[EM ANDAMENTO]
Mount Hel era um pacato vilarejo para lobos excluídos da sociedade tradicional dos lupinos ou para aqueles que buscavam uma nova vida fora dos perigos atuais. Viviam em harmonia, em respeito e em concordância com os líderes da matilha...
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Bem vindes a mais um capítulo.
Boa leitura 💜
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Medo.
Era tudo que Chungha e Taehyun sentiam naquele momento. De mãos dadas, tentavam achar conforto um no outro para que não deixassem transparecer o pavor que eclodia dentro deles.
Estavam todos reunidos na pista de dança da boate: funcionários do bar, seguranças da porta, os ômegas e betas que exibiam seus corpos naquela local, os capangas, Chungha e, claro, Mingyu no meio da grande roda.
Irritado, nervoso e colérico.
Assim que chegou de volta à boate, após fazer mais umas buscas inúteis a outros hospitais para saber onde Jungkook havia se tratado, Mingyu seguiu direto para o quarto do ômega. Mas, ao chegar ao local, se deparou com a cama vazia e uma Chungha chorosa abraçada a um Taehyun que a consolava.
Ao ver o chefão de volta, Chungha se desesperou e ao ser confrontada sobre onde ele estava e o que tinha acontecido, a única resposta que saiu dela, sem planejar muito, foi "não sei". As duas únicas palavras saíram com a voz trêmula e baixa já pelo pavor que dominava seu corpo de ser descoberta e o pior vir acontecer a ela. Mas, como a mão de Mingyu permanecia em torno de seu pescoço, os olhos dele continuavam a transmitir toda a raiva que sentia e os gritos dele com a pergunta insistente de onde ele estava ainda ecoavam por seus ouvidos, ela acabou contando que havia ido à farmácia comprar remédios para ele e que ao voltar, ele não estava mais na cama. E ela não sabia para onde ele havia ido ou como tudo havia acontecido.
Sabia das consequências, mas mentiu. Mentiu para proteger seu menino e talvez proteger a si mesma, pelo menos naquele momento.
Mingyu, ao escutar as palavras dela, enlouqueceu. A soltou e a deixou cair de qualquer jeito no chão, esmurrando a parede acima da cabeça dela, a fazendo se encolher no pânico que sentiu. Todo seu corpo pequeno tremeu diante da ameaça de ser descoberta. Taehyun assistia tudo, do outro lado do quarto, apavorado. Mingyu revirava o rosto devido a dor que sentiu quando quase quebrou os próprios ossos devido à força que empenhou no ato anterior. Sentiu seu coração e cabeça bombarem e quase explodirem tamanha a ira que se passava dentro de si. E foi com essa ira que chamou seus capangas e fez com que eles varressem o entorno da boate em busca dele. Pensou que ele, naquele estado, não pudesse ter ido muito longe.
Mas, quando os capangas voltaram, um tempo depois sem ele ou sem notícias dele, algumas garrafas e copos voaram pela sala alheia. E se praguejou mais ainda ao olhar o monitor da TV desligado e não ter nem as imagens das câmeras já que, durante o dia, elas ficavam desligadas por nunca ter tido nenhum problema naquele horário. Socou a mesa várias outras vezes, chegando a deixar que o sangue começasse a escorrer pela pele ferida. Foi quando ordenou que todos, sem exceção, estivessem presentes na pista de dança, alguém teria que ter alguma informação sobre o paradeiro de Jungkook. E se não tivessem, ele ia descobrir.
