cap 13.

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—Mas que saco! Eu não tenho nada para usar! —Marcelina apareceu desesperada no meu quarto me assustando.

—Que susto menina! —Coloquei a mão no coração, me recuperando do susto. —Espera, quem abriu para você?

—Você esquecida do jeito que é deixou sua chave comigo. —Ela balançou minhas chaves. Ufa! Já achei que tivesse perdido.

—Obrigada amiga! Me salvou do discurso do ano. —Ela riu.

Marcelina sempre vem aqui pegar minhas roupas emprestado, então já estou meio que acostumada. Como vestimos o mesmo tamanho, ela sempre aproveita para usar minhas roupas e meus sapatos, e eu realmente não ligo para isso, sempre deixo ela pegar. Ela foi ao meu closet e pegou um vestido azul tubinho igual o meu, só a cor que era diferente, e o experimentou. Realmente ficou incrível. Aquele vestido modela o corpo e me deixa linda com ele, então comprei logo de cores diferentes para viver com ele. Então coloquei meu Air Force branco e alguns acessórios, enquanto esperava ela terminar de se vestir, e não podiamos perder a oportunidade de fofocar.Contei tudo que aconteceu na sorveteria ontem entre eu, Paulo, Daniel e Margarida, e a menina não parou de rir.

—Isso deve ter sido hilário! Eu imagino muito essa cena acontecendo. E que falta de amor próprio essa da Margarida, em? Tem que amar muito o menino para fazer uma coisa dessas.

—Bom, talvez ela ame mesmo. Você vê como ela olha para ele, né? — Eu disse enquanto passava meu rímel.

—Talvez. Mas você não me contou essa história do beijo direito, foi quando? Eu não vi nada, de verdade.

—Ah... foi na sinuca da parte de cima da casa do Daniel. —Corei ao me lembrar daquela cena.

—Eita! Meus irmãos estão podendo em?! Calma, essa frase ficou meio problemática... —Começamos a rir.

Depois disso nos encontramos com os meninos, que estavam conversando na porta da casa dos Guerra, e pararam para nos observar. Marcelina foi direto em Mário dar um selinho no mesmo e fiquei olhando Paulo nos olhos, que fazia o mesmo, parecendo apreciar a visão. E ele também realmente estava... nada mal. Seus fios despenteados e molhados davam um toque especial, o deixando perfeito.

—Vamos então, pombinhos. Deixem a pregação para hora do filme. —Paulo disse para os dois, desviando o olhar.

O shopping não é muito longe de casa, mas fomos de uber do mesmo jeito. Já no local, nos dividimos para pegar a pipoca e comprar os ingressos, já que como sempre, chegamos atrasados no local. Eu e Paulo fomos para fila dos ingressos, enquanto eles compravam comida. Passar tempo com Paulo é realmente pedir para rir até a barriga doer, enquanto estávamos na fila, ficamos rindo dos cosplays e roupas dos fãs que estavam na fila, e a melhor parte disso tudo foi escutar os apelidos que Paulo inventava para cada um.

—Olha lá! O povo vestido de Ghostface! Isso não vai dar muito certo... —Ele disse em uma falsa preocupação. Para quem é fã da série, sabe que isso é sinônimo de assassinato.

—Eu te proibo de ir ao banheiro sozinho! — eu disse e rimos juntos, nos olhando.

—Próximo! —A moça disse, parecendo irritada. Com isso, saímos do transe e fomos comprar os ingressos. Obviamente, ele que pagou, como qualquer menino deveria fazer, mas ainda me senti feliz pelo seu ato cavalheiristico.

—Se você quiser ainda podemos fugir desse cinema juntos antes que o Ghostface escolha sua vítima...—Ele disse no meu ouvido enquanto a moça imprimia os ingressos.

—E perder a chance de te ver assustado nas cenas de susto? Nunca.

—Quem vai me agarrar nessas horas é você! Porque você acha que eu te trouxe aqui? —Revirei os olhos.

—Nos seus sonhos!

A fila para entrar na sessão estava pequena porque chegamos em cima da hora, então acabamos entrando rápido, mas demoramos a conseguir sentar no nosso lugar. Depois de diversos "licença" conseguimos passar e sentar nos nossos lugares. Marcelina e Mário devem estar no cio, não é possível! A gente acabou de sentar, eu olho para o lado e lá está eles. O pior é que eu fiquei no meio, então escuto tudo.

O filme foi ótimo! Eu adorei a continuação e fiquei simplismente surpresa com os assassinos, que é a melhor parte de assistir um bom filme de terror. O final foi simplismente ótimo, e com a cena final da Sam... e que cena! Todo o cinema começou a gritar animado, e olhei para o outro lado animada e Paulo tava rindo da minha cara com sua pipoca. O que me deixou feliz, acho que nunca vi ele sorrindo abertamente assim, suas covinhas são lindas. E nesse transe, me peguei beijando Paulo. De novo.

Dessa vez o beijo foi calmo e convidativo. Suas mãos em minha cintura e seus lábios macios traziam uma sensação única, que confesso que só senti isso com ele, e alguma coisa me diz que ele será o único também. Era como se estivéssemos apenas nós no lugar, e ao mesmo tempo como se estivéssemos dando um show particular para todos que estavam no lugar. Suas mãos subiram para minhas costas, onde ele a apoiava e fazia movimentos circulares com os dedos. Estava prestes a puxar a gola de sua camisa mais para perto e colocar minha perna por cima da sua, mas fomos interrompidos por Marcelina.

—Vamos embora pombinhos, o tio tá querendo limpar a sala para próxima sessão. — A menina disse com um sorriso malicioso apontando para o moço que estava segurando as vassouras pronto para entrar na sala de cinema. Corei ao perceber que perdi o desfecho e os créditos finais, e o pior é que nem percebi o tempo passar e que tinha durado por tanto tempo.

—Não nos levem a mal, porque ver vocês dois que se odiavam até uma semana se beijando dá um filme melhor que o que a gente viu, mas tá na hora né?! —Mário falou irônico, e levantamos da cadeira. Ao mesmo tempo que estou com vergonha até de olhar na cara do menino, não consigo parar de pensar nos seus lábios e naquelas mãos em volta da minha cintura, apertando e... Espera, ele acabou de colocar as mãos na minha cintura?

—Vamos então. —Ele levantou.

—Embora? Nunca! A gente tem que comer o lanche do BK da Barbie ainda! —Eu disse vendo os meninos prontos para ir embora do shopping, e Lina concordou.

Como obviamente somos nós que mandamos nesses dois, fomos comer o lanche. Eles, novamente, não deixaram a gente pagar o lanche, embora tenhamos resistido um pouco, eles acabaram pagando. Foi realmente muito bom passar esse tempo com meus amigos, e espero que possamos ter mais momentos como esse.

Oioi gente!! Sumi bastante, né? Eu voltei hoje de viagem, então não tive tempo de escrever, e devo postar capítulos só na minha outra fanfic (UDL) amanhã, então espero mto que gostem desse :)
Não se esqueçam de votar e comentar durante o capítulo! Beijocas.
—A.

My sister's friend | Paulo Guerra. Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin