28 - intimidade

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Observo as diversas flores que tornam o local perfeito e lindo, até uma mulher elegante de olhos escuros e cabelo loiro se aproximar, sua pele é perfeita e sua beleza é deslumbrante, porém as rugas em seu rosto denunciam a sua idade avançada. Ela cruza os dedos e sorri pra mim com simpatia, retribuo o sorriso. Lana

– eu ajudei a escolher as flores, são a cara da Sofi — ela fala

– são lindas

Ela abana a cabeça positivamente e consigo notar que seu olhar desfila por todo o meu corpo como se ela estivesse fazendo um certo tipo de avaliação em mim.

– acho que o meu marido deveria ter lido o discurso que fiz — ela fala demonstrando estar decepcionada e constrangida — não sei porquê ele falou essas coisas. Bom...cadê o Malcom?

– ele ficou com dor de cabeça e foi procurar um analgésico

– uuuuh — ela se aproxima ainda mais de mim — eu posso pegar?  — pergunta olhando para a minha barriga. Faço que sim com a cabeça e com suas mãos delicadas, ela pousa por cima da minha barriga e a vejo fechar os olhos como se pudesse sentir ela — ainda me lembro quando o Malcom estava na minha barriga, ele era um bebê muito inquieto, vivia me dando chutes — ela sorri

– ela ainda não começou com os chutes

– sabe Julie, quando o meu filho perdeu a avó e de seguida a Genevieve terminou com ele eu achei que ele tivesse atingido o mais fundo do poço, mas agora eu vejo que tudo valeu a pena. Malcom parece diferente, é como se ele tivesse recuperado o brilho que essa família tirou dele — ela apruma os lábios sentida — obrigada por trazer o meu filho, e obrigada por me fazer avó

– o Malcom é um homem incrível. Vocês o criaram muito bem

– é sempre bom escutar isso

– aqui está você mãe — Marshall aparece. Seu olhar passa por mim até parar na Lana — eu acho que o papai está exagerando, de novo

– ah essa não — ela se afasta e eu a sigo indo para um outro comodo do salão, onde pude contemplar o Malcom sentado com o pai, ele se mantém calado e atento, enquanto o velho homem pronunciava palavras por cima de outras

– ...sim, me pergunto se é disperdicio. Um mestrado em Harvard já que gasta os seus dias fazendo recados e lambendo o pé do seu tio pra que possa engravidar uma secretária — ele fala bebericando um copo de seu uísque. Me aproximo junto com a Lana escutando a metade da conversa deles

– secretaria? — olho pra ele

– que tal a gente ir dançar um pouco? — Lana passa as mãos no seu ombro numa forma de o insetivar, porém ele não se move e continua falando

– eu não quero ser médico, pelo menos faça algo nobre como juntar-se ao corpo da paz

– não acha que construir é nobre? Que contribui para a cultura? — pergunto

– eu não acho que ele esteja construindo meu bem, acho que ele está fazendo café pra alguém que faz, neste caso o idiota do Henry e a propósito, não é da sua conta isso aqui — seu tom de falar é completamente duro e eu percebo de quem o Malcom herdou tamanha arrogância. Por mais que eles não se dêem bem, é claramente nítido a semelhança que ambos apresentam

– por favor, não fala com a Julie desse jeito — Malcom tenta não parecer grosso, mas ao ver como ele está lutando pra não perder a cabeça e mandar todo mundo para o inferno, sinto uma necessidade de interferir

– tá certo, já que não sabe nada sobre o teu filho eu vou te informar bem rápido, o Malcom é uma pessoa que nossos vendedores financeiros reportam, já vi homens correndo como formigas verificando os seus números porque o Malcom sempre encontra seus erros

Consequência Do Nosso Ódio (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora