Capitulo 3 - O dia de clube.

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Não conseguia parar de fitá-lo

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Não conseguia parar de fitá-lo. Ele estava tão mudado, havia crescido muito mais e agora parecia tão... atlético. Seu corpo estava musculoso, ainda que esguio. Seus cabelos pretos estavam um pouco mais longos e desgrenhados de um jeito charmoso. Seu rosto estava mais masculino. As características que o diferenciavam estavam mais evidentes agora, características que ele havia herdado de sua mãe, uma mistura de asiático com indígena, e de seu pai português.

Matteo estava diferente. Seus lábios estavam mais rosados, seus dentes alinhados e brancos. Seus olhos, no entanto, continuavam os mesmos, um preto intenso que Caroline percebeu que estava encarando, e que também a encarava de volta. Ele havia notado seu olhar e agora estava olhando-a de volta descaradamente. Ela sentiu uma vergonha percorrer seu corpo assim que ele a olhou, e suas bochechas coraram.

Mas, como se tivesse gostado daquilo, Matteo piscou para ela e, por fim, sorriu.

Não foi apenas ela que notou isso; logo, boa parte da sala parecia olhá-la — poderia ser coisa da sua cabeça — mas estava convencida de que a estavam encarando. Então desviou o olhar e voltou seu foco para o livro. Sim, o mais importante era focar naquele livro.

Pietro se esgueirou para a sua classe, que ficava em frente à de Caroline. Ela não prestou muita atenção onde Matteo havia sentado e, naquele momento, estava apenas focada em de algum modo ignorar a existência dele, sem saber ao certo por quê.

O último período parecia uma eternidade. Quando o sinal alarmante tocou, avisando que estava na hora de ir embora, ela se sentiu aliviada, mas tensa ao mesmo tempo. Sabia que uma hora ou outra teria que falar com ele e deveria enfrentar isso de frente. Não havia motivo para ficar intimidada. Talvez ele fosse alto, mas aquilo não era justificativa, até porque nem era tão alto assim — foi o que ela pensou.

Seus pensamentos mudaram assim que parou ao pé da porta e deu de frente com seu amigo e Matteo, que parecia ter muitos centímetros a mais que ela. Não conseguiu articular palavras suficientes enquanto encarava o garoto.

— Quanto você mede? — perguntou, deixando escapar.

Antes de qualquer cumprimento ou cortesia, ela havia dito mesmo aquilo? Se repreendeu mentalmente por não ter elaborado uma apresentação boa o suficiente para alguém que não via faz tempo.

— Vai fazer minha avaliação física? — Matteo proferiu. Sua voz, a qual ela não ouvia há tempos, agora estava grave e profunda. Ela pensou que talvez fosse agradável ouvi-lo cantar.

— O que?

— Do basquete — ele arqueou a sobrancelha, parecendo confuso.

— Eu... não jogo basquete.

— Ah... — ele parecia desapontado. — Achei que tivessem enviado você.

Ela negou com a cabeça, olhando para Pietro, que parecia divertido com aquilo.

A fórmula de BaskhetOnde histórias criam vida. Descubra agora