CINCO

9 2 0
                                    

Era quase uma da madrugada, quando o avião desembarcou no aeroporto de Nova York e Brian logo chamou um táxi, a mando do patrão. Chad tinha decidido que passaria a noite em um hotel e só no dia seguinte falaria com a mãe. Chegou a se perguntar se estaria exagerando, por ter deixado as reuniões de negócios em segundo plano. Mas não. Não era exagero. Meredith precisava entender que ele não era uma marionete. Como ela ousara publicar na mídia que ele se casaria, sem o seu consentimento? Ou, pior, sem que ele, sequer, soubesse que havia um casamento? A senhora O'brien tinha ultrapassado todos os limites.

- Chegamos, senhor – informou Brian, despertando Chad de seus devaneios, assim que o táxi estacionou de frente ao hotel em que pernoitariam.

Chad pagou a corrida e Brian retirou as bagagens do porta-malas, depois eles adentram ao hotel para o check in. Assim que a recepcionista liberou os quartos, Chad sentiu-se aliviado por poder ficar sozinho. Ainda que Brian se mantivesse calado em quase todo o tempo, Chad ansiava pelo momento em que ficaria a sós com os próprios pensamentos.

As bagagens ficaram "jogadas" no meio do quarto e o rapaz arrancou a roupa que usava, largando-as em cima das malas, e se lançou sobre a cama. Sentia-se cansado, da longa viagem, e pretendia dormir mais um pouco, isso é, caso a ansiedade pela conversa do dia seguinte não estivesse martelando-lhe a mente, mantendo-o desperto.

O rapaz planejava ir ao encontro de Stacie, assim que terminasse a conversa com Meredith. Ele sentia a necessidade de desculpar-se pelas atitudes da mãe e liberar a menina desse compromisso insano; sentia-se envergonhado por toda essa situação, entretanto, o que ele mais queria era garantir que Stacie soubesse que ele era tão vítima quanto ela; que ele jamais a forçaria a um casamento.

Ele só queria que ela soubesse disso.

Enquanto isso, Stacie estava no hospital, aguardando por informações sobre o pai. Desde o ocorrido com o senhor Benjamin, a menina não teve tempo para pensar no casamento forçado, que aconteceria a qualquer momento. Ela estava aflita e assustada com a cena presenciada naquela tarde. O pai chegara ao hospital desmaiado e em estado grave; e ela temia por qual seria o desfecho da situação.

Enquanto aguardava, Stacie aproveitava para falar com a amiga Kate, por vídeo chamada. A amiga ainda se encontrava no hospital, em companhia de Elizabeth, que desmaiara, ao saber do acidente envolvendo o marido.

- Oi Stacie, alguma informação sobre o seu pai? – perguntou Kate, com cordialidade, tentando não revelar o quanto estava preocupada com o senhor Benjamin. Ela também temia o pior, depois da amiga ter descrito a cena de terror.

- Ainda sem notícias. Estou ficando agoniada com isso, mas não tenho outra opção, a não ser aguardar – Stacie respondeu, quase chorando. – A espera é a pior parte. A gente fica pensando em tanta coisa que...

- Tente ficar calma, amiga. Eu sei que é um momento muito delicado para se pedir isso, mas mantenha a calma e confie que Deus fará o melhor por ele.

As palavras de Kate saíram mais confiantes do que a maneira que ela se sentia. A todo instante ela pedia a Deus que ajudasse o pai de sua amiga, mas, no fundo, temia que a vontade do Senhor fosse outra. E era o mesmo que Stacie sentia.

- É o que eu estou fazendo o tempo todo. Pedindo para que Ele tome o controle de tudo e me ajude a manter a calma. Só que às vezes é impossível não pensar o pior. Às vezes penso que Deus está me castigando, por ter aceitado me casar com Chad.

A menina realmente acreditava que Deus pudesse estar punindo-a, por não respeitar o matrimônio, como a coisa sagrada que ele é, ao invés disso, aceitou fazer parte de uma trapaça, manipulada por Meredith.

Vous avez atteint le dernier des chapitres publiés.

⏰ Dernière mise à jour : Aug 12, 2023 ⏰

Ajoutez cette histoire à votre Bibliothèque pour être informé des nouveaux chapitres !

Quem diria, Chad?Où les histoires vivent. Découvrez maintenant