Incontrolável | Miguel O'Hara

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— Não vamos seguir com esse plano ridículo. — Sua mão meneou no ar, irritada com a estratégia claramente frágil do líder que agora estava distante. Supostamente procurando por um ponto onde fosse possível montar uma armadilha.

— Não acho uma boa ideia irritar Miguel. — Gwen foi cautelosa na fala, se lembrando da última briga que tiveram. Sua fúria não se diferenciava da dele em alguns momentos.

— Irritar o Miguel, sério? — Sua mão se apoiou no quadril ao olhar sarcasticamente para a loira que se encolheu levemente.

— Pega leve, temos um passado com ele. — Miles ficou na defensiva, apoiando a namorada.

— O que está acontecendo? — A voz grave soou em suas costas, excessivamente próxima.
Se virando para o homem, você o olhou de cima a baixo com certo desdém. Foi claro o desgosto do mesmo.

— Estava falando que seu plano é ridículo e não vamos segui-lo. — Foi cínica ao sorrir.

— E o que lhe faz pensar que pode fazer isso? — Miguel aproximou o rosto, o hálito quente roçando em suas bochechas.

— A sua falta de cérebro. — Não recuou, empinando o queixo ao praticamente colar os rostos.

Ele se abalou internamente com sua pose e beleza. Você podia ser firme nas decisões, mas ele nunca gostou de ser contrariado e isso não mudaria agora. Sempre foi de deixar claro o poder que tinha.

— Gwen, Miles, venham comigo. — Os menores o seguiram sem pestanejar, colocando as máscaras e abaixando o rosto ao passarem por você. — Hobie, vá com Ben para o posto B. — E novamente, mais ordens obedecidas. — E você, vai para a base. — Ele lhe olhou por cima do ombro ao andar para a borda do prédio. — Não é necessária aqui.

Rindo, sua mão foi para o relógio que rapidamente abriu um portal, que ia para qualquer lugar, menos o quartel.

Adentrando uma região mais oculta do beco que estava a cerca de quinhentos metros do grupo, você ativou sua invisibilidade, se preparando para pegar a Electro que estava no universo errado. Um biólogo não era totalmente dominador da física.

— Ele vai te expulsar da sociedade. — A voz de Lyla ecoou em seus ouvidos.

— Só se você me entregar.

— Nunca faria isso com minha amiga. — A imagem dela se projetou dentro de seus óculos.

— Lyla, eu preciso ver! — Você gritou sussurrando, sua audição captando estalos elétricos a cerca de cem metros.

Olhando ao redor, você foi para a construção da qual a anomalia fugia, a atraindo com sucesso. Os seus aliados ainda não haviam notado a movimentação e seus olhos varreram o local em busca de algo que não fosse capaz de conduzir eletricidade.

Avistando as envergaduras e pontos inacabados  e perigosos, encontrou sacos de areia que com certeza iriam atrapalhar a mulher. Precisava afastar ela de qualquer metal, não seria bom caso ela eletrocutasse suas entranhas.

Suas teias lhe levaram até o lado aberto da construção, tendo como único condutor, o guindaste alto demais até para você. Pode reparar que nele, havia algo que seria necessário para que ela fosse derrotada.

Não demorou a atirar um tijolo de concreto no monte de energia, acertando a cabeça e a deixando confusa. Agilizou seus movimentos e finalmente jogou o saco de areia, atrapalhando a vista e reduzindo os raios que rodeavam o corpo curvilíneo.

Fazendo um estilingue para pegar impulso, seus pés voaram em direção ao peitoral para pegar altura e enfim alcançar o ferro cortante atraído pelo imã do guindaste. Sabia que o chute não seria suficiente, então um corte seria, possibilitando que toda a energia se voltasse para dentro do corpo dela.

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