O Verdadeiro Amor Faz Bem - Hawks

Cap 17: Medo do futuro

Aizawa explicava um exercício, bem sonolento, mal esperava pra poder finalmente se enfiar no seu saco de dormir. Bocejava a todo minuto, desejando mergulhar nos mais profundos sonhos.

Louise e Izuku não conseguiam prestar atenção no que ele explicava. Izuku porquê está aflito demais e Louise porquê está preocupada com o amigo.

Izuku chegou na aula naquela manhã sendo arrastado por Louise, estava sem coragem de aparecer na frente de Todoroki, mas Louise conseguiu o convencer a ir.

Assim que chegaram na porta da sala, Izuku deu de cara com Todoroki que estava saindo com uns livros na mão, provavelmente iria devolver para a biblioteca. Izuku sentiu-se entrar em combustão assim que seus olhos se encontraram, o desespero tomou conta do corpo pequeno do garoto, ele teria caído pra trás se Louise não tivesse o segurado.
Pensou em fugir, mas Louise agarrou seu pulso e o puxou pra dentro da sala.

— Ohayou, Todoroki-kun! — ela cumprimenta o garoto bicolor, que parecia tão desnorteado quanto Izuku

— O-ohayou!

Izuku sentiu o coração dar um salto ao ouvir a voz do meio ruivo, e Louise só reparou no fato que TODOROKI SHOTO GAGUEJOU. É a primeira vez que ela vê o garoto gaguejar ou falhar na oratória, nem mesmo um deslize verbal ele já havia cometido antes. A forma calma em que o garoto normalmente fala não o permite cometer um deslize daquele, então Louise só pôde chegar a uma conclusão: Todoroki estava tão apreensivo a ponto de não conseguir controlar sua própria eloquência, como sempre fez.

Louise se sentiu mau pelos dois amigos, ambos estavam passando por momentos de pura pressão psicológica e emocional.

Durante toda a aula, Izuku evitou olhar para o lado em que Todoroki senta.
Todos os amigos dele perceberam a aura aflita que rodeava o garoto. Mina se sentia muito mal por ter causado aquela situação, queria fazer algo para compensar o amigo, mas não sabia o que. Louise a todo momento massageava o ombro do amigo, tentando o confortar o máximo possível.

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O sinal tocou, indicando o fim da aula.
Izuku esperava Todoroki sair da sala para poder sair, afinal, passaria pela frente da cadeira dele para sair pela porta e tudo que queria era manter a maior distância  possível do outro.

Assim que Todoroki sai, o enverdeado  suspira relaxando e se prepara para ir pra cantina, mas seu braço é agarrado por Louise, que já sai o puxando sem dizer uma palavra.

— L-Lou-chan, o que houve? Pra onde está me levando? — pergunta ao notar que estão indo na direção contrária da cantina.

— Você vai ver. Só peço que confie em mim. — diz Louise, continuando a andar em direção a porta de entrada da escola.

— Claro que confio em você, Lou-chan. Que absurdo é esse que está falando?

— Diz isso quando ver aonde estou te levando... e pra ver quem... — ela sussurra a última parte, mas Izuku ouve, ficando temeroso, tinha a impressão que algo muito assustador ia acontecer.

O garoto percebe que tinha razão quando viu que Louise o puxava em direcão a um banco no meio do gramado, curiosamente o mesmo banco o qual Todoroki está sentado naquele momento.

Izuku puxa seu pulso do agarro de Louise e finca os pés no chão.

— Lou-chan... O que está fazendo?

Louise se vira pra ele e suspira.

— Izu, eu-

— Lou-chan, você não pode fazer isso comigo, não sem o meu consentimento.