18º-Capítulo

9 3 0
                                    

P.O.V. Narrador

À medida que a manhã iluminava o quarto, os primeiros raios de sol esgueiravam-se pelas cortinas entreabertas e lançavam uma luz suave sobre o cenário que estava prestes a revelar-se.

O quarto, normalmente organizado e arrumado, estava repleto de sinais da festa que tinha ocorrido ali. Copos vazios, as garrafas descartadas e alguns confetes espalhados pelo chão eram vestígios silenciosos das celebrações que haviam ocorrido poucas horas antes. O ar estava cheio de um aroma de álcool e a sensação de euforia que ainda pairava no ar.

No centro desse cenário estava Max, Noah, Nick, Sol, Miry e Luim.

Miry foi a primeira a mexer-se, os seus olhos piscavam lentamente, a tentarem acostumar-se com a luminosidade crescente.

Ao seu lado, Sol resmungou levemente, girando-se em busca de um conforto que parecia fugir de seu alcance. Em outro canto do quarto, Nick soltou um bocejo sonoro, os seus olhos abriram gradualmente para o novo dia. O processo de recuperação estava em andamento, e à medida que cada membro do grupo A começava a acordar, os murmúrios de confusão e desorientação preenchiam o ar.

Em algum momento, as mentes sonolentas começaram a perceber um som distante que cortava o ambiente, um som que ecoava através das paredes e da porta fechada. Eram batidas, batidas persistentes que chamavam a atenção deles, mesmo que as suas cabeças ainda estivessem envoltas em um nevoeiro de confusão.

Miry piscou rapidamente, seus olhos finalmente focou-se na porta que conduzia para fora do quarto. Ela franziu a testa, a tentar entender de onde vinham os sons. As batidas eram mais fortes agora, mais urgentes, e ela finalmente ergueu-se da cama, seu corpo protestando contra o esforço.

A Sol e o Nick começaram a mover-se também, os seus olhos encontravam-se com os de Miry enquanto todos buscavam compreender a origem dos barulhos. As vozes deles ainda estavam sonolentas e desorientadas quando a verdade finalmente começou a formar-se nas suas mentes.

Havia algo de errado. Algo estava a acontecer lá fora. E o som das batidas na porta não era apenas um som casual, as batidas continuaram, agora ainda mais fortes e insistentes. A porta parecia vibrar sob a pressão dos golpes, e a preocupação começou a infiltrar-se nas mentes sonolentas do grupo A. A confusão foi rapidamente substituída pela apreensão, e eles levantaram-se da cama em um frenesi de atividade, e trocaram olhares preocupados.

Enquanto o barulho ecoava, a maçaneta começou a girar, e a porta abriu-se com um rangido. No umbral estava uma figura familiar, o professor que havia guiado sua viagem de estudos. A sua cara estava séria e preocupada, e havia uma sombra de ansiedade em seus olhos.

- Desculpem o incômodo - disse ele, sua voz carregando um tom pesado. - Mas preciso falar com vocês. Agora.

O grupo A olhou para ele, um misto de surpresa e preocupação em seus olhares. Eles não tinham certeza do que estava a acontecer, mas o professor estava claramente aflito e ansioso para falar com eles.

E antes que pudessem dizer algo, antes que pudessem processar completamente o que estava a acontecer, outros passos se aproximaram da porta. E dessa vez, não era apenas o professor. Mas também um Polícia, que entrava, enquanto os observava.

As palavras deles eram confusas e distantes, as perguntas misturavam-se num turbilhão de vozes.

O professor olhou para eles, os seus olhos cheios de preocupação. - Houve um incidente ontem à noite... - ele disse,a sua voz falhando levemente. - E precisamos entender o que aconteceu. O Isaac... ele está gravemente ferido, em estado crítico.

Uma onda de choque percorreu o grupo A, as suas expressões de perplexidade e horror apareciam. A informação atingiu-os como um soco no estômago, fazendo com que a realidade da situação se tornasse inegável. O que havia começado como uma manhã de confusão e desorientação agora transformava-se em uma situação de extrema urgência.

Vínculos Onde histórias criam vida. Descubra agora