Capítulo XXIV - Passado Intocável II

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Trauma infantil serão abordados nesse capítulo

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Trauma infantil serão abordados nesse capítulo. Pode ser um assunto sensível para algumas pessoas…⁠ᘛ⁠⁐̤⁠ᕐ⁠ᐷ

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       Enquanto andava, Dylan mantinha os olhos fixos no garoto de cabelo escuro ao seu lado. Ainda não tinha certeza se foi uma boa ideia ou não aceitar o acordo feito por Levi. “Ele é um tabu para mim. Não sei dizer ao certo o que pensa ou pretende. Não consigo decifrá-lo. É como se fosse um código a qual jamais conseguirei decifrar. Em ambientes públicos, é comum ser insano, mas, quando não há ninguém por perto, torna-se frio, mudando totalmente. Nunca deixa de ser uma ameaça para mim. É assim que o vejo. Uma ameaça.”
       
       
        “É alguém muito imprevisível. Portanto, tento manter o máximo de distância possível. Muitas vezes faz coisas a quais são um mistério para mim. Como agora pouco que consertou a urna em questões de segundos, nem se quer vi colocar as cinzas da irmã de volta. Ao contrário dos outros garotos, ele parece ter um propósito claro, que ainda não descobri, mas que continuo empenhado em descobrir. Agora subitamente, diz que precisa da minha ajuda para algo. Não faço ideia que proveito teria para ele, mas acho que algo positivo não virá.”
      
       
        — Vai continuar me encarando ou vais fazer as perguntas que tanto anseia? Sei que está cheio delas. — Disse Levi ainda andando sem olhar para o cacheado ao seu lado.
       
       
        — Por qual razão você da minha ajuda? Além disso, por que não pediu para seus amigos? — Dylan diz mesmo um pouco exitante, procurando tirar as dúvidas que tanto o perturbavam.
       
       
        — Simples. — Levi diz se colocando a frente do outro garoto que imediatamente para de andar. — Eles são inúteis. — Respondeu com um sorriso que fez Dylan ter arrepios. — Diferente deles que pensam pequeno como seu cérebro, penso fora da caixa. Eles não passam de bonecos a qual me divirto enquanto faço a vida dos outros um inferno, mas isso é apenas um passatempo. O que pretendo é bem mais interessante que isto. E você... — Ele aproxima o seu rosto ao de Dylan. Apenas a luz da lua que escapava de trás das nuvens da noite fria os iluminava. — É apenas mais uma peça do meu tabuleiro.
       
       
        “É evidente. Ele é alguém que eu não deveria me unir, mas sim manter distância. Nos seus olhos demonstram sua frieza. O que ele quer dizer com pensar fora da caixa? Seu objetivo, suas ações, aquilo que planeja, seus pensamentos, tudo é imprevisível, e eu odeio isso. Odeio pessoas imprevisíveis, pois nunca consigo decifrá-las.”
       
       
        — Me encontre a amanhã nesse mesmo horário, após o jantar. — Levi mais uma vez interrompe os pensamentos de Dylan. Antes que ele pudesse fazer mais perguntas, Levi se vira indo em direção ao dormitório ignorando as dúvidas do outro. — Até amanhã. Caracol. — Ele acena sem olhar para trás.
       
       
        Dylan fica imóvel no meio do jardim a qual atravessavam para ir ao dormitório, procurava entender quais as intenções de Levi. Logo se dá conta de que devia continuar andando, caso contrário, teria mais problemas do que já tem. Um vento forte e gélido, que guiava as folhas secas a um destino desconhecido, faz com que Dylan se envolva ainda mais em sua jaqueta de couro, logo andando mais rápido para não congelar ali fora.
       
       
       Assim que entra no cômodo, o cacheado avista as crianças se organizando para dormir. Os dormitórios eram divididos por gênero, com exceção dos bebês que eram todos junto, mas separados das crianças com mais de três anos que passavam a dormir com as outras. Por sua vez, aqueles que completassem doze anos iriam se separar dos menores e se juntar a outros adolescentes. Apesar das camas serem todas iguais, com cobertores e travesseiros brancos, costumavam diferir com as coisas que ficam no criado mudo ou com as coisas que estavam acima da mesa.
       
       
          Seu dormitório não era grande coisa, principalmente se comparado com os quartos de crianças ricas, abençoadas com pais capazes de lhe conceder até o céu se quisessem, mas era aconchegante o bastante para quem não tinha pouco mais do que sua própria inteligência e dois pares de sapatos. Com paredes de pedra até a metade, sendo a outra parte de madeira, com janelas longas espalhadas por todo grande cômodo. Tendo em torno de cinquenta camas, cada uma tinha ao lado um criado mudo, simples, feito de madeira. A cama era de ferro, um pouco enferrujadas, mas não tanto ao ponto de pegar tétano assim que encostasse.

Triângulo Das Bermudas - Para onde vai a água do Mar (PAUSA)Where stories live. Discover now