CAP XVIII

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Pov Stenio :
Estava almoçando com a Janja quando meu telefone toca:
- Oi mãe-digo.
- Boa tarde, tenho notícias para vocês. Tá com a Janja ?
- Tô sim, ao lado dela- respondo.
- Coloca no viva voz então.
Não disse nada apenas coloquei e depois de ter ativado o viva voz digo :
- Pronto.
- Tenho novidades, um dos nossos detetives encontraram rastro deles no Paraguai, e aparentemente quando chegaram lá e compraram uma van.
- Que? Paraguai ?- Janja dizia enquanto chorava.
- Como assim mamãe ?- questiono.
- As crianças estão em grupo. Primeiro o detetive conseguiu imagem deles em um posto de gasolina, foi seguindo câmeras e encontraram a casa que eles estavam hospedados, depois descobriram que um primo de um tal de Brisado vendeu uma van a eles.
- E aí ? - pergunto processando tudo.
- Tentaram coagir ele para conseguir informações mas ele realmente não sabe.
- E agora mamãe?
- E agora é que vocês são dois irresponsáveis, isso sim. Como não consegue ter controles dos seus filhos-  um voz seria diz
- Papai ?- questiono reconhecendo aquela voz
- Sou eu mesmo! Como vocês mentem esse tipo de coisas para os meus netos e ainda não são capazes de segurar eles. Sabe que merda isso significa? Que eles podem estar em qualquer canto do mundo, e quer saber mais uma coisa ? Tá difícil encontrar eles, porque minha neta é uma gênia. Demoramos mais de 10 dias para achar uma informação que aconteceu no primeiro dia.
- O senhor tem razão- digo chorando.
- Agora fiz o que nos resta. 1 detetive em cada país nas redondezas, se não funcionar aumentamos o número ou abrangemos mais países. Tenho que desligar, a reunião vai começar.
Antes que eu pudesse desligar a ligação meu pai já tinha feito isso para mim. Ele realmente estava bravo, principalmente comigo e com a Janja.
- Janjinha não fique assim- falei já me recompondo da pancada que tinha levado a pouco.
- Seu pai tem razão. Como a gente deixou tudo isso acontecer, se acontece algo com eles nunca vou me perdoar- ela dizia enquanto chorava.
- A culpa não foi só sua- digo triste também
Pov Janja
Não tinha mais chão, não sabia mais o que fazer. A cada dia que passava me sentia pior, não tinha notícias sobre meus filhos isso me deixava aflita de uma maneira inexplicável.
- Quando encontrar eles vou matá-los- Stênio dizia secando os olhos que haviam molhados com a lágrima que caia a pouco.
- Credo, Stênio. Isso não é coisa que se fale- digo em tom de bronca.
- Janja, não é certo o que eles fizeram. Como tem coragem de fazer isso com a gente somos pais deles, e por mais que erramos isso não os da direito de fazer isso. Fazem 11 dias que eu não tenho vida, que não durmo, que fico preocupado pensando o que pode está acontecendo.
- Eu te entendo, mas acho que eles foram por conta das nossas atitudes. Tenho que afirmar que depois que nós separamos Larissa descontrolou ainda mais, até o João Pedro que sempre foi mais calmo em relação a irmã tava surtando também.
- Então acha que isso é culpa nossa ?- ele pergunta integrado.
- Não totalmente, mas parcialmente tenho culpa também.
- Como assim Janja, não tô entendendo a onde você tá querendo chegar- ele fala tentando compreender.
- Apesar de mesmo depois da separação a gente se da bem não é a mesma coisa para as crianças. Não é a mesma rotina. Sempre fui mais severa do que você, acho que com você aqui tinha o equilíbrio de um ser mais sério e outro aliviar um pouco.
- Você acha mesmo ?
- Bem nunca tinha pensado nisso até esse momento. Na minha última discussão com a Larissa ele disse isso, que desde que você foi embora tudo estava uma merda, que ela só ficava de castigo. E agora parando para observar ela tem razão. Assumo que não sou tão paciente com ela como sou com o João.
- Mas janja da para te entender, normalmente a Lari passa de todos os limites mesmo- ele fala tentando tirar a culpa de mim.
- Eu sei, mas derreteste poderia agir de maneira diferente, dar mais espaço e ter um pouco mais de molejo com certas ocasiões.
- Eu assumiu meus erros também. Sempre a mimei de mais, muito mais do que o João. Acho que acabou tentando recompensar isso. Enquanto um mima um o outro mima outro- ele termina a fala rindo.
- Pode ser- fala rindo também.
- Mais e aí como vai ser ? - ele pergunta.
- Como vai ser o que ? - pergunto sem entender nada.
- Quando eles voltarem. Não quero obrigar eles a nada Janjinha. Não quero que eles fujam de novo.
- Acho que não poderemos dar espaço para isso acontecer novamente. Temos que ser sinceros, abrir o jogo e dar um pouco mais de espaço a eles, mas não muito senão vão acabar extrapolando muito- falo.
- Concordo- escuto Stênio dizer e logo emendar outra fala- Pera aí, acho que meu celular tá tocando
Não respondo nada, apenas o observo para saber e entender o que está acontecendo.
- É minha mãe.
- Oi, mamãe.
- Encontramos o lugar que as crianças estão. Estou indo busca- lãs agora.
- Que ? Eles estão bem ?- escuto Stênio questionar.
- Acredito que sim, acharam vídeos e fotos deles em um centrinho perto de uma ilha.
- Coisa da Larissa
- Com certeza.
- Não comenta com ninguém agora, eu quero busca- lós, e conversar com eles antes de vocês. Isso não pode se repetir nunca mais.
- Não sei se é uma boa ideia.
- Stênio, eles são meus netos e isso que aconteceu foi inadmissível, isso não poderá e não irá acontecer novamente.
- Eu sei mamãe, mas as vezes você é brava de mais.
- Que bom que você sabe e não vai ficar me contrariando.
- Já que não tem outra saída.
- Ótimo
- Mamãe,muito obrigado
- Tchau meu amor
- Acharam eles Janjinha, acharam- escutei o Stênio gritar enquanto chorava de felicidade
A minha única reação foi sentar e começar a chorar também.
Quanto alívio senti em saber que eles estão bem, que está tudo certo.
- Ei janjjjha, tá tudo bem. Não vamos ficar chorando. Vamos pegar o jatinho e ir para Nova York agora- Stênio falava animado.
- Nova York? Eles estão lá ?- quantionando não entendendo muito, não seriam burros de irem para cidade que meus ex-sogros moram.
- Não, estavam em um centrinho, algo assim. Mas minha mãe já foi buscar eles- Stenio me responde- e ela vai levar todas para Nova York, lá vemos como fazemos com os outros.
Pov Stênio
Meus pais encontraram meus filhos, estou tão aliviado de saberem que estão bem, que nada de ruim aconteceu.
Acionei o meu piloto que rapidamente atendeu e tudo estava pronto nós esperamos.
- Já está tudo pronto. Vamos para o aeroporto- digo a janja
- Calma aí, vamos levar algumas coisas para as crianças.
- Se você acha nescessario tudo bem- respondo a ela
Subi no quarto deles com ela e pegamos algumas coisas que achamos que seria nescessario
Depois fomos até o aeroporto e pegamos o jatinho que faria uma viagem de quase 12 horas até encontrar meus filhos novamente.

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