Capítulo 1 -The Beginning

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Corria o mais rápido que eu podia, meus pés estavam doendo muito, minha respiração estava ofegante, esbarrei em algumas pessoas na calçada, outros me olhavam assustados. Logo vi dois policiais parados na esquina, corri até eles e os dois me olharam assustados.

-Eu matei meus pais.

Os policiais trocaram olhares perplexos e, imediatamente, um deles pegou o rádio para chamar reforços. O outro, visivelmente tenso, se aproximou de mim e disse:

-Calma, respire fundo e nos conte o que aconteceu, de quem é esse sangue todo? e seu?

-Não, são dos meus pais.

-Você está armada? --Balancei a cabeça negativamente e parei para olhar minha camisola. A mesma estava irreconhecível; a cor que antes era rosa claro agora estava vermelha. --Coloque os braços para frente, iremos te algemar. Não podemos te revistar, a lei não permite. Então, iremos te colocar no carro e você irá falar o endereço onde mora para vermos o local do crime.

O desconforto das algemas me fez sentir ainda mais vulnerável. O carro se movia pelas ruas, e eu tentava desesperadamente lembrar dos acontecimentos recentes, mas tudo parecia uma névoa confusa.
Finalmente, chegamos ao meu bairro. Indiquei o endereço da minha casa e fomos direto para lá. Enquanto o carro se aproximava do local, minha ansiedade aumentava, logo o carro parou em frente a uma casa nos tons azul claro, outros carros chegaram logo em seguida, os dois policiais que estavam comigo saíram do carro, e passou pelo pequeno jardim florido, e foi até a porta de casa entrando na mesma, o mesmo volto poucos segundos depois e se aproximou da viatura, me olhou nos olhos, um olhar de preocupação.

Abaixo a cabeça observando minhas unhas com sangue, e dei uma risadinha. Logo a porta foi aberta e deparei-me com uma mulher de cabelos loiros, cujo crachá indicava "Detetive Meirelles".

-Olá, eu sou a detetive Meirelles. Preciso que você venha comigo.

Desci do carro, e ela apontou para a porta de casa. Caminhei à frente e ela me acompanhou por trás. Assim que entrei em casa, deparei-me com algumas marcas de sangue pelo corredor. Logo me aproximei da sala, onde minha mãe estava deitada em uma poça de sangue, com os olhos e a boca abertos. Os investigadores tiraram fotos do local, e havia outra poça de sangue mais à frente, porém não havia um corpo. Onde estaria o corpo do meu pai?

Notas finais ;
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