Minha Refém

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☆Capítulo não revisado☆

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[Não voltaria no tempo para consertar meus erros, não voltaria para a inocência que eu tinha - e tenho ainda. Terei saudades da ingenuidade que nunca perdi? Não tenho saudades nem de um minuto atrás. Tudo o que eu fui prossegue em mim.]

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HINATA

Fui trazida para uma comunidade na zona sul, julgava eu estar muito longe do meu lar, foram quase três horas dentro da Van, ou seja minha casa está do outro lado da cidade.

Os outros que estavam dentro do carro foram ficando no meio do caminho, quase chegando no alto do morro, o tal Raposa me tirou da Van, e antes de ir embora disse algumas palavras de baixo calão para o tal Palmito, mando ele ir para lugares ruins, que a ética e a minha educação jamais me permitiram repeti-los em voz alta e muito menos em pensamentos.

Ainda me tremia que nem fará verde, o medo insistia em não me abandonar, a comunidade a primeira mão não era nada bonita, mas aqui parecia ter vida, alegria, crianças brincavam no meio das vielas, não podia negar que por meros segundos desejei com todo o meu ser, ser uma criança outra vez e me juntar às outras para recuperar a infância, sempre quis brincar em bando. Deve ser divertido...- é o que penso olhando para os pequenos brincando de correr atrás um do outro.

- Adianta o passo minha fia - fui despertada, por ele, o tal Raposa que por todo caminho não revelou seu rosto - Tenho a tarde toda não - me puxava pela mão, entrando num beco estreito, me guiava impaciente, chegando no final, o vi pegar as chaves no bolso, abriu o portão de ferro, em seguida a porta.

O senhor Bandido me empurrou para dentro da residência. O cheiro de casa limpa, o aroma de lavanda invadiu minhas narinas imediatamente. Observei minuciosamente ao redor, a sala de estar simples e pequena, toda arrumadinha sem nada fora do lugar, não sei porque, mas me senti em casa, aqui parecia ser acolhedor.

- Você mora aqui, Sr.Bandid...

- Ih na moral, dona freira, tô te tratando com mó respeito no bagulho e tu fica aí me chamando de Sr.Bandido. - trancou a porta atrás dele, em cima do tapete de entrada - Moro...- Ele tirou seus tênis e as meias, me dei conta que entrei na casa dele sem ao menos tirar os calçados, que falta de educação a minha, fiz o mesmo retirando-os e ficando descalça.

- Como devo me referir ao senhor, não sei o seu nome - expliquei-me, vendo ele respirar fundo, acho que está se segurando para não me matar.

- Tá de palhaçada, primeiramente manda a letra na moral, fica cheia de gran fineza nas palavras, que papo é esse de senhor, tá me chamando de velho é? - tirou o revólver da cintura, engoli a bile que se formou em minha garganta, ao imaginar o que ele poderia fazer com aquilo. depositou o objeto em cima da mesa de centro, me dá arrepios só de olhar para isso- Me chama só pelo meu vulgo: Raposa - ordenou, calmamente tirou a balaclava, me dando pela primeira vez o vislumbre de poder ver seu rosto, tentei me manter de pé quando minhas pernas quase viraram gelatinas, e minha respiração começou a ficar desregulada, e o meu coração pulsava tão forte em meu peito que deu a parecer que corri uma maratona, mas isso foi só o impacto de ver o quão bonito era esse homem, em toda a minha vida nunca me vi cometi tamanho pecado como estou cometendo agora.

- C-claro que n-não...não lhe chamei de velho, longe de mim ofendê-lo, Sr. R-Raposa - me recompus, olhando para qualquer lugar que não fosse o seu rosto.

- Sem essa parada de senhor - reclamou, acho que o chamar de bandid..não incomoda, e sim o fato de eu acrescentar o "Sr." Juntamente da palavra - Tu agora é minha Refém - sentou no sofá de forma preguiçosa e relaxada, apoiando os pés na mesinha de centro- Cê vai ficar comigo por alguns meses.

Refém-NARUHINAOnde histórias criam vida. Descubra agora