13 - La noche brillante

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Gabriel estava parado me olhando.

Eu o obedeci e tirei a a roupa sem questionar.

- Agora vá tomar banho. - Ele apontou para o banheiro.

Isso foi uma surpresa. Eu estava esperando sexo animal. Coito humano, tapa na bunda e cordas. Mas não foi isso. Não sabia se me sentia aliviada ou preocupada.

Me banhei e me certifiquei de passar sabonete mais de 3 vezes pra me livrar da sensação de ser suja perto de Gabriel.

Depois de ter a proteção da pele totalmente destruída pelo sabonete questionável do hotel, eu sai enrolada no roupão já procurando a mala com as roupas.

Eu coloquei o vestido mais bonito que tinha na mala. Ele era vermelho e tinha uma fenda sexy, mas não tão reveladora. O tecido tinha pequenas partículas brilhantes. Apesar de curto, parecia um vestido de passarela. O decote também era extremamente calculado para não exagerar.

- Então é verdade... - Eu me olhei no espelho. - Penas finas fazem lindas aves. (Fine Feathers Make Fine Birds). - Fiquei admirando o quanto eu estava linda usando aquele vestido.

- Você precisa de ajuda com algo? - Ele me olhou pelo espelho.

- Não. Vou me maquiar e em alguns instantes estarei pronta. - Eu comecei a fazer a maquiagem enquanto evitava olhar pra Gabriel.

Ele tomou banho e logo começou a se arrumar também. Colocou um terno slin azul marinho que parecia ter sido moldado no corpo dele. Não havia nada fora do lugar.

Eu o observava pelo reflexo do espelho para não olha-lo diretamente, enquanto finalizava a maquiagem básica que fiz.

Base, blush avermelhado, contorno, delineador, máscara de cílios, iluminador, e pó. Básico do básico.

Quando percebemos, já eram 19h45.

Nós saímos e o motorista já estava nos esperando com as portas do carro abertas. Dessa vez era uma Limousine preta.

Eu nunca tinha entrado em uma Limousine. No colégio, as meninas alugavam Limousines para entrarem no baile de formatura, mas eu era pobre demais pra esse tipo de luxo. Na verdade eu nem cheguei a ir no baile por que eu estava trabalhando como garçonete em uma festa de ricos.

Mas as Limousines eram superestimadas. No final das contas, são só carros espaçosos e cheios de coisas desnecessárias dentro. Tem frigobar, armário, cabideiro, almofadas e etc. Mas nunca vi alguém ficar em uma Limousine por mais de 15 minutos, então nem vale a pena um carro desses custar mais do que um motorhome.

Como o esperado, ficamos apenas 10 minutos em viagem, e já estávamos no salão de um hotel que parecia mais o salão de um castelo. O lugar tinha um lustre a cada 3m². O chão parecia um gel de tão liso. O teto formava um desenho cheio de pessoas nuas.

O salão não estava cheio, na verdade tinha mais ou menos 30% da capacidade total. (Sem as mesas)

As mulheres eram poucas, mas eram notáveis. Todas elas usavam algo que brilhava.

Andando de braço dado com Gabriel, eu atraía muita atenção. As pessoas nos olhavam com uma certa investigação. Bastou sentarmos em uma mesa e as pessoas começaram a vir até nós.

Primeiro um homem na casa dos 50 anos, vestindo um terno tradicional preto se aproximou sorrindo. Gabriel pareceu incomodado, mas ele sempre parecia incomodado com tudo e todos.

O homem o cumprimentou com a cabeça e me ignorou completamente. Mas assim era até melhor.

Ele ficou lá por uns cinco minutos tentando manter uma conversa, mas Gabriel não parecia nada interessado, então ele saiu com uma cara meio sem graça.

Diário de SubmissãoWhere stories live. Discover now