Observe

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Celine Hernández

Ando rápido e olho denovo para trás, sinto uma sensação horrível de ser seguida, a rua tá vazia por conta do horário, já que infelizmente estudo na parte da manhã e estou adiatada, com medo entro no café que frequento de vez em quando, sento em uma mesa.

- Bom dia - disse uma simpática garçonete.

- Bom dia, um capuccino gelado - aproveito que tenho vinte minutos abro o livros para revisar o conteúdo da para prova de história, escut sininho da porta tocar e eu dou uma olhadinha e um carinha muito bonito entra, de modo bem estranho ele me lança um olhar tão penetrante que me deixou constrangida, ele tem lindos olhos azuis, mas um olhar sem qualquer brilho, tiro minha atenção dele quando o capuccino chega.

- Obrigada - agradeço e começo a toma-lo. O homem, que é um gato, continua me olhando começo a estranhar e me deixar com medo, porque não parece que estar flertando mas me observa como se eu fosse uma presa. Bebo rápido e deixo o dinheiro em cima da mesa e vou saindo apressada, escuto passos largos e forte me seguindo e me desespero com medo do homem do café, e ando mais rápidos ainda.

- EI GAROTA, ESPERA. - olho para trás e o cara da lanchonete está com meu livro na mão, suspiro um tanto quanto constrangida por estar claramente fugindo dele, espero que não tenha percebido, o que acho bem difícil.

- Obrigada.- agradeço sem graça quando vejo chegar perto pego o livro de sua mão

- Não precisa ficar com medo de mim. - coro, que vergonha meu pai. - Meu nome é Ethan.- estende a mão e aperto

- Celine, me desculpa tenho que ir para escola.- prefiro ignorar para evitar mais constrangimento e mal consigo olhar no seu rosto, ele é ainda mais bonito de perto e seu cheiro é muito bom.

- Posso te dar uma carona. - olho relutante, além de ser bem estranho, não sei ao certo suas intenções, se ele estiver com algum interesse em mim, nem a Lucy vai acreditar.

- É aqui perto vou caminhando, mas se quiser pode me acompanhar. - ele concorda com a cabeça.

Andamos em silêncio, caramba, eu nem o conheço e estou mostrando onde estudo. Eu e minha mania de esperar o melhor das pessoas, até mesmo quando parece bom demais para ser verdade, um homem interessado por mim, lindo demais por sinal, talvez ele seja o meu príncipe. Sei lá, já tô exagerando.

- Quantos anos você tem?.- ele quebra o silêncio constragedor.

- Dezoito. - minto, nem sei porque, mas sai automático, ele deve ter mais de vinte e eu não quero que ele saiba menor de idade. Sei lá, é ridículo já que não vou ver ele outra vez mas não quero que perca o interesse.

- Você é uma menina. - sorrio sem graça ele fica me estudando isso é totalmente vergonhoso.

- Falando assim parece que é muito mais velho, tem quantos anos? - sabia que ele ia pensar assim, e olha que não sabe que tenho dezessete.

- Mas sou, tenho vinte e oito, quase vinte e nove. - ele sorri, mas que sorriso, ele todo forte e alto, sim tô babando. - Bom, pelo menos não é de menor. - seu sorriso muda junto com o tom malicioso da frase me deixando constrangida.

- É ... - nem sei o que responder, que constrangedor. - Você é daqui? - mudo do nada de assunto. Que merda.

Ele dá uma risadinha.

- Sou de West Adams, me mudei para cá por causa do meu trabalho. Tava correndo e conhecendo o bairro e vi aquele café. - ele é um sonho, seu sorriso, sua voz, tudo é perfeito.

- Que legal, vai gostar daqui, o centro pode ser agitado mas é um bom lugar. - viramos a esquina da escola e ficamos na frente da escola.

- Chegamos. - ele assente e sorri, pega o celular do bolso.

Você é minha luzOnde histórias criam vida. Descubra agora