Capítulo 76 • Cúmplice

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Raphael Veiga |

A Fernanda é pior do que eu imaginava

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A Fernanda é pior do que eu imaginava. Sem caráter. Mentirosa.

Uma pena a Rebecca ter uma "mãe" assim. Ela não merece. Em compensação ela tem o Luís, um grande pai.

—O que você vai fazer a respeito do que aconteceu? —Becca pergunta.

—Quero ver a Fernanda. Quero saber o porquê de ela ter feito o que fez.

—Eu estava pensando… sabe aquele doutor Carlos?

—Sei.

—Não consigo tirar da cabeça que ele está envolvido nisso tudo.

—Você acha? —Pergunto. 

—Tenho certeza, Rapha. Era muito estranho quando saíamos do hospital e ela ficava lá, para falar com o Carlos sendo que já havíamos conversado.

—É verdade. Tem razão.

—Quando acaba um problema, surge outro. —Becca bufa.

—Iremos resolver isso, tá bom?

Ela assente e deita sua cabeça em meu ombro.

—Me desculpa por ter colocado você nisso.

—Não se culpe, meu amor. —Digo.

—Eu sou culpada, Rapha, eu me sinto cúmplice dela.

—Não, você não é. E não diga mais isso, por favor. —Beijo sua cabeça.

Dói ver a Becca assim, se sentindo culpada por tudo isso. Ela não está percebendo que foi mais uma vítima da Fernanda. 

A Fernanda errou muito no que fez. Ela me enganou, mentiu pra mim. Usou a Rebecca e o pai pra conseguir tirar 20 mil de mim, para satisfazer seus caprichos, seu luxo. 

E o burro aqui, caiu na dela.

—Se eu não tivesse obedecido ela, isso não teria acontecido. —Diz.

—Ela te forçou, amor. Fez você acreditar na mentira dela pra conseguir fazer o que queria. Você não tem culpa. Assim como você, eu também caí.

—Ela é muito manipuladora. 

—Agora não vamos mais pensar e falar nisso, ok?

—Ok. Vou descansar. —Diz, levantando.

—Está bem. 

Aproveito que a Becca foi para o quarto, e ligo para o Luís.

—Oi, Raphael.

—Luis, você vai a Madrid amanhã?

—Sim sim.  Você quer ir também?

—Até queria, mas não posso. Minha folga é só de dois dias. 

—Entendo. Vou fazer o possível para trazê-la para cá então. —Diz.

—Vai de manhã?

—Sim. As 6:00

—Ok. Até mais. —Digo

—Até. 

Bom, mas, dois dias dá para fazer muita coisa.

Quero resolver isso o mais rápido possível.

[...]

—Oi, amor. —Diz sonolenta.

—Oi, princesa. —Sorri.

—Já são nove horas. Por que não me acordou?

—Queria deixar você descansar. Você está bem? —Pergunto, ao vê-la com uma cara estranha.

—Sensação estranha, não sei explicar. 

—Senta aqui. —Dou duas batidas no sofá.

—Eu dormi muito mais do que eu imaginava. Não sei de onde surgiu tanto cansaço. —Riu fraco.

—Mente cansada. —Digo.

—É, deve ser. Vou preparar o jantar.

—Você acabou de levantar, amor. Eu preparo.

—Relaxa, já estou bem acordada. —Sorriu.

Termino de arrumar a mesa e nos sentamos para jantar.

—Cite uma Masterchef melhor que você. —Digo e ela ri.

—Tem várias. 

—Não sei de onde. Porque eu desconheço. —Sorri.

—O que quer me contar? —Pergunta.

—Eu? Por que?

—Sua carinha entrega tudo. —Diz.

—Eu vou a Madrid.

—Pra quê? —Pergunta.

—Quero encerrar aquele assunto o mais rápido possível.

—Vai sozinho? 

—É isso que eu gostaria de saber, vem comigo?

—Eu já faltei demais no hospital, amor.

—Mas é só por dois dias.

—Eu acabei de voltar a trabalhar. Não posso mais ficar faltando.

—Tudo bem.

—Eu queria muito te acompanhar, mas dessa vez não vai dar. —Diz.

—Vou com seu pai. —Digo e ela assente com a cabeça.

—Eu não aguento mais esses problemas. —Suspira.

—Tudo vai se resolver. —Pego em sua mão.

—Que horas você vai?

—Se tiver voo às seis, vou nesse.

—Tão cedo assim?

—Quanto mais cedo, melhor.

—É, você tem razão.

 —Vamos resolver isso o mais rápido possível.

—Assim espero. —Diz.

|| Continua ||

Murilo voltou pro time!🥹💚

Eu não mereço você | Raphael Veiga Where stories live. Discover now