Capítulo 42

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Pov Priscilla

Estou me sentindo anestesiada. Eu sei que o carro está em movimento, mas não consigo prestar atenção em nada a minha volta. Mara está dirigindo e Nati está ao meu lado segurando a minha mão. É o único calor que eu sinto, pois todo resto está frio. A Mara me mostrou um vídeo feito pela Déborah onde Letícia basicamente zombava do quanto eu sou burra.

Lembrar da voz e de sua risada começou a me causar sentimento de raiva, fúria e ira. Mara queria acabar com ela por meios legais. Mas, isso não era o suficiente, não era o que eu achava justo no momento.

Priscilla: Me deixa no apartamento.

Mara: O que?

Natalie: Minha mãe já está fazendo suas malas. Não se preocupe.

Priscilla: Eu quero ir para lá agora! - Disse firme

Mara me olhou pelo espelho retrovisor e mudou o trajeto. Ninguém falava nada, quando chegamos Mara estacionou e eu sai rapidamente do carro.

Priscilla: Quero ficar sozinha.

Natalie: Pri!

Priscilla: Por favor!

Mara: Não vai fazer nenhuma besteira.

Priscilla: A pior que eu fiz foi casar-se com a Letícia.

Pude ver o medo nos olhos das duas, não podia culpa-las. A minha aparência não devia estar das melhores e eu sentia a raiva saindo de todos meus poros. Com certeza isso estava aparente, mas era mais forte do que eu.

Me afastei e fui até o apartamento sem olhar para trás. Tudo era silencioso e era para trazer paz, mas olhar para tudo me dava mais raiva. Procurei a Déborah, pois ela ficou de guardar minhas coisas. A encontrei no closet junto com uma pequena equipe de mudança empacotando minhas roupas.

Priscilla: Vai demorar? - Disse e eles se assustaram.

Déborah: Não! Estamos na última caixa. Está tudo bem?

Priscilla: Quero vocês fora daqui.

Todos me olharam com espanto, e foram saindo carregando algumas caixas. Segurei Déborah pelo braço.

Priscilla: Acompanhe eles até a saída e vai embora também. Não quero ninguém aqui. - Disse séria.

Déborah me olhou por alguns segundos e depois assentiu e se retirou. Entrei no closet e retirei umas joias da Letícia e minhas que ficavam trancadas no cofre. Guardei numa bolsa Chanel da Leticia e comecei andar pelo apartamento olhando o luxo que havia ali, tudo bancado por mim.  Chegando no escritório abri meu cofre, e retirei dinheiro em espécie que guardava para alguma emergência.

Ao sair do escritório fui até a cozinha e a área de serviço e montei meu kit destruição. Voltei até o closet e iniciei a liberação da fúria. Comecei danificar as roupas de grife da Letícia. Joguei alvejantes em várias e fiz rasgos em tudo que vinha pela frente. Cada peça danificada me dava mais energia. Não me importei com o preço de nada, afinal era apenas dinheiro, era onde lhe causava mais dor.

Depois de danificar tudo no closet, eu ainda não estava satisfeita. Comecei a quebrar todas as peças valiosas que tinha ali na minha frente. Peguei um martelo e destruir o quarto inteiro. Decidir ir para sala esperar a Letícia e durante todo caminho fui destruindo o que tinha pela frente.

Sentei no sofá para esperar ela e comecei a imaginar o que eu deveria fazer quando ela entrasse por aquela porta. Peguei o telefone e liguei para portaria. Eu precisava de ajuda.

Levou um tempinho até que Letícia chegou e me olhou surpresa, olhando os vários objetos quebrados.

Letícia: Amore! Está tudo bem? – Disse hesitante

Senhora Implacável Onde histórias criam vida. Descubra agora