Capítulo 12.

40 6 2
                                    

No obscuro castelo de Rothbart, havia um calabouço, como não poderia deixar de existir numa construção tão antiga. Foi lá que ele prendeu Roseanne. Não havia janelas e a única luz de que ela dispunha vinha de uma vela que ele mantinha acesa.

Rosé tinha seu longo pescoço de cisne envolvido por uma corda amarrada a um ferro preso à parede. Durante aquele tempo, tentou se libertar. A corda era bem grossa, mas ela não iria desistir. Não podia desistir.
Desistir era como abrir mão de Jimin e de seus sonhos, o que ela nunca faria.

- Oh, Roseanne querida, não fique tão triste - debochou Rothbart.

Rosé sequer o olhou. Como poderia haver no mundo um ser tão desprezível como ele?

Nunca imaginara que pudesse existir tanta maldade em uma pessoa.

- Você estará no baile esta noite! Bem... não exatamente você, mas não importa, Jimin nem irá notar a diferença!

Rosé não conseguiu evitar as pequenas gotas que caiam de seus olhinhos.

- Não, Roseanne , não chore! - pediu como se realmente se importasse com ela. - Veja, serei bonzinho com você - disse Rothbart. — Confiarei em você e sequer irei trancá-la!

Rosé sabia que ele estava tentando provoca-la. Mesmo que ela não ficasse trancada, como se libertaria das cordas?

- Bom, eu tenho uma festa para ir, com licença - disse e inclinou-se de modo zombeteiro.

Rosé ficou sozinha, imaginando Jisoo em seu lugar. Será que Jimin não notaria diferença alguma? Ela queria acreditar que ele sentiria, mas ela o conhecia bem e sabia que o príncipe não era apegado a detalhes, além de ser um homem enérgico. Na ânsia de se declarar, ele acabaria prometendo seu amor à pessoa errada.

Aquela noite, Rosé lutou com todas as forças. Tentou todas as maneiras de se libertar, mas não havia nada que pudesse fazer. E, a cada segundo que imaginava Jimin sendo enganado, ela sentia seu coração ainda mais angustiado.

Enfim, algo completamente inesperado aconteceu e Rosé sentiu-se envolvida por aquelas luzes que ela tanto conhecia. Sentiu as cordas que a prendiam arrebentarem. Mas não estava no lago e sob a claridade da lua então como podia ter voltado à forma humana?

Talvez Jimin afinal não tivesse se declarado para a pessoa errada, pensou. Essa era a única explicação para que tivesse assumido sua forma verdadeira.

Sem perder tempo, Roseanne sorriu e disparou para fora daquele lugar horrível. As luzes do céu iluminaram o caminho escuro e ela seguiu sua trilha. Olhou para cima e rodou livremente com os braços abertos. Estava livre! Livre daquele corpo que não era dela.

Então a princesa parou e naquele momento ela o viu. Céus, ela o viu e foi como se tivesse tido a melhor visão do mundo. Jimin estava ali, parado à sua frente e ele era tudo que ela desejava.

Roseanne correu para ele e o abraçou com força como se não quisesse mais soltá-lo e ele correspondeu, mas havia algo completamente estranho naquele abraço.

- Eu sinto muito, Rosé, sinto muito - ele sussurrou, seus ombros sacudiam e ela pôde sentir o seu choro aflito.

- Por que, Jimin? - ela segurou o rosto dele e olhou-o em dúvida.

De repente, Rosé sentiu-se muito fraca e foi como se não fosse mais capaz de sustentar o peso do próprio corpo. Ela caiu nos braços de Jimin que segurou-a com firmeza.

- Eu sinto muito, Rosé, sinto muito - repetiu com tristeza. - A minha promessa de amor era para você..

- O quê..

𝐂𝐎𝐌𝐎 𝐔𝐌 𝐂𝐈𝐒𝐍𝐄 - 𝐏𝐂𝐇+𝐏𝐉𝐌Where stories live. Discover now