Capitulo 2 - Um dia não tão promissor.

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Hoje em dia

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Hoje em dia.

O dia estava terrível. Nem era meio-dia ainda, e Caroline Valadares já tinha acordado tarde, prendido o pente em seu cabelo, perdido seus óculos embaixo da cama, queimado a mão com pães de queijo quentes e, para piorar, seu melhor amigo Pietro, que deveria estar em frente à sua casa há vinte minutos, não respondia às suas mensagens. Um começo de dia promissor, pensou. Ela estava surtando.

Não deixando muito tempo para dúvidas, em vez de esperar indefinidamente por uma resposta de seu amigo, ao qual ela enviava inúmeras mensagens, ela decidiu simplesmente pegar sua bicicleta — e capacete — e partir em direção à escola.

A ideia não foi ruim, mas o cabelo dela, que já havia sido uma batalha logo pela manhã, estava agora duas vezes pior por causa do capacete. Os cachos que antes estavam levemente arrumados eram agora um completo caos. A escola ficava a quinze minutos de sua casa, um trajeto curto em comparação com as corridas que ela costumava fazer, mas foi o suficiente para fazer com que seu estômago se revirasse com o café da manhã composto por pãezinhos de queijo e cappuccino e a sensação de enjoo aumentasse. Ela estava suada, enjoada e com o cabelo bagunçado agora.

Mas ela não se importou muito com esses detalhes, simplesmente deixou a bicicleta no suporte e correu para dentro da escola. Estava nervosa, o suficiente para que sua ansiedade aflorasse e suas mãos começassem a tremer como de costume. Ela sabia que, se atrasasse mesmo que um pouco, teria que comparecer à diretoria e assinar o livro de atrasos, seria a primeira vez em cinco meses e certamente ela odiava quebrar seus recordes.

O dia pareceu melhorar para a Sra. Francisca — a secretária da diretora responsável pelo famoso livro — assim que avistou Caroline, seus lábios se curvaram em um sorriso enfadonho, enviando um arrepio pela espinha da jovem. Ela parecia muito feliz em vê-la.

Carol se lembrou das tardes em que matava a aula de educação física e jogava Ludo com a mais velha. Francisca era terrivelmente ruim e sempre perdia. Elas tinham tentado jogar outros jogos, mas nenhum deles vingou. Isso também a fez lembrar da vez em que a Sra. Francisca Vieira comprou dados sensuais pensando que fossem algum tipo diferente de jogo de RPG e de forma constrangida Caroline pode visualizar as diversas posições — traumatizantes — que vinham naqueles dados.

— Carol, querida! — Um sorriso genuíno brotou nos lábios da Sra. Francisca, mas não foi correspondido da mesma forma por Carol, que discretamente abriu um sorriso amarelo.

— Olá, Sra. Francisca! — Fingiu alegria, dirigindo-se prontamente ao caderno.

Ela gostava da Sra. Francisca, mas era da mesma forma que gostava de todos os seres humanos um pouco mais velhos: eles eram gentis, agradáveis com ela e, às vezes, irritantemente a consideravam uma "aluna perfeita", o que sempre vinha acompanhado de cobranças. Isso acontecia principalmente com sua mãe.

— Faz tempo que a senhorita não se atrasa, não é mesmo? Cadê o Pietro? — Ela sabia que se entrasse em uma conversa, aquele assunto se estenderia e sua aula favorita de matemática, que estava acontecendo naquele momento, acabaria sendo perdida. Suas mãos começaram a tremer um pouco mais.

A fórmula de BaskhetWhere stories live. Discover now