Tudo se inicia quando Bento recebe sua irmã Pilar no prédio azul e encanta moradores. Pilar esconde um segredo sobre si que apenas Theobaldo e outros moradores bruxos sabem, os dois usam esse segredo dizendo que Pilar está ajudando-o no seu armazém...
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Hoje é aniversário da Sol de 14 anos, vai ter uma festa lá no pátio, fiquei sabendo que o tema é country e eu tenho a roupa ideal para isso, sempre fui fã de festas desse tema, minha única preocupação é o presente, mas sei muito bem do que ela vai gostar.
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Eu vou com essa roupa, é bem legal né? Bom, vou com uma maria chiquinha 'pra combinar com o estilo country, tenho que ir 'pra festa agora, to atrasada.
[...]
Chegando lá, tenho a visão da festa inteira, o pátio 'tava todo decorado e todo mundo estava vestido a caráter, até o Theobaldo e a Dona Leocádia, estava eu na entrada e Sol e Pippo vêm na minha direção. - Pilar! Essa roupa tá incrível! Diz a garota me abraçando empolgada. - Você 'tá igualzinha a uma garota country dos Estados Unidos. Digo - Valeu! Diz fazendo "joinha" 'pra mim. - Aqui 'tá seu presente, espero que goste, não abra aqui, por favor, eu queria que você abrisse depois da festa, é uma surpresa bem inesperada! Digo um pouco alto por conta do barulho. - Legal! Pilar, eu e o Pippo viemos aqui também 'pra perguntar do Bento, você tem notícias dele? Pergunta Sol mudando completamente seu semblante no rosto. - Ah, a gente se falou sim, ele disse que a escola é muito legal e já fez várias amizades novas. - Ah... bom, pelo menos ele tá gostando né, você sabe se ele quer algum dia voltar 'pro Brasil? Pergunta Sol novamente com um semblante triste no rosto. - Eu acho que não Sol, sinto muito. Digo meio triste também. - Poxa, que pena, sinto tanta saudade dele. Diz meio cabisbaixa. - NÓS sentimos! Diz Pippo dando ênfase no"nós" - Claro, claro! Diz Sol meio gaguejando- Bom, de qualquer forma, obrigada Pilar, pelas duas coisas. Diz e sai deixando eu e Pippo. - O que deu nela? Digo meio preocupada. - Sei lá, ela acordou com isso hoje, ela 'tava bem animada 'pra festa e do nada veio com esse assunto. Diz Pippo. - Que estranho, mas, acho que meu presente vai mudar esse humor, tenho certeza. Digo - O que que é hein? Hein? Pergunta balançando a sobrancelha tentando me sacanear. - Deixa de ser curioso Pippo, eu hein, não vou falar e ponto final. Digo - Ah, poxa, eu sou detetive, me pedir 'pra deixar de ficar curioso é que nem pedir 'pra um gato parar de tomar leite. - Azar o seu detetive Pippo, agora, com licença. Digo e vou em direção a pescaria, lá estava Dona Leocádia, Theobaldo e Tobby, estava ao lado de Theobaldo. - Oi Pilar, você quer jogar? Diz Theobaldo. - Ah, quero sim! Digo, mas Tobby me interrompe. - Nada disso padrinho, depois de você era eu, tá com a memória de uma tartaruga? Diz Tobby meio furioso e toma a vara de mim e engenho minha sobrancelha com a situação. - Nada disso, quem vai jogar sou eu, me dá isso aqui- Diz dona Leocádia tomando a vara da mão de Tobby, assustado, o garoto se desloca para meu lado. - Ah Dona Leocádia! Assim não vale, o Tobby pediu bem antes de nós duas, a senhora podia muito bem esperar a sua vez como todo mundo. Digo irritada e o garoto continuava do meu lado meio assustado. - Mas, quem é você pra falar desse jeito com uma adulta que merece respeito? E uma coisa, o prédio é meu, quem manda sou eu e inclusive esse pátio também é meu então essa vez vai ser a minha, pirralha do chapéu azul. Diz a mais velha, bufo com a boca e cruzo meus braços expressando raiva. - Calma Pilar, você conhece a Dona Leocádia, você me ensinou que nesse mundo, existem pessoas muito possessivas e que a Dona Leocádia justamente era uma delas. Diz Tobby relembrando daquele episódio que tivemos no armazém. - É, eu sei, mas, não é justo, não é só porque ela é a síndica que não pode esperar a vez como TODO MUNDO né Tobby. Digo ainda com os braços cruzados. - Sabe o que não é justo? Diz Tobby e eu espero uma resposta convincente- Ver uma garota bonita e sensata desse jeito por causa de uma discussão com a síndica, logo você que sempre ensinou as pessoas a fazer o certo, porque não pode usar a sua própria atitude pra enfrentar aquela fera? Ele diz e fico impressionada. - Quando que você deixou de ser sonso e resolveu me ensinar "coisas da vida"? Digo fazendo aspas. - Quando eu conheci uma pessoa chamada Pilar Prata. Diz meu nome inteiro e fico pasma. - Como você sabe meu nome todo? - Eu sei de muitas coisas sobre você que não sabe. Diz meio convencido. - A é? Como o que por exemplo? - Como... é... como... tá, foi o Pippo que me disse isso, mas eu ainda posso saber de mais coisas sobre você "Pilarzinha". Diz dando ênfase no "apelido" que ele me deu. - A não Tobby, pode ir parando com essa palhaçada, você sabe que odeio que me chame assim, é patético. - Ta bom, eu paro, rainha do gelo. - Tobby Trons. Aumento meu tom de voz - Tá, tá, parei, se bem que vc tá mesmo parecendo uma rainha do gelo toda azulzinha desse jeito. Diz se referindo a minha roupa. - Preferia quando era mais sonso. O garoto olha para mim com o maldito sorrisinho de canto maligno, porque o seu sorriso tinha que ser tão brilhante? Tão irritante? E ao mesmo tempo tão sereno, em menos de duas semanas esse garoto chegou aqui e entrou de carona na minha mente, com aquele olhar inocente e provocante sedento por algo que nunca vou saber, e as duas mãos no bolso da calça enquanto balançava seu corpo lentamente esperando que eu dissesse algo, mas estava em um pequeno transe com meus olhos tendo acesso a todo seu rosto, então, é aí que sinto uma voz masculina me chamando. - Ei, Pilar, acorda menina! Me chama Pippo e estala seus dedos no meu rosto e saio do transe. - Hã? Quê? Disse...alguma coisa?Digo pausadamente. - Xiii!! Essa aí não tá bem não. Diz cruzando os braços. E na real, eu perguntei se posso ficar aqui com vocês, 'tava chato lá com a Sol e a Sissineide. - Ah, tá, claro, porque não? Joga aí! Tento disfarçar sobre minha pequena situação fora de mim.
Dona Leocádia foi brincar com a boca de palhaço com o Theobaldo e Tobby e eu estávamos observando Pippo jogar, na boa, ele é muito bom, sério, se a gente fosse ganhar alguma coisa nessas barraquinhas da festa, ele já teria ganhando vários prêmios. Pippo saiu da pescaria e foi para a boca de palhaço pois seu pai estava por lá e o chamou para ir brincar juntos, estava eu aqui com o Tobby novamente, o garoto percebe a distração de seu padrinho e veio puxar conversa comigo, já esperando oq ele irá dizer. - Dá pra dizer o que que foi aquilo? Ele diz com a mão na vara tentando pescar um peixe, mas ainda sim concentrado em mim. - Aquilo o que? Fiz de sonsa - Vai me fazer pensar que você é besta? Logo você? Diz arregalando seus olhos para mim e franzindo sua testa -Você ficou parada por alguns minutos e tava na minha direção, eu fiquei bem chocado, você sempre se faz de durona e do nada fica toda bobinha olhando pra minha cara. Diz e congelo - O mundo não gira em torno de você Tobby. - O mundo talvez não, mas você sim. Ele diz me olhando de cima a baixo e fico sem palavras, mas elas voltam no mesmo segundo. - Olha, na verdade eu não estava olhando para você, caso não tenha reparado, tem uma barraca de pedras atrás de você, e eu gosto de pedras, tenho uma coleção e fiquei admirada, está satisfeito? Tobby olha para trás e percebe a barraca, depois olha para mim novamente. -Ah, tá. Após isso ele cai na "real" que na verdade era "fake", e fica encarando a barraca de pescaria olhando fixamente e ficamos em total desconforto silêncio, até que somos interrompidos pelo Severino entrando com... UM PÔNEI???