Belo Desastre

Parker Hayes

— Pode entrar — falei, ao ouvir alguém batendo à porta.

Jungkook ficou paralisado na entrada.

— Uau!

Sorri e olhei para minha roupa, um macacão curtinho que, admito, era a roupa mais ousada que eu já tinha usado. 

O tecido era fino, preto e transparente, com um forro cor da pele. 

Parker estaria na festa, e eu queria chamar atenção.

— Você está incrível — disse ele, quando coloquei os sapatos.

Fiz um aceno com a cabeça, aprovando o visual dele também — camisa social branca e calça jeans.

— Você também está legal.

As mangas da camisa dele estavam dobradas até os cotovelos, deixando à mostra as tatuagens intricadas dos antebraços. 

Quando ele colocou as mãos nos bolsos, notei que usava seu bracelete de couro preto predileto.

Jimin e Yoongi esperavam por nós na sala de estar.

— O Parker vai ter um treco quando vir você — disse Jimin, dando risadinhas enquanto Yoongi seguia na frente até o carro.

Jungkook abriu a porta e entrei no banco detrás do Charger do Yoongi.

Embora já tivéssemos nos sentado lá inúmeras vezes antes, de repente pareceu esquisito ficar ao lado dele.

Havia várias filas de carros na rua; alguns estavam estacionados até no gramado da frente.

 A Casa estava a ponto de explodir com tantas pessoas, e ainda havia mais gente descendo a rua, vindo dos dormitórios. 

Yoongi estacionou nos fundos da Casa, e Jimin e eu seguimos os meninos.

Jungkook me trouxe um copo de plástico vermelho cheio de cerveja, e então se inclinou para sussurrar algo ao meu ouvido.

— Não aceite cerveja de ninguém além de mim e do Yoon. Não quero que ninguém coloque nada na sua bebida.

Revirei os olhos.

— Ninguém vai colocar nada na minha bebida, Jungkook.

— Só não beba nada que não venha de mim, tá? Você não está mais no Kansas, Flor.

— Já ouvi essa antes — falei em tom de sarcasmo, bebendo um gole da cerveja.

Uma hora havia se passado e nada de o Parker aparecer. Jimin e Yoongi dançavam ao som de uma música lenta na sala de estar quando Jungkook me cutucou a mão.

— Quer dançar?

— Não, obrigado — respondi.

Ele fez cara de decepção. 

Pus a mão no ombro dele e disse:

— Só estou cansado, Kook.

Ele colocou sua mão na minha e começou a falar, mas, quando olhei para frente, vi o Parker. 

Jungkook notou a mudança na minha expressão e se virou.

— Oi, Taehyung! Você veio! — Parker abriu um sorriso.

— É, já estamos aqui faz mais ou menos uma hora — falei, puxando a mão que estava debaixo da do Jungkook.

— Você está incrível! — ele gritou, mais alto que a música.

— Obrigado!

Abri um largo sorriso, olhando de relance para Jungkook, que estava com os lábios tensos. Uma linha tinha se formado entre as sobrancelhas. Parker fez um aceno com a cabeça, indicando a sala de estar, e sorriu: