A Filha Do Submundo

Capítulo 26 - Ela desapareceu!

Raphael

A Melanie deve está irada comigo, demorei um pouco lá em baixo com o invasor. Mas eu não tive culpa, mestre Enoch insistiu que fosse eu à interrogar o invasor demônio. Mas não tive nenhum resposta produtiva. O demônio só abriu a boca para debochar de nós. Eu até lhe deu algumas pontapés, mas ele não abriu o jogo de jeito nenhum. Mestre Enoch acha que a vinda dele aqui deve ter algum motivo além de apenas querer invadir o palácio. Todos do conselho concordamos que ele é apenas um capanga que enviaram para nos distrair, então voltamos a vasculhar o palácio e eu estou aqui agora correndo para o quarto da Melanie e torcendo para que nada tenha acontecido a ela. Quando para em frente ao quarto da Melanie estou aqui ofegando, abro a porta meio desajeitado.
-- Melanie... - digo afegando. Olho ao redor do quarto mas está vazio. A varanda está aberta, então, talvez a Mel esteja nela olhando a lua. Torço para que isso seja verdade. Vou caminhando até a varanda e chamo seu nome.
-- Melanie, você está aí? - não ouço nenhuma resposta. Chego a varanda e vejo que está vazia. Definitivamente a Melanie não está aqui. Saiu do quarto correndo para avisar aos outros que a Melanie sumiu, mas quando vou passando pelo corredor vejo a escada pequena que dá para a cobertura. Será que a Mel está lá? .Penso. Vou rápido correndo até lá, só para chegar lá em cima e ver que também está vazio, nenhum sinal da Melanie. Desço novamente os degraus mais depressa do que posso e quase caiu mas logo me recupero. Vou correndo para a sala do conselho, tomara que todos ainda estejam reunidos lá.
    Chegando em frente a porta do conselho, eu paro e encaro a porta por alguns segundos e então abro-as. Vejo que os membros do conselho estavam se levantando para sair, mas quando me vêem, param onde estavam como se esperassem uma notícia ruim.
-- A Melanie sumiu - digo de uma vez só. Vejo Rachel vir correndo em minha direção quando ela chega perto o suficiente ela me enche de perguntas 'como aconteceu? Você viu? A sinal de luta no quarto dela? Você viu quem a levou? ... ' Mil perguntas possíveis, mas antes que eu a responda o mestre Enoch chama-me.
-- Vem aqui Raphael, conte a todos o que viu - esse era o fato, eu não vi nada, nada que pudesse ajudar à encontrá-la. Devia ter a trazido para ver o invasor comigo. Se eu não tivesse a deixado sozinha ela ainda estaria aqui.
-- Raphael? - chama o mestre. Caminho até o centro do conselho onde fica o grande altar. O grande altar é onde agradecemos nossas vidas e as coisas boas que Deus nos concede, mas também é onde o portador de uma notícia ruim deve contá-las, onde um traidor deve ser executado, onde os demônios são mandados de volta para o inferno, e onde as ordens são dadas. Devemos agradecer no mesmo lugar que tomamos nossas decisões, nesse mesmo lugar que já morreram pessoas, pois nesse lugar é temos a sabedoria de fazer nossas escolhas e é nesse lugar que temos de agradecer o que nossas escolhas nos possibilitaram, de bom ou de ruim.
-- Eu não sei mestre. Cheguei no quarto dela e vi que ela não estava lá, apenas isso. - digo quando percebo que todos estavam olhando para mim esperando uma resposta.
-- Ela não pode apenas ter ido andar pelo palácio? - pergunta Rachel um pouco alterada.
-- Eu a procurei, senhora - digo.-- Ela não pode ter sumido de novo! - exclamou Rachel, levantando as mãos e passando ambas pelo cabelo num gesto nervoso.
-- Temos que interrogar o demônio outra vez, mas agora temos que tomar medidas mais agressivas - diz o mestre Enoch, e depois olha para os guardas que estão na porta do conselho.
-- Tragam-o para mim - completa o mestre Enoch. Os guardas saem para cumprir as ordens.
-- Mestre, alguém mandou esse demônio menor para nos distrair do objetivo principal deles. Mas quem será que o enviou? - pergunto mesmo sabendo que o mestre não tem a resposta.
-- Isso nós vamos descobrir quando o demônio menor chegar aqui - responde-me o mestre.
-- Mestre, tenho uma coisa para falar - digo. Todos me olham inclusive a mãe da Melanie.
-- Fale, meu jovem - diz Enoch.
-- Hoje cedo vi a Melanie conversando com o demônio da arrogância, loucura e luxuria, Belial. Ela disse que ele a ajudou no castelo de Lúcifer e que só tinha vindo para conversar com ela. Eu achei não achei isso normal, mas a Melanie me pediu para eu não contar. Eu não estou botando a culpa nela, pois eu não contei por minha própria decisão, mas agora acho que tomei a decisão errada. Talvez tenha sido aquele demônio que estava conversando com a Melanie que tenha dado as coordernadas do palácio para os outros. - digo, isso é como um desabafo. Eu sempre suspeitei de Belial e eu tenho quase certeza que ele está envolvido nesse plano. O mestre me olha com uma expressão de pura raiva.
-- Mas que idéia absurda de não contar o que aconteceu foi essa?! - ele bate com suas mãos na mesa com um gesto de fúria.
-- Garoto estúpido, vê o que aconteceu? Agora o inimigo tem a arma mais poderosa nas mãos dele! - completa o mestre.
-- Com todo o respeito, mestre Enoch. Não quero que se refira a minha filha como arma! - diz Rachel com raiva. O mestra a olha e com incompreensão.
-- Então o que ela é a não ser uma arma? Foi você que a criou, Rachel. Uma arma contra nós - diz o mestre encarando a Rachel com uma fúria devastadora. Mas antes que a Rachel consiga responder o demônio menor chega com os guardas o puxando bruscamente para o centro do conselho.
-- É assim que tratam os seus hóspedes? - diz o demônio debochando. O mestre o ingnora.
-- Vamos começar - diz o mestre e começamos o interrogamento.

Oi gente, boa noite! Tá aí mais um cap, espero que gostem. Talvez publicarei outro de madrugada, talvez. (se estiver erro, me perdoem, dps revisarei)

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Beijooos da Annie!
Até mais, baby's!

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