28. Minha calmaria.

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JUNGKOOK


Sentimentos vão muito além de palavras e eu sempre tive isso em mente. Palavras são vagas e de nada valem quando não demonstradas em ações. Jimin, desde o dia em que o conheci, demonstrou ser alguém que não consegue colocar o que sente em palavras, mas demonstra o que sente através de suas ações. Ele estava cuidando de mim com tanto carinho e debaixo daquele chuveiro, abraçado por ele, comecei a chorar quando constatei: Jimin também está apaixonado por mim. 

Eu não precisava de palavras para entender, apesar de ser agradável ouvi-las, isso bastou. Ouvir como o coração dele bateu tão rápido quando voltei a repetir que estou apaixonado por ele foi apenas mais uma confirmação.

Em meio a todo caos que foi o início do meu dia, eu estava ali, sendo abraçado por ele, sorrindo com ele, e juntos estávamos sendo a própria calmaria um do outro. 

Quero poder morar nesse abraço aconchegante e nesse sorriso pra sempre. 

Mesmo que eu não quisesse sair do seu abraço, terminamos o banho e saímos debaixo do chuveiro. Nos trocamos no quarto e mais uma vez estava ali em minha cama, com Jimin ao meu lado. 

Gosto tanto do seu cheiro…

Eu tinha meu rosto encostado em seu ombro, escondido em seu pescoço, somente para sentir seu cheiro. 

— Sabe, estou quase conseguindo meu apartamento… ㅡ Levanto meu olhar para conseguir ver seu rosto, entreabrindo os lábios surpreso. ㅡ Vou só terminar de assinar alguns papéis amanhã e provavelmente, ele já vai ser meu. Quer ir comigo? 

Nossos olhares se encontram e nossos rostos estão bastante próximos. Jimin brinca com o piercing em seus lábios, aparentando estar nervoso enquanto espera por uma resposta minha. 

ㅡ Eu quero ㅡ respondi, abrindo um pequeno sorriso sem mostrar os dentes, observando ele fazer o mesmo. 

Estou tão feliz por ele querer minha presença em um momento importante de sua vida… Eu me sinto tão, tão especial. 

Enquanto ainda o olhava e percebia seu olhar intenso sobre mim, ouvi alguém batendo na porta, nos tirando do transe em que havíamos entrado. Olhei para minhas próprias mãos, começando a me sentir tímido.

Voltei minha atenção para a porta quando Jimin foi até lá e a abriu, vendo então Namjoon. Meu primo falou brevemente com ele antes de vir até mim, sentando-se na ponta da minha cama.

Conversei com ele sobre o que aconteceu e, mesmo que já me sentisse calmo para tal coisa, ainda assim não consegui evitar que algumas lágrimas rolassem por meu rosto. Recebi um abraço caloroso e conversamos um pouco mais, mudando para outro assunto que não fosse aquele acontecimento. Perguntei como estavam meus outros amigos, sentindo saudades de cada um deles, e Namjoon falou que avisou no grupo que eu tinha voltado e que eles estavam querendo me ver, mas não vieram até meu quarto porque ele contou que eu precisava descansar, por não estar me sentindo muito bem. 

Após certificar-se de que eu estava melhor e entender o que havia acontecido pra que eu chegasse tão repentinamente no colégio, e principalmente, abalado, ele me deu mais um abraço e saiu para voltar ao seu dormitório e terminar de se arrumar, pois pelo que parece, vai sair com seus pais.

Fiquei mais uma vez sozinho com Jimin no quarto. Olhei em direção à escrivaninha e o vi concentrado em algo que desenhava, mais uma vez com seus fones de ouvido.

Fui me aproximando devagar e ele não pareceu notar, nem mesmo escutou o som dos meus passos. Iria colocar meus braços em volta do seu pescoço e abraçá-lo, estava pronto pra isso, até meu olhar se direcionar inevitavelmente para o papel e fiquei surpreso ao ver meu rosto ali.

My Roommate {pjm+jjk}Where stories live. Discover now