Wooyoung vivia em uma época onde quem gostava de pessoas do mesmo sexo é visto como uma aberração. Um dia, sem querer, soltou que não gostava de mulheres romanticamente, fazendo então todos da vila se revoltarem contra si. Num ato de Salvar sua vida...
Oi amores, voltei com mais um capítulo espero que tenham gostado do capítulo anterior amo vocês .
Boa leitura a todos.
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🔷𝐅𝐢𝐧𝐚𝐥𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐋𝐢𝐯𝐫𝐞🔷
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Estavam deitados só de cueca na grama, olhando para o céu completamente azul, ao longe se viam algumas nuvens branquinhas. Depois de fazerem amor, decidiram descansar e aproveitar a paisagem um pouco mais antes de voltarem para casa.
Na hora em que faziam amor, várias frases de amor foram proferidas e a cada uma delas eles se sentiam completos e felizes, finalmente estavam amando e sendo amados.
- Wooyoung, eu preciso te contar uma coisa. - San falou do nada, quebrando aquele silêncio gostoso que havia se instalado entre os dois.
- Pode falar. - Wooyoung olhou para cima, já que estava com a cabeça deitada no peito do outro.
- É sobre a maldição, quando o feiticeiro me amaldiçoou ele disse que ela só seria quebrada quando meu amor verdadeiro e eu nos declarássemos e saciássemos o desejo carnal. - San deu uma pausa, esperando a fala do outro, mas ele não se pronunciou. - Ele fez isso pois sabia que ninguém teria coragem de assumir ser que nem eu, mas você está aqui agora.
- Eu sou seu amor verdadeiro?
- Eu senti algo que nunca havia sentido antes depois que falamos que nos amamos, eu acho que você é e eu quero muito que seja.
- Sannie... - Wooyoung não conseguiu terminar de falar, seus olhos começaram a lacrimejar e seus lábios tremeram. - Eu também quero que você seja o meu.
- Não chore. - San riu fraco, limpando a lágrima que desceu pela pele macia do menor. - Agora só precisamos esperar pela próxima lua cheia para ter certeza.
- A próxima será mês que vem, que é daqui a uma semana. - Wooyoung riu, ao terminar de falar.
- Você sabe todos os dias que tem lua cheia?
- Bom, eu acostumei a ouvir já que alguns vizinhos têm plantações e sabem os dias de lua cheia para plantarem, então acabei decorando. - Wooyoung respondeu, fazendo movimentos aleatórios com o dedo no peitoral do moreno.
- Isso é interessante, e se o que fizemos não adiantou, você pelo menos sabe os dias em que irei me transformar. - San brincou e Wooyoung gargalhou.
- Bobo, deu certo sim, eu aposto.
Uma semana depois.
- Faltam alguns minutos, Sannie. - Wooyoung avisou, olhando no relógio na parede.
- Não é melhor pelo menos você ficar no andar de cima? - San se preocupou, juntando suas mãos com as do Jung.
- Se isso fizer você se sentir melhor eu posso ir.
- Vou sentir que você está seguro e protegido, vai que mudou algo ou meu lobo fica agressivo de repente? - San questiona retoricamente, o menor só concordou com a cabeça, o deu um abraço e subiu para o andar de cima.
San respirou fundo, se sentando no sofá, o relógio estava em sua frente e a cada minuto que passava seu coração disparava mais ainda.
Vendo que havia dado a hora e a lua já estava aparecendo, se encolheu no sofá e segurou suas pernas, colocando o rosto entre elas.
Esperou, esperou e esperou mas nada, não havia acontecido nada. Ele não havia se transformado.
- Não pode ser. - San arregalou os olhos, analisando seu corpo que estava normal. - Wooyoung-ssi, deu certo! Deu certo! - San gritou, gargalhando de alegria.
- Deu? - Wooyoung chegou correndo na sala. - Meu deus, San, você não quebrou toda casa!
- Ei! - San cruzou os braços, emburrado. - É ele que quebra e não eu.
- Aigoo, eu estou brincando. - Wooyoung riu, dando um abraço apertado no maior. - Que bom que deu tudo certo, você não vai sofrer mais, meu amor.
- Obrigado por entrar na minha vida tão de repente e ser o meu amor verdadeiro. - San apertou mais o abraço e colocou sua cabeça na curvatura do pescoço do menor.
- Fico aliviado por você ser o meu também. - fez um carinho nos cabelos dele. - Vamos-
Jung Wooyoung foi interrompido por barulhos e gritos vindos do lado de fora, os dois se entreolharam assustados, parecia que havia uma multidão lá fora.
- O que é isso? - San perguntou.
- Eu não sei, mas parece que estão nos chamando. - Wooyoung tremeu. - Vamos olhar pela janela.
O moreno assentiu e eles foram devagar até a grande janela da sala, que era coberta por uma cortina velha e desgastada.
Abrindo só uma fresta, puderam ver umas dez pessoas ou mais em frente da casa com enxadas, pedaços de pau com fogo na ponta e uma minoria com armas, chamando-os furiosamente.
- Estamos ferrados. - falaram em uníssono.
- Ou nem tanto, podemos fugir pelos fundos. - o maior falou. - Vá lá para cima e tente pegar tudo o que conseguir, eu fico aqui em baixo segurando eles.
- Sannie...
- Vá, Wooyoung! Se eles avançarem eu terei que usar minhas armas também. - Wooyoung concordou, um pouco preocupado, mas não relutou, subiu correndo para seu quarto.
San olhava de segundo em segundo a janela da frente e dos fundos, atrás estava tudo limpo, os moradores da vila só queriam atacar pela frente.
- Saiam já daí seus ladrões e pecadores! - um homem,que estava com uma enxada, gritou e as outras pessoas começaram a acompanhar.
- Eles não têm mais o que fazer? São sete da noite porra! - o moreno esbravejou, levando seus cabelos para trás, e depois cerrou os dentes.
- Sannie, eu peguei tudo que precisamos. - Wooyoung chegou ofegante com duas bolsas nos ombros.
- Vamos, baby, ninguém está na parte de trás. - San informou e começaram a ouvir a porta da frente ser esmurrada. - Temos que ser rápidos a porta não aguentará.
- Só irei pegar algumas garrafas de água que estão em cima da mesa. - Wooyoung avisou e correu, já voltando sem demora alguma.
Com tudo em mãos, correram para o quintal dos fundos e pularam o muro, a essa hora a casa já havia sido invadida, San deu uma última olhada na casa e sorriu triste, vendo a mesma ser revirada. Ele gostava daquele lugar, mesmo sendo velho e isolado.
Desviaram pela borda da floresta para chegarem na estrada de terra, que os levaria para a cidade. Andaram, correram e pararam. Andaram por mais algumas horas até chegarem perto da cidade mais próxima, ficaram aliviados ao ver que a mesma não estava mais tão distante.
- Wooyoung. - San o chamou, e este olhou para si. - Agora somos nós, essa cidade e uma vida nova para começar.
- E iremos fazer isso juntos. - Wooyoung entrelaçou sua pequena mão com a de San e sorriram, já começando a correrem em direção à cidade e rirem que nem bobos.
