Que o Baile de Máscaras Comece!!

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- Onde está o Sanji? Ele não chega nunca. Já se passaram trinta minutos da festa e nada dele! – comenta Robin ajeitando sua máscara arroxeada com detalhes dourados.

- Pois é! Tento entrar em contato com ele desde ontem, e nada – explica Brook.

- Estou sentindo um mau pressentimento... – diz Nami olhando para sua taça que contém uma rachadura.

- Ele virá logo! - comenta Usopp.

- Está sentindo falta dele, né? – pergunta Jinbe com sua mão sobre meu ombro. 

- A festa está muito melhor sem aquele cozinheiro idiota… – pronuncio. Mas… um lado de mim está tão preocupado que isso talvez esteja me enlouquecendo… Não vejo esse maldito desde o dia do restaurante! Quase pensei em chamar a polícia, porém, capaz de eu ser preso se eles me verem...

- Não é o que parece... Ficar caminhando de um lado para o outro e tremer as mãos, parece muito nervoso – explica o Homem-peixe debochadamente.

- Vou tomar um pouco de ar – digo, saindo da barulheira desse baile que só está ajudando a acumular estresse.

Na casa da família Vinsmoke... 

  Todos estão se preparando para o baile de máscaras, empolgados e ansiosos para comemorarem os 50 anos da universidade, além do término da faculdade de muitos universitários. Creio que meus irmãos já devem estar pondo seus trajes de gala. Ai, como eu queria poder ir... Mas não, estou aqui, trancado. Sem nada para fazer, somente conversar com meus pequeninos amigos peludinhos.

- Mas tudo bem, né?! É a vida! Ano que vem terá novamente! – exclamo no ápice da loucura e logo ouço o silêncio percorrendo o sótão úmido e mal iluminado. – Ah! Quem eu quero enganar! Eu quero muito ir nessa merda! Muito mesmo! Será único! Inesquecível! Não haverá outro como este, nenhuma festa é igual a outra, não importa o quão parecida seja, n- - antes mesmo de continuar me lamentando, ouço a tranca da porta mexer.

- Falha, estamos indo. Irei largar seus irmãos no salão e depois irei a uma reunião, estarei de volta à meia-noite. – esclarece Judge.

- Tanto faz – digo sem olhar para a cara dele.

       O homem de bigode esquisito tranca a porta sem ao menos dar um tchau - não que eu me importe com isso - e tranca novamente a bendita porta. Assisto à bela família entrando no carro, vejo Reiju saindo de casa, está mais bela do que nunca com um vestido tomara-que-caia cor de rosa, quase o mesmo tom de seu cabelo. Já os três… estão horríveis, um mais feio que o outro, nenhum veste uma roupa adequada e que combine com eles, está me agoniando, vão assustar todas as damas do baile dessa forma!

Ao vê-los partir, começo a derramar lágrimas. Eu estava com tanta água armazenada que pareço uma nuvem carregada de chuva. Enquanto faço uma das coisas que a autora desta fic mais me diz para realizar ultimamente, começo a lembrar dos tempos em que levava a comida que eu mesmo fazia para a mamãe quando ela estava doente. Embora fosse um tempo desagradável em que mal podia passar momentos com ela, fazer aquela comida muitas vezes ensopada de água fazia minha mãe feliz.

Ela dizia que era o melhor remédio. Eu não acreditava muito nela, porque aquela comida parecia uma gororoba sem explicação. Contudo, ver aquele sorriso em seu rosto me deixava bem também. Era o único momento do dia em que eu podia ser eu mesmo, o único momento em que eu podia sorrir, podia conversar livremente sobre qualquer coisa sem ser espancado ou rejeitado. Minha mãe e a Reiju eram as únicas que me entendiam nesse lugar que nem gosto de chamar de casa.

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