Eu descubro que sou uma oferenda humana

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Hoje o dia não começou bem, para começo de conversa. Eu estava no carro de Sally, com Percy e Paul, indo para o Camp Júpiter. Quando chegamos lá, tudo certo. Até que eu vi uma silhueta de mulher em frente a loja de frutas, bem em frente ao esconderijo do acampamento. Minha mãe.
- Oi mãe- falei e dei um abraço rápido
Não foi um bom início de inverno. Sim, já estamos no inverno. 6 meses se passaram, praticamente. Não via o CHB à 6 meses. Como falta alguns dias para o natal, eu vim para o acampamento. Mas não esperava minha mãe aqui.
- Olá filha. Tenho que conversar com você. É sobre... O seu nascimento-
- vamos nos sentar naquele café, mãe- nos sentamos à mesa e eu pedi um capuccino com cupcakes. Minha mãe pediu um café expresso.
- bem eu fiquei gravida de você.
- Afinal, como conseguiu chegar aqui?
- Pedi permissão para seu padrasto me desse uma carona. Voltando ao assunto, quando você nasceu eu a ofereci à ...- Uma górgona apareceu atrás dela. Peguei a adaga.
- Abaixe-se!- minha mãe foi rápida o suficiente para não ser acertada por bronze celestial. Mesmo que não ferisse mortais, eu não tava afim de "matar" minha mãe- não posso ficar aqui mãe... Eu preciso entrar. Minha presença atrai monstros- corri e de repente me vi em Nova Roma. Minha mãe me ofereceu à quem? Vi um grupo de garotas, logo as reconheci. Caçadoras De Ártemis. Elas vieram na minha direção. Me lembro do nosso último encontro. Ártemis, em sua forma de 12 anos, me olhava como se eu fosse o prêmio mais valioso do mundo.
- Vitória- Thalia, minha "meia-prima" falou. Ela trazia uma folha em suas mãos; um folheto- Minha Senhora Artemis, quer falar com você- olhei para Ártemis. Se a visse na rua, acharia que era uma pré-adolescente comum, a não ser pelas as roupas. Elas pareciam ter saído do pólo norte, ou que estavam com hipotermia. Mas eu conseguia sentir o "poder" da deusa ali. Sua presença era incômoda. Ela era uma deusa vingativa, talvez até pior que Hera ou Afrodite.
- Não estou com raiva de você- ela disse como se estivesse lendo meus pensamentos. Talvez deuses pudessem fazer isso. Será que meu pai lia meus pensamentos sobre como Leo é lindo e engraçado? Afastei essa ideia da cabeça rapidamente- Pensando em garotos?- ela revirou os olhos- creio que não saiba que sua existência bem... Que você deve sua vida à mim.
- Como?
- Sua mãe não te contou? Mortais... Bem quando você nasceu sua mãe estava doente. Ela me pediu que, se pussesse sobreviver ao parto, você seria minha caçadora. Mas vejo que o amor habita em seu coração- ela rolou os olhos novamente. Estava com um pouco de raiva, por a deusa saber tanto sobre mim- mas ela não orou só a mim. Ela orou à mim e à... Infelizmente, meu irmão Apolo. As palavras dela foram " se eu sobreviver, que minha filha seja sua. Mas dê à ela a escolha de, ou ser caçadora ou se casar com o deus da perfeição, Apolo. Quero o melhor futuro para ela. Oh deuses gêmeos aceite minha filha como oferenda!".
- O que? Impossível- meu coração estava acelerado- eu não posso... Ártemis, eu não quero ser caçadora. Nem me casar!
- desculpe, mas trato é trato- ela falou como bandido ameaçando uma vítima. Bem, era o que mais ou menos estava acontecendo.
- Minha Senhora Artemis, eu não posso!- Uma luz me cegou por uns instantes. Ártemis fez cara de vômito, e de repente o deus do Sol, aparece em minha frente.
- Olá querida.
- Eu não sou sua querida( ownt America )
- Eu finalmente consegui minha caçadora.
- eu não sou caçadora!
***
Uma dica se sua vida for tão ruim quanto a minha: nunca, diga não ao deus do sol. Ele é persistente, e te segue para onde você for. Cantadas aqui, cantadas ali, as vezes eu me pergunto se Afrodite me odeia. Não sei, mas essa mulher deve ter um ódio extremo por mim. Consegui me livrar dele, dando um espelho. Ele obviamente não era narciso, mas caiu por uns minutos. Entrei na universidade dando de cara com Percy.
- Ai- eu falei- Percy! Me ajuda!- eu já estava chorando- Eu só tenho duas opções! Virar caçadora ou casar com Apolo! Percy eu não quero me casar!
- O que?- expliquei tudo para ele- Isso é ruim. Muito ruim.
- Ruim? Isso é péssimo! Eu não quero me casar com um deus... Você lembra do ano passado? Ele me deu dicas sobre como ser perfeita para um deus. Deveria ser uma indireta!
- E o que você vai fazer?
- Eu não sei... Fugir.
- Fugir?
- Fugir! Poseidon não vai aceitar que a filha dele se case à força! Eu vou ao reino de Poseidon!
***
- Hum... Não vai dar não- ele coçou a barba. Eu estava lá, na frente do meu pai e da minha madrasta.
- Poseidon... Lembra de quando eu me casei com você à força? Não foi legal lembra? Eu fugi. O deus golfinho que me buscou e me convenceu a me casar. Temos uma vida feliz, mas a menina pode não ter essa sorte. Sabe como Apolo é...
- Mas foi um acordo entre a mãe dela e Ártemis! Eu não tenho nada haver com isso.
- você é pai dela!- Anfitrite falou. Apesar de ela não ser minha mãe, me defendia mais que a tal. Eu gostei dela- ela tem direitos de não se casar. É uma pessoa como qualquer outra. Deixe que ela fique aqui. Apolo não ousará desrespeitar um dos 3 grandes- um telquine me levou à um quarto. Acontece que nada ali tinha chão. Era tudo flutuante. Cama, criado mudo, guarda roupa. Tudo flutuava. Estava deitada na cama quando um tubarão "entrou" no meu quarto. Ele era um tubarão branco. O bicho era bem amigável. Logo era meu amigo. Mas o estranho era que eu não conseguia me comunicar com ele. Ele chegou perto de mim, e eu, encantada com a camaria, preguei-lhe uma bitoca no focinho. Logo o bicho mudou de forma, me puxando para cima.
***
Nunca confie em tubarões. Nunca se sabe quando se pode ser um deus grego disfarçado. As vezes a inteligência me convém. Outras vezes ela me abandona completamente. Eu estava... Bem, eu não sabia onde estava. Uma ilha? Apolo, estava bem à minha frente. E estava com as mãos presas por "cordas de raios solares" então, fui obrigada à entrar no carro dele. O cara dirigia em alta velocidade. Pelo menos ali dentro parecia. Talvez ele tenha acelerado o tempo, pois quando chegamos ao solo, o sol estava se pondo. Ele me pegou no colo ( o que , tenho que confessar, foi muito confortável) e me desamarrou. Talvez eu devesse parar de lutar. Afinal, não há ninguém que me prenda lá embaixo. Não tenho amor, minha familia parece que me odeia, o único lugar que eu me sentia bem foi destruído, a maioria dos semideuses estavam mortos... Mas eu tinha Percy. Ele era um bom irmão. Mesmo sendo meio lerdo. E também tinha Nico, auê foi meu único amigo, mesmo parecendo um emo/gótico. E Megan, que me ensinou à usar a névoa. E Harry...
Descobri que muita gente, mesmo que não seja da família, se importa comigo. Mas será que ser mortal é a melhor opção? Será que se casar aos 15 anos é tão ruim assim, sendo que seu marido é o cara mais bonito do mundo?
Hello! E gente? Novidades? Kkkk pobre Vic. Eu sonho com essa parte faz tempo! Quando essa história era coisa da minha mente, eu imaginava este capítulo. Espero que vocês gostem. Por que eu estou doente, e escrevi isso tudo para vocês. Por isso acho bom comentarem, votarem, compartilharem, indicarem, lerem milhões e milhões de vezes, comentar milhões e milhões de vezes, votar milhões e milhões de vezes ( o que é impossível). Mas espero que vocês realmente estejam gostando da história. Se quiserem que eu dedique, ou melhore algo, podem falar. Gente comentar não é que nem enfrentar monstro não! Por isso pode fazer! Beijos Semideusada!
Vitória S.

De repente, Mitologia Grega?Where stories live. Discover now