Capítulo 22: O Golpe Final

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"Palavras, ações, gestos e até mesmo o silêncio são formas de se expressar, mas se ninguém ouvir, grite e suplique, e grite mais, com toda a sua alma, principalmente para dizer o que sente para alguém, principalmente para dizer o 'eu te amo'. Antes que seja tarde demais e o silêncio seja tomado outra vez, e por consequência, o arrependimento eterno".

- Pedro

Andava pela empresa falando com as pessoas que tinham dúvidas e me deparo com Mary no corredor, não estávamos muito bem desses dias para cá, tivemos uma briga por conta do tempo escasso, quando ela não estava trabalhando eu estava procurando alguma coisa para ajudar Domenico no caso de Grace e Matthias. E por conta disso passava algumas noites em claro.

- Oi, já está indo embora? - Perguntei ao me aproximar, todos já sabiam do nosso envolvimento.

Mary: - Sim, Mia está com febre e minha mãe precisa ir trabalhar hoje. - Suspirei. - Vejo você a noite? - Perguntei.

- Sim, levo vinho e pizza. - Forcei um sorriso. - E.. Mary.

Mary: - Eu sei, está tudo bem. Nos vemos mais tarde... Yelena está bem né? Domenico me avisou sobre o acidente.

- Sim, vai sair a tarde... - Meu celular toca no bolso, estava esperando essa ligação.

Mary: - Até depois. - Passei por ele e sai em direção ao elevador.

- Achou alguma coisa? - Questionei pelo telefone.

"Ela está grávida, veio no hospital algumas vezes no último mês. E ele já deve saber, o pai está forçando o casamento para esconder a gravidez fora do matrimônio, sabe, essas coisas de gente velha e religiosa".

- E Matthias? - Perguntei após uns segundos em silêncio.

"De volta, está sendo interrogado no dp, mas todas as testemunhas de casos antigos ou estão mortas ou em outro país e bem financeiramente, enfim, nada concreto que possa de fato incrimina-lo por homicídio, mas te mandei pesquisas sobre a carreira dele, pode ter alguma coisa... preciso ir, ligo se descobrir mais".

Desliguei e liguei para Domenico que atendeu na hora, pelo visto milagres acontecem. - Ela já sabe? - Perguntei enquanto olhava para a janela.

Domenico: - Não. - Respondo depois de adivinhar do que se tratava. - Como soube? - Yelena estava no banheiro enquanto eu fechava as cortinas.

- Não importa, é seu? Isso deixa você encrencado. - Suspirei.

Domenico: - Ainda não tenho certeza, só espero que não seja menino, jurei que não passaria isso para meu filho. - Respirei fundo.

- Não vai contar pra ela?

Domenico: - Não pretendo, não agora. Estamos bem outra vez, quero aproveitar antes que outra chuva ácida estrague isso. Como estão as coisas ai? - Tirei a mão do bolso e passei pelo rosto.

- Ela tem o direito de saber.... - Ele muda de assunto. - Tudo bem, a última reunião foi desmarcada então estou indo embora, também tenho planos. Me liga quando saírem da delegacia. - Desliguei o celular e entrei no elevador.

- Yelena

Três horas da tarde, estava no banheiro dos hospital trocando de roupa e arrumando o cabelo, minha testa estava com um curativo pela queda, e meu corpo dolorido. Minha cabeça abrigava um turbilhão de pensamentos, era difícil até pensar em como pentear o cabelo... Estava feliz por estar com Domenico, mas nervosa pelo julgamento de Chris e ansiosa pelo fim de tudo isso, e medo, ainda não sabia do que. Deixei o banheiro e voltei para o quarto com uma bolsa na mão onde estava meus pertences e roupa suja. - Estava falando com quem? - Perguntei ao pegar meu celular na mesa do lado e ver as horas.

As Desavenças Entre O Amor e o Emprego //(Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora