capítulo 11: companhia agradável

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Raylee

Algumas das empregadas me olharam estranho no momento que passei pela porta dos fundos.

Cumprimentei as pessoas ali e logo me apressei em direção à escada.

Estava tentando ser discreta e, por sorte, não vi nenhum dos meus familiares, então subi para o quarto.

No cômodo, peguei uma toalha depois de retirar meu uniforme. Não estava tão molhado, mas a roupa de baixo foi atingida e meus cabelos estavam úmidos.

Sorri ao recordar o evento recente e corei assim que me lembrei da sensação ao ver Jason seminu e depois está pressionada contra seu corpo másculo.

Céus! Ele era lindo demais.

A definição de quente.

Corei mais uma vez, sentindo-me uma pervertida, e então adentrei o banheiro enorme dentro do quarto.

Tomei um banho e decidi lavar os cabelos também. Em seguida, voltei para o quarto, onde me enfiei em um vestido confortável.

Estava prestes a escurecer e logo chegaria o momento de jantar. Mesmo assim, eu já estava faminta, então preparei um sanduíche na cozinha para mim antes de partir para o meu estúdio.

Os quadros coloridos me saudaram no momento que adentrei o cômodo e observei a obra em que estava trabalhando. Eu estava prestes a finalizá-la e ela consistia em uma paisagem da North Avenue Beach. Eu precisava terminar de desenhar os dois jovens se divertindo sobre a areia e já tinha feito o esboço de uma motocicleta próxima.

Eu estava bem inspirado sobre isso e ninguém precisava ser um gênio para entender que eu estava desenhando minha vida real; o momento mais esperado por mim desde que comecei a praticar com Jason na praia.

Eu me sentia satisfeita e animada para os próximos dias em que finalmente o veria.

E meus pais nem podiam sonhar com isso.

Como reagiriam? Aposto que não de maneira muito boa, embora Jason fosse um garoto legal.

De qualquer forma, eu manteria meu doce segredo por enquanto.





#*#




Sábado

O que eu estava fazendo?

Odiava ter que mentir para os meus pais, mas acabei fazendo isso.

— Festa hoje na casa de um amigo. Quer ir comigo? Posso te buscar.

Encarei mais uma vez a mensagem, pensando seriamente se negava ou não.

Mas não neguei.

Pedi que Jason me passasse a localização, pois eu iria de táxi. Se ele fosse me buscar, alguém poderia ver e isso levantaria suspeitas. Por enquanto era melhor sermos mais discretos.

Inventei para meus pais que iria ao aniversário de uma amiga da escola e eles aceitaram, embora tenham estranhado o convite de última hora. Papai quis me levar, mas eu disse rapidamente que não queria incomodá-lo e iria de táxi, pois não era longe.

Eu me enfiei em uma wide leg e cropped lilás. Calcei pequenos saltos e passei uma maquiagem leve. Decidi deixar os cabelos soltos.

Passei um pouco de perfume, peguei meu celular e então saí.

Minutos depois, estava em um táxi.

Após uma curta viagem, nos aproximamos de uma casa. Eu já conseguia ver pessoas e conseguia ouvir uma música estridente. Desci do carro após pagar pela viagem.

Aquele bairro não parecia ser perigoso, ao contrário do que imaginei durante a viagem.

Sentindo olhares sobre mim, subi a pequena escada e passei pela varanda antes de entrar na casa.

Lá dentro, quase não enxerguei nada por conta dos jogos de luxes e fumaça artificial. Franzi o cenho, incomodada, e senti que desmaiaria se fosse claustrofóbica. Havia muitas pessoas ali, e algumas pareciam bêbadas.

Procurei alguém na multidão após mandar uma mensagem.

— Perto da escada, pão de mel.

Segui para lá e então sorri ao avistar Jason.

Ele sorriu de volta e decidiu encurtar a distância entre nós.

Seus passos eram decididos e ele se vestia de maneira casual. Estava lindo em roupas escuras e tive um vislumbre das tatuagens também.

Corei assim que ele ampliou o sorriso.

— Que bom que você veio.

— Você chegou há muito tempo?

— Faz um tempinho. Estava te esperando. — enfiou as mãos no bolso da calça, um pouco sem jeito. — Quer beber alguma coisa?

— Tem refrigerante? — questionei e ele riu.

— Vamos à cozinha ver se tem alguma coisa. — eu o acompanhei e então encontramos a bebida.

Enquanto isso, Jason optou por uma cerveja.

Retornamos para a sala e gostei da música que estava tocando.

Desse modo, fiquei conversando com Jason enquanto a festa continuava e até decidi dançar quando ele me chamou. Ri muito da forma como Jason se movia.

— Eu sou péssimo nesse lance de dança, mas posso te ver dançar sem problema, pão de mel. — disse com diversão.

Mesmo diante do seu olhar, continuei dançando. Eu me senti bem tímida no início, mas acabei me soltando com o tempo. Jason era realmente uma ótima companhia e não desgrudava seus olhos apreciativos de mim. Mesmo sem jeito com isso, eu gostava.

E me levou para casa assim que a festa terminou.

Ele me deixou a alguns metros do portão da residência e adentrei o lugar após me despedir.










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