Capítulo 15: Two Queens In A King Sized Bed

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— Elas têm um álibi. Quer dizer, elas são o álibi uma da outra — Simone comentou, antes de cuspir a pasta de dente e enxaguar sua boca — Os policiais começam as buscas amanhã, e então... — A detetive não terminou, se virando para Soraya, que olhava sem expressão o espelho a sua frente — O que foi?

— Sabe como foi difícil ouvir todas as coisas que aquele homem fez com a Luana Bolsonaro? — Soraya perguntou — Aquele homem era horrível, Simone e eu... — Ela não terminou, suspirando — Não quero falar sobre isso agora!

Foi tudo o que ela disse, saindo do banheiro.

Simone foi atrás da mulher, sentando — Sentou ao seu lado no sofá de dois lugares.

— Sol...

— Eu não posso — Soraya a interrompeu — Não me sentiria bem em colocar uma mulher no corredor da morte por matar um homem tão ruim quanto ele — Soraya completou, passando a mão no rosto.

Ainda tinha toda a situação dos assassinatos anteriores. Com certeza ligariam as duas aos outros casos.

Soraya ia se culpar por toda a sua vida se Luana Bolsonaro e Taís fossem presas, ou pior, executadas por crimes que elas não cometeram.

— Sol... — Simone colocou a mão na coxa exposta da moça — Eu quero muito dizer que há uma solução para isso tudo, mas eu estaria mentindo. Luana e a filha são certamente culpadas, e querendo ou não, elas precisam pagar. Vamos fazer o possível para ajudá-las, montar um caso a favor delas, mas se demorarmos, o caso vai para aqueles homens do Brooklyn, e se isso acontecer, elas não terão uma segunda chance!

Soraya sabia que Simone tinha razão. Seria muito melhor se elas montassem um caso, e levassem ao júri, do que os outros detetives.

Ela só não queria perder a amiga mais uma vez ao indicia-la por assassinato.

— Vamos fazer o possível para ajudá-las — Simone repetiu, segurando a mão de Soraya.

A de cabelos escuros se aproximou, se deitando no peito de Simone e suspirando o seu perfume que tanto a acalmava.

As duas ficaram em um silêncio confortável, até Simone se inclinar, segurando o rosto de Soraya, beijando o canto de sua boca.

— Sinto sua falta — Simone sussurrou, deixando explícito que ela sentia falta dos lábios de Soraya.

De tê-la em seus braços, de apertá-la, de ouvir seus murmúrios quando seus lábios estavam um contra o outro e suas línguas travavam uma batalha.

Soraya se virou, se sentando em uma das coxas de Simone e fazendo o que Simone tanto queria, juntando seus lábios em um beijo apaixonado.

Simone arfou, apertando o corpo da mulher contra o dela, segurando firme seu quadril.

Não era um beijo desesperado, mesmo que em seu interior, tudo o que ambas queriam eram beijos até perderem o ar.

O movimento de suas línguas eram lentos, mostrando todo o desejo que uma sentia da outra.

As mãos de Soraya apertaram a nuca de Simone, fazendo a morena arfar contra o seu lábio.

Soraya não era de pensar em sexo.

Ela ao menos conseguia focar em algo específico quando se tocava em suas noites solitárias. Não que ela pensasse que ficaria virgem para sempre, ela só... Não pensava muito nisso.

A ideia do sexo, da intimidade. De ter alguém a vendo, tocando seu corpo, e tendo controle dela, na verdade, lhe assustava.

Engraçado.

A Detetive De Um Caso Perdido ( SIMORAYA ) Where stories live. Discover now