Capítulo 16: Kallias.

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Primeiro tudo o que houve foi um silêncio tenso, logo depois os sussurros se espalharam por toda a montanha. As especulações sobre a autoridade da Grã-Rainha diminuíram a cada dia.

A primeira prova que Feyre passou foi sorte, apenas um golpe de sorte para prolongar a tortura na pequena humana presunçosa, mas agora com a segunda vitória da humana inferior as coisas se tornaram diferentes.

A pequena humana não estava perdendo, ela estava criando uma revolução, ela lhes deu esperança, uma luz para desejar, e os sussurros se tornaram mais altos a cada dia.

Eu podia escutar a conspiração se manifestando de forma aparente, os olhares entre os outros feéricos não tinha mais o brilho de medo, aos poucos seus olhares se tornaram expectantes, eles estão esperando, desejando minha queda.

Por conta disso parei de me reunir com eles todas as noites e apenas apareci duas ou três vezes nas festas da noite enquanto dedicava meu tempo a fazer os últimos arranjos para o dia de sair desse lugar. Em minha mente contei dia após dia sonhando com a visão da minha cabana, longe dos pecados de Amarantha, um lugar onde estaremos  seguros e em paz.

As novidades enviadas por meu attor elogiaram o trabalho de Lucien, o que me surpreendeu já que todos eles pareciam odiar a raposinha profundamente. Como planejado eu procurei escudos para colocar nos arredores do terreno e evitar ser percebida no local tanto por outros feéricos quanto por criaturas que eu não conheço e não tenho condições de me defender, principalmente enquanto estou grávida.

Com tudo pronto para a fuga, restou o trabalho de fazer acordos com Thesan, Kallias e Tarquin. Em um nível de dificuldade eu sabia que o novo senhor da Estival seria o mais fácil, ele perdeu parentes de forma cruel bem a sua frente e está carregando um fardo pesado para um feérico tão jovem, assim o deixei por último.

Já o problema em fazer um acordo com Thesan era a falta de informações sobre ele. Tudo o que me lembro sobre seu personagem está resumido em: 'aceitou receber os outros grão-senhores para a reunião convocada por Rhysand' e 'tem um namorado da espécie serafim', nada que seja muito importante sobre ele de fato. A realidade era que eu não tenho certeza se ameaçar seu namorado, cujo qual eu nem lembro o nome, seria bom o suficiente para forçá-lo a aceitar um acordo comigo.

Por mais pacífico que Thesan tenha parecido nos livros, eu não o conheço bem o suficiente para confiar em um acordo bem sucedido. Também existe um porém, apesar das poucas informações que tive de Helion existia algo que eu poderia oferecer a ele em retorno por um acordo. Thasan não precisa de nada que eu tenha para oferecer.

Poderia ter negociado com ele usando ameaças contra sua corte, mas agora nem isso é uma garantia para conseguir um acordo, ele como os outros deve estar se deixando levar pelas esperanças que Feyre tem cultivado sem realmente fazer nada além de lutar contra mim.

Por fim, tenho o caso de Kallias, o grão-senhor da corte invernal.

Mantendo o hábito que desenvolvi ao fazer o acordo com Rhysand, convidei Kallias para um jantar privado no início da noite depois de um longo dia de chatice administrativa.

Depois da segunda prova passei uma semana planeja do cada conversa que teria ao oferecer os acordos, na noite do sétimo dia coloquei o plano simples em andamento, era hora de ameaçar outro grão-senhor, esse que já tem motivos para me odiar agora teria outro item a adicionar na lista dos meus pecados contra ele.

Navi bateu na porta sendo acompanhado por meu convidado exatamente às 8 horas da noite e depois simplesmente fechou a porta me deixando de frente para Kallias.

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