Cap XIX

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Pov Larissa
Hoje o dia foi simplesmente sensacional. Andamos pelo centrinho, fizemos compras, inclusive que saudade estava disso. A noite foi melhor ainda, fizemos o nosso próprio lual, cantamos, tocamos, dançamos. Transmitimos paz, harmonia e alegria, a tempos não me sentia tão bem e acolhida, hoje foi um dia inesquecível.
Depois de toda a festa cada um foi para seu quarto, mas decidi ficar na sala que tinha uma vista esplêndida do mar e da cidadizinha mais perto que havia ali, fiquei por tempos até que fui dormir.
Acordei com um barulho estranho, mas ao mesmo tempo conhecido. Turbina de avião. Me assusto e levanto correndo pensando o que possa estar acontecendo.
Saio e encontro todos os meu amigos saindo dos quartos também. O barulho é muito alto, todos estávamos assustados.
Me assustei ainda mais quando sai da casa e dei de cara com o jatinho da minha avó.
Meus pensamentos naquele momento travaram, não conseguia raciocinar nem um pouco, eram muitas informações e pouco tempo.
Saio do meu transe com o João me balançando e falando:
- Larissa, mano. É a vovó ? - ele fala desesperado e assustado.
- Aaa...Cho que é. - respondo travando.
- Caramba, é a vovó- João fala enquanto está com os olhos arregalados.
Para por um instante e reparo na cara de pavor de todos que estavam ali, minha avó é uma das pessoas mais bravas em determinadas situações que eu conheço, e pressinto que essa seja uma delas.
O silêncio é quebrado quando abre a parto do jatinho e enfim ela desce pelas escadas, quando coloca o pé na areia diz :
- Que bonito. Então é aqui que vocês estiveram esse tempo todo?- ela questiona com um olhar penetrante em mim e no João já que estávamos um ao lado do outro.
Permanecemos em silêncio e então ela continua.
- Já que não responderam vou levar como afirmação que estavam aqui.
Ela diz e se aproxima perto de mim e consequentemente do meu irmão.
- Quero que vocês peguem suas coisas agora e coloquem no avião.
- V...vó-   João diz enquanto ainda estou paralisada, perplexa com tudo.
- Nem tenta- ela diz seria, com grande convicção e continua andando em direção ao restante do grupo.
- e vocês façam a mala também- ela diz.
- Por que?- rafa a questiona.
- Por que ? você está me perguntando o porquê? Você tem certeza dessa pergunta?- ela fala sem perder a classe, se tenho que concordar com algo é que mesmo extremamente brava ela nunca perde a classe.
- Tô, você não é minha mãe- rafa responde e cabrito concorda.
- Senhora, para você é senhora!- ela fala e continua- vocês não estão em máxima nenhuma de contrariar qualquer coisa aqui, acham mesmo que o que fizeram foi certo. Seus pais tão no Brasil cheio de preocupações. Então arrume a mala e entre no jatinho. - ela fala e se retira.
Obedeci-a imediatamente. Fui ao meu quarto e juntei todos os meus pertences fechei a mala e a levei ao jatinho.
Voltei para dentro da casa para tomar água, quando chego a cozinha me deparo com ela sentada também bebendo água.
Então finalmente tomo coragem de a encarar e conversar.
- Vovó- digo e ela prende a atenção em mim, e consequentemente continuo a falar- não era minha intenção colocar a senhora no meio disso.
Ela continuo me olhando, não disse nada. Apenas esperou que continuasse meu raciocínio, e assim fiz.
- eu juro, não era para ter sido assim. Jamais gostaria que a senhora ou que o vovô passasse por qualquer sentimento desse tipo.
- E seus pais, você queria que eles passassem por isso? Acha isso certo ?- ela questionou com o tom de voz baixo, mas firme transparecendo a bravura que estava.
- Sinceramente sim- respondi e abaixei o olhar e a cabeça, o olhar dela estava me passando um sensação esquisita.
- Conversaremos melhor em Nova Iorque- ela disse.
- Nova Iorque ? - questiono sem entender
Ela não me responde apenas levanta e se retira da cozinha.
Tomo meu copo de água e vou atrás do João.
- Ei- digo assim que o avisto.
- La, vamos fazer o que ?- ele pergunta.
- Não temos como fugir, essa aventura acabou- respondo ele meio tristonha e ele me abraça.
Tempo depois me afastei do abraço e coloco minhas mãos em seu rosto.
- Ei, tá tudo certo- digo e o abraço novamente.
Pov João
É acho que foi isso, minha avó nos encontrou, não temos como fugir dela.
Fiz o que ela pediu, ou melhor mandou. Arrumei minhas coisas e levei ao jatinho.
Estava sentado no sofá quando a ouço :
- terminaram ?
- Sim senhora- Larissa responde.
- ótimo, quero todos vocês no jatinho.
E assim fizemos.
A viagem toda foi em um completo silêncio, todos pareciam estar anestesiados, pensamos em muitas coisas que poderia acontecer, muitas teorias, mas com certeza essa não era uma delas.
Horas depois pousamos em Nova Iork, para ser bem específico na casa da minha avó.
Todos descemos do avião e adentramos a casa. O pessoal ficou incrédulo com o tamanho e com a decoração. Realmente a casa dos meus avós é fora do normal.
Sentamos no sofá e Andrey, empregada que trabalha a muito com meus avós, desde de quando meu pai era pequeno, veio até nós e diz:
- Querem algo para comer ou beber?
Todos ficam em silêncio até que brisado diz:
- aceito um suco e um bolo- ele diz sério, e todos nós começamos a rir
- Tão rindo do que? - ele pergunta.
- A gente tá claramente fodidos e você querendo comer- Ju o responde.
- Claro, a chance de ser a minha última refeição é grande- ele fala convicto.
Fomos todos a sala de jantar e tomamos um café, fui interrompido quando meu avô adentrou o local.
- Tudo bom com vocês ?- ele perguntou
- Oi vovô- Larissa diz e levanta correndo para abraçá-lo, que retribui o abraço.
- tá chorando vô?- questiono ele.
- Não, não- ele diz enquanto enxuga a lágrima disfarçadamente, e então continua a falar- Vocês quase me mataram do coração- ele fala sério.
- Foi mal, não era intencional colocar você e a vovó no meio disso- Larissa diz.
- Verdade vovô- digo.
- Eu entendo meus amores- ele fala enquanto faz carinho no meu cabelo e no da Lari.
- A avó de vocês estão esperando todos na sala, quer conversar- ele diz.
- 0 a 100, qual a probabilidade dela matar a gente?- Larissa questiona .
-101- meu avô fala
- ah que maravilha- brisado diz
- boa sorte- meu avô fala e nos vamos a encontro da minha avó

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