes, só não consigo me lembrar onde.

Minha cabeça começa a doer, me fazendo ter outra visão daquela tatuagem, mas o que raios isso significa?
Peguei um papel e um lápis e comecei a rabiscar até formar o desenho daquela tatuagem que insiste em vagar pela minha mente.

Depois de passar um tempo encarando aquele desenho, resolvi voltar a minha tentativa de invasão ao computador do Ajax.

— Não perca seu tempo, nem mesmo o seu namorado pode passar pela minha criptografia.

Eu tive um baita susto ao ouvir a voz do mascarado, quando foi que ele chegou aí?

— A quanto tempo está aí? - perguntei após ter sido flagrada pelo hacker.

— Tempo suficiente para ver você tentar me hackear – ele veio até a mesa e fechou o notebook – Acha que sou tolo a ponto de deixar meu notebook com uma senha fácil? E mesmo se fosse uma senha fácil, acha que eu deixaria tolo de deixar meus equipamentos em um local de fácil acesso?

O pior que ele está certo, mas eu ainda tenho a sensação de que algo naquele notebook me pareceu familiar.

— Tentei mesmo, eu estou cansada de ficar presa, estamos no meio do nada, você quebrou meu celular, eu quero ir embora. 

— Não vai a lugar algum, pelo menos por enquanto. Não é seguro pra você. - Ele falou e eu pude notar que ele estava fazendo um certo esforço para se manter de pé, mas resolvi ignorar.

— Falou o cara que me sequestrou por vingança.

Ele estava usando apenas a máscara preta, pude vê-lo revirar os olhos com a minha resposta e em seguida seu olhar foi atraído para outra direção.

— O que é isso? - Apontou para o desenho da tatuagem e logo voltou a me encarar.

— Não é nada, é só um desenho – falei levantando os ombros sem dar muita importância.

— Você que fez?

Balancei a cabeça em confirmação e tenho quase certeza de que vi um toque de surpresa em seu olhar.

— O que foi? - Perguntei ao vê-lo encarar aquele desenho como se aquilo realmente importasse alguma coisa.

— Nada, é só que... Onde foi que você viu isso? - Ele se sentou no sofá com um pouco de dificuldade e apoio uma das mãos no seu abdômen, será que está ferido?

— Em lugar nenhum, veio essa imagem na minha cabeça, então eu desenhei. Você está bem?

Encarei o homem, que já estava começando a ficar pálido. Ao encarar melhor sua mão que estava em sua barriga, notei que havia sangue escorrendo entre seus dedos.

— Estou, eu... - antes que pudesse terminar a frase, ele desmaiou.

Droga, corri até o homem na tentativa de ajudá-lo, mas ele era pesado demais para carregar sozinha.

— Ei, Ajax. Acorda – dei tapinhas no rosto dele na tentativa de fazê-lo reagir – Acorda. 

Essa seria a hora perfeita para uma fuga, já que dessa vez ele deixou o carro bem na entrada. Mas eu não tenho peito para deixar esse cara morrer aqui sozinho, ainda mais nessas condições. 
Tirei o casaco que ele estava usando e agora dá para perceber que ele levou um tiro bem no abdômen.

Tive que usar todas as minhas forças para carregá-lo até o dançar de cima, o que não foi nada fácil, cheguei até o quarto dele e o coloquei na cama. 

Agora a segunda parte mais difícil, vai ser tirar essa bala. O pouco que eu sei, aprendi com os livros, porém a prática, é totalmente diferente. E se eu fizer algo errado, ele pode acabar morrendo pra valer.

Esperança de um novo começo Where stories live. Discover now