A Verdade

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Jennie Kim

Cuidadosamente, coloquei a minha xícara para baixo, com medo de deixar minhas mãos trêmulas derramar meu café.

- A verdade. Sobre o quê?

Apesar de sua calma externa, vi uma torrente de emoção escondidas em seus olhos. Ela desviou o olhar, fitando a cidade, tomando seu chá, casualmente majestosa em sua beleza real.

- Você lembra-se o que lhe disse? - Engoli em seco. Eu quase tinha esquecido.

- Você tem um segredo que me preocupa. - Me sentei em linha reta, empertigada e apropriada, uma va tentativa de me manter contida. - Você falou, que quando me contar isso mudaria as coisas.

Ela assentiu, finalmente colocando sua xícara para baixo e olhando para mim. Lisa descansou sua panturrilha no joelho, inclinando-se para trás.

- E quando souber, o que foi que eu disse que você provavelmente faria?

- Iria embora. - Foi um sussurro. Acho que eu não vou lhe contar como me sinto, ainda.

- Sim. - Ela engoliu em seco. Eu nunca tinha visto Lisa tão nervosa. - Antes de começar, saiba disso: Você é minha. Será minha para sempre. E eu cuido do que é meu. Então, se você for embora... Não terá preocupações. Nunca mais, não importa o quê. Você entendeu? - Seu olhar exigia uma resposta, então eu assenti.

- Sim. Entendo. Mas não entendo o que você poderia me dizer que iria mudar...

- Basta ouvir. Não interrompa. - Manoban se sentou virada para a frente, com os cotovelos sobre os joelhos, as mãos cruzadas na frente dela. - Você me reconhece Jennie? Será que... quero dizer, acha que já me viu? - Fiz uma careta.

- Eu... pensei que poderia tê-la visto antes, mas nunca fui capaz de saber. Por quê?

- Eu conhecia o seu pai. Nós... nos encontramos antes. Brevemente. Sete anos atrás. - A compreensão me atingiu como uma tonelada de tijolos.

- Meu primeiro ano de faculdade. Estava visitando o meu pai no serviço. - Achei dificil me lembrar mas consegui. - Eu sempre entrava em seu escritório, quando ia vê-lo. Minhas aulas eram no centro bem perto, ia visitá-lo o tempo todo e tinha acabado entrar. Daquela vez, o seu secretário tentou me parar. Ouvi vozes em sua sala, vozes raivosas. Entrei de qualquer maneira. Papai estava em pé atrás de sua mesa, de frente para a janela. E... você estava lá. De terno e gravata. Ambos pareciam chateados. Assim que papai me viu, ele... mudou. Agiu como se nada estivesse errado. E você também. Essa foi a única vez que ele agiu como se não tivesse tempo para mim. E me disse para voltar mais tarde.

Fiz uma pausa, meu estômago estava revirando.

- Dois meses depois, a polícia o encontrou. Em uma garagem. Morto a tiros. Eles nunca descobriram quem o matou.

Eu não conseguia respirar enquanto os olhos de Lisa, agora frios como gelo ártico, encontraram os meus. Ela piscou duas vezes.

- Eu fiz. - Meu mundo girou e a minha visão estreitou como um túnel preto.

- O... o quê? O que quer dizer? Você o matou? Por que... você iria dizer algo assim, Lisa? - Meus olhos piscaram, o meu coração batia forte e náuseas prendiam o meu estômago. Ela piscou de novo e não olhou para longe de mim.

- É verdade. Sinto muito, Jennie. É... foi em legítima defesa. - Balancei minha cabeça.

- Não. Não. Isso não faz nenhum sentido. Auto-defesa? Quer dizer, como, se meu pai tentasse matá-la? Por quê? Eu não... não entendo o que você está falando, Lisa. - Ela se levantou de repente e se inclinou sobre o parapeito.

Taken - Jenlisa G!PΌπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα