02 | Como Assim?

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— O QUE!?

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— O QUE!?

olho indignada para o meu pai, naquele momento eu estava procurando qualquer resíduo de brincadeira em sua face, mas foi em vão. Percebo que o mesmo estava falando sério e isso acabou partindo o meu coração, mesmo não tendo uma relação das melhores com meus pais eles ainda eram os meus heróis, e isso pra mim foi como uma facada. Percebo a reação da minha mãe, o brilho nós olhos dela era nítido que eles nunca gostaram de mim.
    Olho pro cara que estava olhando para toda aquela situação, seu sorriso também era nítido, mas era um sorriso diferente. Um sorriso reconfortante, se é assim que eu possa falar.

— Filha. - minha mãe fala ao ver que eu não tava com reação nenhuma - ta tudo bem. - ela pergunta novamente e coloca o braço em meu ombro afim de me "reconfortar". Por impulso tiro a mão ela de mim e vou pra longe a olhando seria

— Como assim. vocês tão brincando né. - digo, eu andava pra trás naquele momento eu me segurava para não cair no choro, mas foi bem difícil aquele momento - por favor. Fale que é brincadeira, que tem gente filmando - digo e nada, suas reações eram a mesma

Vejo um homem alto entregar uma maleta para os meus pais, eles começam a abrir e lá vejo milhões de dólares e seus olhos brilharem ao ver o dinheiro.

— Não, não e brincadeira nenhuma filha - ele fala e eu começo a tremer, meus olhos começam a embaçar e lágrimas começam a cair - pare de chorar, pensa como esse dinheiro irá ajudar sua família. A gente ta rico agora - ele fala e eu o olho com muita raiva

— Vocês são loucos, vocês nunca se importam comigo tudo é o dinheiro. - falo alto, as lágrimas caiam sem parar. - eu odeio vocês. - grito o olhando indignada, vejo ele se aproximar de mim, olho bem fundo em seus olhos antes de ouvir o estrondo soar pela sala.

Meu rosto ardendo, com a mão no local olho pro meu pai antes de negar com a cabeça e começar a falar

— EU TE ODEIO - grito com as lágrimas rolando, mais e mais. Naquele momento não estava me importando com o que a vizinhança pensaria - EU SEMPRE FIZ DE TUDO PARA SER A FILHA PERFEITA! - cuspo as palavras no rosto dele - MAS EU SEMPRE FUI TRATADA COMO LIXO, VOCÊS SÓ SE IMPORTAM COM VOCÊS MESMOS.

Subo correndo em direção ao meu quarto, assim que entro bato a porta com toda força do mundo e me sento na cama abaixando a cabeça ainda chorando. Imediatamente escuto passos vindo, e vejo o cara da noite anterior, ele vem até mim correndo e abaixa em minha frente, com um movimento rápido ele levanta a minha cabeça com sua mão e começa a secar as lágrimas dos meus olhos

— se acalme. Eles não merecem suas lágrimas - ele diz e faz carinho em meu rosto, o mesmo carinho da noite anterior só que agora diferente. O carinho mais reconfortante do mundo - você vai gostar de ir morar comigo, lá você vai ser tratada melhor do que qualquer coisa - disse com um sorriso, percebo que ele tava tentando me reconfortar naquele momento

— Te garanto que você morando comigo, será tratada como uma rainha, com certeza viverá bem melhor do que nesse muquifo, que você chamará de casa. - enquanto ele falava , eu o olhava incrédula tentando achar qualquer resquícios de brincadeira - e um dia, pode ter certeza, farei de você minha esposa.

Fico surpresa com suas palavras, ele tava falando sério. Eu não sabia o que falar naquele momento, junto com a ardência do tapa sinto outra ardência, só que uma diferente, eu poderia dizer que minhas bochechas estavam coradas com suas palavras, ele tava com um sorriso, aquele sorriso que a gente sabe que pode se sentir confortável.

— Eu não sei não. - fico exitante e vejo seu sorriso desaparecer mas logo retornar, mesmo eu não querendo ir eu teria já que agora eu era uma propriedade dele, olho pra porta e vejo meu pai, seu semblante era de arrependimento

— Desculpa filha - ele disse, eu não acreditava naquelas desculpas, pois sabia que ele não estava nada arrependido, sem nem pensar apenas me levanto e puxo a mão do homem agachado perto de mim fazendo-o levantar

— Faz assim, finge que você nunca teve uma filha - jogo essas últimas palavras em seu rosto e saio do quarto enquanto ainda segurava a mão do mesmo - vamos logo, por favor só me tira daqui - digo chorando

E assim ele fez, a gente saiu pela porta e fomos em direção a vários carros atrás, de uma Lamborghini. Ele abre a porta pra mim e prontamente entro, tento limpar as lágrimas que caia, mas isso tava bem difícil. Ele se junta comigo no carro e dá algum comando para o motorista que começa a dirigir. Ele me puxa e me faz deitar com a cabeça em seu colo, ali ele começa um carinho reconfortante

— Juro, não sei como você aguentava morar naquela vizinhança - ele diz me fazendo soltar uma risada fraca - eles são muito fofoqueiros menina, além de arrumarem bastante confusão também - escuto aquilo e continuo rindo fraco, com apenas algumas verdades e seu jeito ele estava me fazendo conseguir rir depois de tudo aquilo.

Algum tempo depois, o carro é parado. Me levanto e olho pela janela, era uma casa enorme, com certeza dava para morar três famílias naquele local. A porta é aberta do meu lado pelo motorista e eu saio, apenas peço um "obrigada", que foi seguido de um sorriso. Sinto uma mão grande passar por volta de meu ombro e alí me fazer andar.

— Bem, assim será sua vida adiante de agora - diz e continuamos andando antes de adentramos o local. Fico encantada com o tamanho que era, os sofas branco, e alguns móveis em cinza, ali era perfeito. - gostou, ou precisa mudar algo para você se sentir mais em casa - ele pergunta, ele tava se preocupando da forma de como eu poderia me sentir acostumar. Acabo sorrindo de lado que nem boba

— Não precisa, sua casa é bem linda. - falo e ele sorri - bem, eu estou com sono e também com a vontade de trocar essa roupa - digo, eu estava bem cansada com aquilo tudo e eu precisava relaxar e troca de roupa - bem. Isso é meio vergonhoso - falo e ele fica sem entender - meio que eu não lembro seu nome - digo e ele rir

— Ok, bem vamos começar do começo - ele diz e eu apenas concordo - Me chamo Ravi, Ravi Ricci - ele diz e eu lembro a última palavra, então por isso eu sabia que o conhecia de alguma forma, sendo a que dormimos juntos. mas só não lembrava o nome - Eu já sei seu nome, então não é preciso me falar - ele dá aquele baita sorriso - e amanhã mesmo iremos atrás de roupas para você, por enquanto você usará minha camisa ok. - ele pergunta e eu aceno com a cabeça

  Assim, ele me leva até um quarto e diz que vai buscar toalha e uma camisa dele, apenas fico olhando o quarto enquanto "aceitava" aos poucos que dali em diante eu teria que morar naquele local, já que não poderia fazer nada para impedir.  ele volta com a blusa e a toalha prontamente me deixa ir tomar um banho para relaxar. Escuto-o falando de dentro do banheiro que estaria a minha espera na sala.
   Assim eu entro no banho, quando a água gelada bate sobre meu corpo nu tudo vem a tona, assim deixo as lágrimas cairem para conseguir esquece aquilo tudo. Depois do banho, me seco e ponho a mesma roupa íntima que estava usando, e a camisa de Ravi, penteio o cabelo e desço as escadas indo até a sala onde o vejo sem camisa, apenas com uma calça moletom. Ele estava no celular então apenas não atrapalho e fico vendo a tv. Quando ele acaba eu resolvo fazer a pergunta que estava presa em minha garganta desde a hora que pisamos nessa casa

— Por que você me comprou. - pergunto e ele me olha, o vejo engolir seco mas mesmo assim continuo falando - vai fazer igual em todos os livros. Me comprar, me trancar dentro do quarto e não deixar eu ir ver meus amigos. - falo e ele rir, era uma risada divertida

Ok, agora eu fui uma boba.

Não, claro que não.

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Oioi babys!
Segundo capítulo aqui para vocês!!
Espero que gostem!
Saibam que sou nova nesse ramo,
então qualquer erro,
pfvr não joguem hater

The Mafia | PAUSADA |Where stories live. Discover now