Capítulo 21

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— Stop.

Assim que descobriu que ele estava com Rain, Payu gritou alto e os seus olhos brilharam intensamente, como se alguém o
tivesse incendiado. Estava com tanta raiva que queria encontrar esse cara para matá-lo com as próprias mãos.

— Estou feliz que você se lembre de mim.
— Se você não quer morrer, solte o meu namorado agora!

Era quase como se a voz mostrasse que as coisas haviam
chegado ao limite para Payu, enquanto o próprio Saifah estava
começando a entender a situação e o que estava acontecendo.

— Você realmente acha que é uma boa ideia usar um tom como esse comigo? Se eu acidentalmente mover minha mão, posso cortar o rosto do seu namorado.
— Filho da puta!

As mãos do Payu tremeram de raiva, porém as palavras do outro lado da linha o fizeram respirar fundo tentando relaxar para acalmar o seu coração ardente. No entanto, isso não ajuda em nada. Payu estava ficando cada vez mais ansioso e
preocupado com o que Stop faria com Rain, ainda mais quando se lembrou das palavras do Saifah: que a sacola contendo os mantimentos que Rain havia comprado provavelmente estava pendurada por várias horas na entrada.
Há quanto tempo ele sequestrou Rain?!

—Tudo bem, apenas diga o que você quer. —O jovem disse, num tom ligeiramente frio.
— É mais fácil falar assim.
— Você tem um problema comigo, não com ele. Deixe-o ir.
— Não se preocupe, vou deixá-lo ir, mas depois de negociar.

Payu percebe que Rain é apenas uma isca para atraí-lo para um anzol. Se fosse uma hora normal, alguém como Payu nunca faria uma coisa tão estúpida, mas em momentos como este…

— Onde?! Eu vou te ver agora.
— Ei, se acalme. — Saifah deu um tapinha no ombro do irmão tentando acalmá-lo, para que ele acordasse primeiro. Ele simplesmente cairia nisso, sabendo que era uma armadilha.
Mas o seu irmão gêmeo não se importa!
— Onde? Me diga, onde devo ir?!
— Você tem que vir sozinho dentro de meia hora. Se eu encontrar algum truque, vou cortar o rosto do seu namorado...
— Droga! Eu perguntei onde!?

Payu explode novamente quando a pessoa do outro lado da linha não diz onde é o local. Ele está pronto para fazer o que Stop diz. Se ele tivesse que ir sozinho, iria sozinho, enquanto o
pequeno estivesse seguro.

— Relaxa, você não pode ficar com raiva de mim. A minha mão ainda não tocou no rosto do seu namorado.

O ouvinte cerrou o maxilar com força, querendo matá-lo com as próprias mãos. Entretanto, agora Stop tinha uma carta mais alta e, enquanto Rain estivesse seguro, ele estava disposto a fazer qualquer coisa.

— Você tem que vir sozinho. Se meu pessoal ver que você trouxe um amigo, vou brincar com seu namorado. Não conte à polícia, se não quer que isso acabe mal. E não se preocupe, não quero brincar com ele. Se fizer tudo o que eu disser, vou deixar você e o seu namorado irem. Está interessado nesta oferta?

Payu sabe que nem tudo é tão fácil quanto ele disse. Não havia como ele deixar o Rain ir embora tão facilmente quando Payu chegasse. Este cão perdedor vai querer espancá-lo completamente.
Um plano estúpido que só um tolo poderia inventar, mas funcionou.
Se ele estivesse mais calmo do que isso, mais atento ou se não estivesse tão ansioso, teria conseguido descobrir esse plano
sem dificuldade. Porém agora, se pudesse ajudar Rain, levaria um minuto mais rápido. Ele concorda em ser tolo e se envolve no plano estúpido de quem quer se vingar apenas dele.
Eu não vou deixá-lo arrastar Rain para isso!

— Vou enviar o endereço. Te vejo em meia hora. Se lembre, venha sozinho.
— Desgraçado!

Assim que desligou, Payu xingou em voz alta. Suas longas pernas chutaram a mesa, espalhando tudo sobre ela no chão. O jovem não se importou, porque agora estava furioso.
Não ouse tocar no meu namorado.
Ping.
De repente, houve um som de notificação. Payu ficou mais irritado quando olhou pro celular, não porque Stop usou o celular do Rain para enviar uma mensagem via Line e sim porque enviou uma foto do Rain com um corpo maltrapilho, boca amordaçada e uma faca apontada pro seu rosto pálido!
“Não pense em truques...”

Love Storm (Payu & Rain)Where stories live. Discover now