Capítulo 6

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Acabei de sair de um plantão de 9 horas hoje eu estava direto na parte do centro cirúrgico, é quase meia-noite eu estou sentado no banco que tem em frente ao hospital

Ainda não tive coragem para ir até o estacionamento pegar meu carro e ir para casa, às vezes eu me pergunto se eu fiz a escolha certa ao escolher ser médico pediatra

Eu já faço isso há quase dois anos e eu ainda não me acostumei com a morte de crianças Talvez seja porque eu ainda tenho um lado humano médico muito junto

Mas como eu posso separar esses lados simplesmente eu não consigo e não vejo como, hoje um garoto de 10 anos morreu porque os pais testemunhas de Jeová não quiseram permitir que desse sangue para ele

É nesses momentos que eu sinto que a medicina deveria passar por cima de ideais burros que causam mortes de inocentes, literalmente os pais do garoto não deixaram darmos sangue para ele sangue que ele estava precisando pois era literalmente um caso de vida ou morte

E para piorar depois que o garoto morreu da forma como eu alertei que morreria sem receber o sangue Eu ainda fui ameaçado pelo pai do garoto de ser denunciado para o conselho de ética, por ter deixado o filho dele morrer

Talvez seja a hora um novo recomeço na minha carreira talvez eu não tenha nascido para ser cirurgião de crianças, não consigo lidar com essa merda

Dou um longo suspiro me levanto e caminho na direção do estacionamento vou até meu carro entro nele e vou para o meu apartamento

Chego em casa subo direto para o meu apartamento saio tirando a roupa e tacando pelo meio da casa, chego no meu quarto já completamente nu então abro a porta

E toma um susto ao ver Alessandro deitado na minha cama assistindo TV como se estivesse em casa , dou um grito de susto que faz ele se assustar também

Assim que recobro meus batimentos cardíacos eu falo atônito com tamanha ousadia dele

- Que porra você tá fazendo na minha casa

Alessandro revira os olhos e fica de pé só então me lembro que estou no coloco a mão na frente das minhas partes morrendo de vergonha, ele fala com a cara mais cínica do mundo

- Você não estava atendendo o telefone então eu vim pessoalmente

Eu respiro fundo tentando me acalmar e pergunto

- Como você entrou na minha casa ?

Alessandro abre um enorme sorriso e fala de maneira presunçosa

- Acho que seu primo não te contou, esse prédio onde seu apartamento reside é meu

Em total choque eu falo

- Tá de sacanagem com a minha cara

Alessandro balança a cabeça negativamente e fala

- Não, não estou agora vamos falar do que realmente me interessa....

Eu rapidamente falo o interrompendo não o deixando terminar

- Seja lá o que você quiser dizer me fale depois que eu tomar banho e vestir uma roupa agora se você me dá licença saia do meu quarto, assim que eu tomar banho posso conversar com você

Alessandro tem um piscar de olhos está Praticamente em cima de mim segurando o meu maxilar com uma leve força não apertando muito, apenas me fazendo olhar para os seus olhos e fala

- Eu não gosto de ser interrompido Mas tudo bem vá tomar seu banho estarei esperando na sala , não demore!

Fala ele simplesmente empurrando a porta atrás de mim eu apenas suspiro quando ele tira a mão do meu rosto completamente derrotado por estar impotente de fazer algo e totalmente a sua mercê

Em nome da Máfia Where stories live. Discover now