Embriaguez | Miguel O'Hara

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* O "prólogo" de fofoqueiros.
* Não consegui pensar muito bem no final. Talvez no futuro eu faça alguma alteração.
* Não revisado (será que vou revisar algum dia? Kkkkk)
* Boa leitura <3

Fora um idiota ao ter se deixado levar por Peter e Jess. O dois formaram uma dupla formidável ao forçá-lo a beber.

Felizmente, ele conseguiu deslizar para longe do bar, a cabeça zonza ao andar de volta para a base aranha. Fugira tarde demais.

Cambaleando, Miguel se sentou em um banco qualquer, sentindo dificuldade em sustentar o próprio corpo. Fazia eras que não bebia daquela forma e com certeza Peter não era uma boa influência.

De repente, o corpo ficou alerta e os músculos se tensionaram. Por algum motivo, você estava apoiada ao batente da porta, um sorriso convidativo nos lábios. Sem mais palavras, caminhou até o moreno, se abaixando para morder o lábio inferior carnudo, as mãos subindo para as madeixas castanhas, acariciando a nuca.

Ele abriu-os mais, ofegando, uma tentativa de iniciar um beijo ao avançar para frente. Não deu muito certo, já que você se afastou e riu ao sair da sala. Não tardou para que ele fosse atrás, abrindo os olhos pesados, faminto, alerta.

O último vislumbre que teve, foi a forma feminina adentrando a sala laboratorial. Seguiu como um caçador, o cheiro doce servindo de guia.

Sentada na cadeira alta, seus olhos estavam distraídos, observando o comportamento das moléculas de DNA do líder da sociedade aranha. Os genes aracnídeos estavam agitados, muito.

Como havia chegado tão rápido ali? Piscou lento, a mente ignorando a dúvida, os passos leves ao se aproximar sorrateiramente.

Um grito escapuliu dos lábios ao sentir os braços rodearem sua cintura e a cabeça se apoiar na curva do pescoço, a língua lambendo lentamente a região. Quente como o inferno.

Curvado, pesando sobre o corpo feminino, Miguel prendeu um gemido na garganta. A vibração gutural enviando arrepios através de sua espinha.

"Miggy?" Falou baixinho, tentando entender o que estava acontecendo com o chefe que conhecera há um tempo, o corpo reagindo perigosamente.

"Humm...?" Ele roçou a ponta do nariz na jugular, sua cabeça pendendo para o lado, a região ficando mais exposta. A circulação ficou veloz nas veias devido os batimentos acelerados. Ele estava salivando, o pensamento invasivo de lhe morder o deixando brevemente hipnotizado.

"O que está fazendo?" Arfou quando ele desceu a mão direita para o ventre, como se soubesse do calor acumulado ali, a distração bem-vinda.

"Me llamaste." Ele falou rouco, os dentes mordiscando a pele do maxilar.


O hálito carregado de álcool invadiu as narinas, você se desvencilhando dele imediatamente ao perceber. Não estava totalmente consciente.

"Não o fiz." Seus olhos se arregalaram ao ver o homem parado a sua frente, os olhos semicerrados, carregados de desejo.

"Tu cuerpo me llama. Siento tu calor, tu olor..." Ele murmurou devagar, os passos calmos ao te alcançar. "¿No es por mi?" A expressão se tornou levemente zangada, o peito se inflando.

"N-não é isso." Foi evasiva, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha, os óculos de proteção sendo um impedimento. O cacho escorregou novamente para o lado do rosto, Miguel o colocando no lugar.

"¿Que es entonces?" A mão livre, que não estava apoiada em seu rosto, removeu os óculos delicadamente. "Hmm?"

"Você não está em plenas faculdades mentais." Se afastou do toque nervosamente, sentindo receio na possibilidade de permitir que aquilo fosse à diante.

Imagines - Miguel O'hara Onde histórias criam vida. Descubra agora