A filha Do Príncipe [Em Pausa]

Capítulo 13

PHILLIP WILLAM

Sofie é minha filha.

Porra! Eu encarava o papel onde tinha o exame de paternidade. Porque Emma tinha escondido isso de mim? Será que ela ao menos pensou em me contar um dia? Ela iria mesmo deixar que eu perdesse toda a vida da minha filha? Mas, agora tudo faz sentido. Quando Sofie passou mal e veio parar no castelo, a dor que eu senti ao vê-la sofrendo, não foi só por causa de Emma nem da minha vontade de ajudá-la, foi por causa de dividirmos o mesmo sangue, ela é uma parte minha.

- Seu pai provavelmente achou que ela queria dar algum golpe na realeza, já que é só nisso que ele pensa. - Encarei Emilly, meus olhos ardiam - Oh Phillip, sinto muito que tenha descoberto assim. - Ela se senta ao meu lado e me abraça, começo a chorar no mesmo instante.

Como eu queria que tudo fosse diferente. Naquela noite, no primeiro dia em que vi aquela linda garota na cozinha do castelo, quando vi a beleza de seu olhar pela primeira vez, quando senti meu estômago revirando pela primeira vez por alguém, a conexão que senti, é bobo e um tanto idiota falar desse jeito, mas sei que foi amor a primeira vista. Sonhei com ela durante várias noites seguidas, porém, quando estava pronto para confrontar meu pai para que ele deixasse eu ficar com ela, soube da merda do contrato, e do meu casamento que iria acontecer logo após o baile de primavera.

Meu mundo desabou, naquele dia eu descobri que no meio da realeza não importa o que sinta ou o que queira, não é você que controla a sua vida, e sim uma maldita coroa. Eu sabia que tinha encontrado o amor, algo em mim gritava isso. Mas, eu tinha a perdido tão rápido quanto a tinha achado.

Só que, por ironia do destino, na manhã antes do baile, ela apareceu novamente. O que eu desejei por noites, estava  finalmente acontecendo. Ela estava ainda mais linda com a luz do dia, novamente me vi encantado pelos seus olhos, eram um mel, e tão expressivos. Aquele momento  foi o mais mágico, nunca vou esquecer da forma como nos amamos. E agora, descobrir que daquele mesmo momento veio um ser, uma linda garotinha. Sinto como se tudo a minha volta estivesse diminuindo, me trancando comigo mesmo na pior cela.

Porém, os braços de Emilly ainda me apertavam firmemente, seu carinho no meu cabelo me relaxaram.

- Será que ela iria me contar? - Minha voz saiu baixa e rouca por causa do choro.

- Só ela que pode te responder isso, e provavelmente as outras várias perguntas que rondam sua cabeça. - Diz calma, e eu suspiro.

- Eu preciso ir atrás dela. Preciso saber, de tudo. - Me levanto, mas a mão de Emilly me impede de andar.

- Sei que tem seus direitos de saber, mas está agindo por impulso. Pense Phillip, ir agora até White-rose? Chegando lá vai fazer o que? Ao menos sabe aonde ela está?

- Não tenho o menor problema em rodar o reino atrás dela.

- Não duvido disso. Mas e depois? Mesmo que ela responda suas respostas, o que irá fazer? Seu pai não deixaria você tomar qualquer atitude que seja. - Sua razão começa a me irritar.

- E o que acha que tenho que fazer? Eu tenho uma filha no reino vizinho que provavelmente nem sabe que sou eu seu pai, que deve imaginar que eu a deixei! - Sentia todo meu corpo se esquentar por causa da mágoa.

- Emma teve seus motivos, motivos que em algum momento vão ser explicados. Mas pense Phillip, foque em se tornar rei, com você no comando de tudo não acha que facilitaria as coisas? Pense no que seu pai pode fazer com as duas enquanto esta com todo esse poder, ele já expulsou elas do reino, e se souber que você já sabe, sabe-se lá o que ele será capaz de fazer para que não chegue perto delas. Não vai conseguir nada agindo por impulso. - Suspiro. - Pode ficar irritado comigo o quanto quiser, mas não deixarei sair desse castelo até que tenha um bom plano.