Capítulo 31

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Maratona: 2/3

Narrador

A cabeça de Max não para de criar cenários onde ele perdia Giulia por causa do contrato, e ele conseguia ver ela sendo feliz em tantos cenários diferentes, ou ela simplesmente não sabendo que eles estão namorando, para ele. Então, entre um uísque e outro e com sua cabeça fervilhando, Max decidiu ir para Paris.

Horas depois e muitas bebidas dentro do avião, aqui estava ele na porta do quarto de Giulia, batendo como se sua vida dependesse disso.

A brasileira, que dormia tranquilamente, acordou assustada, tão assustada que não queria abrir a porta ouvindo-a ser batida tão fortemente. Mas ao ouvir "Giulia" ser chamado, logo reconheceu a voz de Max.

"Será que ele veio fazer uma surpresa?" Era isso que ela pensava, mas era madrugada, por que ele estava aqui? Sua cabeça agora se enche de cenários, e Giulia levanta da cama apressadamente antes de abrir a porta.

Ela dá de cara com Max, um pouco alterado, suas bochechas estavam vermelhas e seus olhos um pouco mais abertos do que o comum, mostrando que ele estava bêbado, e ela descobriu isso pela sua feição e também pelo cheiro de álcool que tomou seu nariz.

— O que você está fazendo aqui? — Ela colocou o seu peso em uma de suas pernas e cruzou os braços.

Algo não estava certo, era o que eles pensavam juntos. Na cabeça de Max, ela deveria ter pulado em seu colo, dizendo que estava morrendo de saudade. Mas ela não ia fazer isso, já que em sua cabeça ele deveria ter feito algo para estar um horário desse em outro país na sua porta.

— Por que você está fazendo essa pergunta? Tem alguém aí dentro? — Max insinua, e Giulia tem que se segurar para não fechar a porta em seu rosto.

— Eu juro por Deus que estou me esforçando para não te mandar a merda, essa porra de desconfiança de novo? — Giulia tenta controlar seu tom de voz. — Que merda, Max, você veio aqui porque achou que eu estava te traindo?

Ela não acreditava que iam passar por isso de novo, ela nunca tinha dado motivos para ele pensar assim, entendia que ele tinha suas inseguranças, mas era cansativo. Giulia não tinha que provar nada para ele. O relacionamento deles era baseado em confiança e respeito, e ela não merecia ser questionada dessa maneira.

Max olha nos olhos de Giulia, o álcool ainda afetando sua capacidade de raciocínio, mas sua expressão se suaviza ao perceber a mágoa nos olhos dela.

— Me desculpe, linda. Eu não queria te magoar. Eu só... fiquei com a cabeça cheia, Daniel me disse umas coisas...pensei besteira. Eu sei que deveria confiar em você. — Ele suspira, sentindo-se um idiota por ter agido impulsivamente.

Giulia respira fundo, tentando acalmar seu coração acelerado. Ela entende as inseguranças de Max, mas não quer que isso se torne um padrão em seu relacionamento. Porque isso de novo?

— Max, você precisa confiar em mim. Eu nunca te dei motivos para duvidar de mim. Você sabe o quanto você significa para mim. — Ela coloca a mão no rosto dele, acariciando-o carinhosamente. — Mas eu não vou aguentar se isso continuar assim.

Max fecha os olhos por um momento, sentindo a sinceridade nas palavras dela. Porém, a mistura de álcool e suas inseguranças ainda mexe com suas emoções, e ele não consegue conter completamente sua irritação.

— Eu sei, Giulia. Mas, às vezes, eu me sinto tão inseguro. Ver você em Paris, longe de mim, me deixou nervoso. Eu sei que é errado, mas não consigo evitar. — Ele admite, frustrado consigo mesmo. — Não te quero longe.

Giulia suspira, sentindo-se exausta com a situação. Ela entende as razões de Max, mas não pode aceitar que ele duvide dela sem motivo. E com isso ela se afasta.

— Eu trabalho Max, não sou sua sombra. — Ela diz irritada e passa a mão nos cabelos. — Você acha o que? Que quando o contrato acabar eu vou ficar dentro de casa? Que eu vou ser a namorada modelo? Porque se for isso eu não vou, eu não sou a Kelly que ficava te seguindo, eu tenho minha vida.

Max tenta segurar a mão de Giulia, ele entende o quão idiota foi, mas o álcool misturado com as brincadeiras de Daniel, suas inseguranças, tudo junto fez ele estar aqui. E ver os olhos brilhando de Giulia pelas lágrimas que ela segurava, o fez entender que ele ia a perder, por causa dele mesmo e não por causa de outras pessoas.

— Giulia... — Ela nega com a cabeça.

Giulia da dois passos para a trás e abre mais a porta.

— Vamos conversar sobre isso com calma quando estivermos mais sóbrios, está bem? Por enquanto, vamos descansar. — Ela guia Max para dentro do quarto e o ajuda a se deitar na cama.

Max assente, sentindo-se grato por ter Giulia ao seu lado, mesmo nos momentos difíceis. Ele sabe que precisa trabalhar em suas inseguranças e aprender a confiar plenamente em sua amada.

Enquanto Giulia se acomoda na cama ao lado dele, ela sente um misto de emoções: amor, preocupação e insegurança. Ela quer que esse episódio sirva como um ponto de inflexão para o relacionamento deles.

No silêncio da madrugada, eles se abraçam mais uma vez, encontrando conforto nos braços um do outro.

The Contract • Max Verstappen Donde viven las historias. Descúbrelo ahora