Mon Prince, Lestat

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Acordei meio atordoada. A pancada na minha cabeça deve ter sido muito forte, afinal a dor era quase impossível de suportar agora, era como se meu cérebro estivesse solto e balançando a cada movimento que eu fazia.
Eu não sabia onde estava e nem o que havia acontecido.

- Má Chére... - ouvi aí meu lado em tom doce. Arregalei os olhos.
- Lestat?

Virei para o lado, sentindo uma dor absurda para tentar me sentar, e lá estava ele, com seu lindo sorriso cruel e seus olhos violetas me olhando profundamente, enquanto colocava os cabelos dourados atrás da orelha.

- Senti sua falta, chérie.
- Ah, Lestat! - Me atirei em seus braços, empolgada e ainda um pouco confusa. - Eu te amo tanto, mon Prince.

"Mon Prince?" De onde eu havia tirado isso? Achei estranho uma fala tão instintiva sair de mim assim, mas não me preocupei naquele momento. Ele estava aí e era tudo que eu queria.

- Deve estar faminta, não é?
- Lestat o que está acontecendo? - perguntei confusa.
- Me perdoe, Chérie. Eu me descuidei e levaram você de mim.
- Nunca achei que Santin fosse real...
- Infelizmente é. Mas não se preocupe mais agora, ninguém mais irá levá-la de mim.
- Como eu voltei? O que aconteceu?
- Você se lembrará aos poucos, sua mente ainda está um pouco abalada e você está sem se alimentar. Beba, Chérie.. - disse ele mordendo o pulso.

Vi seu sangue escorrer violentamente como uma cachoeira, antes de tomar seu braço em minhas mãos e levá-lo a boca.
Extase, prazer. Era como se houvessem imagens e sons jorrando na minha mente, mas eu não era capaz de identificar nenhuma delas... E os sons... Violino, chuva, água correndo, meu próprio coração batendo...

- Já chega, Chérie, já chega. É o suficiente. eu sei... É complicado no começo... Mas você precisa parar.

- Droga, Lestat. Estou faminta.

- Eu sei, meu amor, agora vamos pra rua. Você precisa treinar sozinha, embora jamais estará sozinha novamente. - pegou em meu queixo delicadamente, me puxando para um beijo.

Seus lábios eram frios, macios, doces... Tinha gosto de sangue fresco e menta do campo... Ele me puxou pela cintura, sentados na cama, aproximando-me de seu corpo, e logo me levantando para sentar-me em seu colo, de frente para ele. Abraçou me forte, e colocando suas mãos por baixo de minha blusa, arranhando-me as costas com suas unhas pontiagudas e firmes.
Gemi de dor, e logo sentia minha pele se regenerar fechando os arranhões, antes que ele os fizesse novamente, para me ouvir gemer abafado de dor, enquanto ainda tinha minha boca na sua. Afastou-se por um momento:

- Conheça o ciclo, e case-se comigo por meio dele, chérie.

Ele sorriu malicioso, e me beijou novamente antes que eu pudesse responder, puxando-me a língua para sua boca e cravando as presas nela, fazendo me sangrar em sua boca. Instintivamente fiz o mesmo, sentindo seu gosto, quente e doce, misturando-se ao gosto do meu sangue em nossas bocas. Ele me beijava mais e mais intensamente, e eu podia sentir a vida, ou a morte, pulsando em minhas veias, trocando meu sangue com o dele e sendo agora... Dele. Pra sempre... Dele... Como eu sempre sonhei.

Jogou me deitada na cama, bruscamente, colocando uma de suas mãos atrás de minha cabeça para que eu não batesse e deixou meus lábios, indo violento a morder meu pescoço.
Pensei excitada "leve-me a beira da morte, para que eu me sinta sua", e eu desejava instintivamente, sem pensar, que queria que ele me sugasse até que eu quase morresse, pois eu queria me sentir tão fraca em seus braços, que pudesse me sentir seu brinquedo e propriedade.

- Lestat... - gemi baixinho.

Ouvi sua voz em minha mente, o que por um instante me assustou, "tem certeza?".
Ele abaixou-se rasgando minha blusa e mordendo-me os seios. Pude vê-lo olhando-me nos olhos fixamente enquanto ouvi novamente "tem certeza?". Não sabia se era real ou se eu estava sonhando, mas respondi em meus pensamentos "sim, tenho certeza, mon Prince", e ouvi instantâneamente "jamais irei te machucar, confie em mim". Nesse momento ele desceu, abaixou minha calça e mordeu-me no ventre.
Eu me sentia cada vez mais fraca, mas o prazer era incompreensível, eu gemia baixinho "Lestat" repetidamente até que quase não podia mais sequer pensar, e apenas pedi em pensamento "agora me foda!". Senti ele soltar um riso sarcástico ainda próximo ao meu ventre, e vi ele limpar o sangue dos lábios.

- Você não muda, Lera.

Puxou minha calça violentamente para baixo, tirando a com força, e depois tirando sua camisa. O corpo dele era tão irresistível... Forte, definido e de uma pele absurdamente branca, onde era possível ver cada uma de suas veias arroxeadas sob a pele de porcelana.
Suspirei fundo quando ele abriu minhas pernas e abaixou-se novamente para colocar os lábios em mim.
Sentia meu corpo fraco e desesperado, a beira da morte, enquanto também sentia-o implorar por gemidos, quando ele colocava a língua repetidamente dentro de mim.
Ele subiu, deixando-me molhada, sorrindo malicioso para mim.

Meu corpo se contraiu de prazer absoluto quando ele penetrou-me fundo, ao mesmo tempo que mordeu seu pulso novamente, dando-me de seu sangue, para recuperar minhas forças.

Eu urrava de prazer, abafado, segurando seu pulso contra minha boca, enquanto sentia suas estocadas fundas e ouvia ele gemer de prazer, fechando os olhos levemente a cada movimento.

Eu o amava, e sentia como se o conhecesse melhor do que ninguém, como se aquela não fosse a primeira vez.

"Mon Prince, Mon "sweet" prince, Lestat"

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⏰ Last updated: Jun 29, 2023 ⏰

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A Orgia dos Vampiros  (Lestat Fic)Where stories live. Discover now