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Estava de manhã, e sua amiga Alya basicamente convidou a si própria para o apartamento da mestiça. Marinette não ficava com o melhor humor ao amanhecer, mas a empolgação da amiga fazia isso não ser uma prioridade.

— Está bem, mas me explique isso agora! — Alya pede, com empolgação.

— Não tem o que explicar. — diz, simplesmente, enquanto separava as roupas que usaria para o dia.

— Mas é claro que tem! Eu te conheço muito bem para saber que não está, após um dia, namorando o modelinho. — Alya a segue, fazendo gestos para chamar atenção. — Ei!

— Ok, você ganhou! — para o que estava fazendo e a olha. — A gente meio que fez um acordo, extremamente rápido. Ele cismava que queria nossos nomes nas manchetes, ainda mais, e que se fôssemos flagrados juntos seria mais fácil. Então eu o puxei para o banheiro e, com simplesmente algumas marcas de batom, o mundo surtou.

— O poder que vocês tem sobre a gente... meros mortais... — dramatiza, e em seguida gargalha.

— E melhor ainda! Pude faltar a reunião de hoje mais cedo, com isso. O fiz convencer seu pai, para que eu pudesse não ir. — acrescenta, sorridente.

— Sua espertinha! Mas espera ai, mais cedo do que já está? Caramba Marinette, foi realmente um bom negócio.

— Foi, não? — faz a pergunta retórica, orgulhosa. Termina de organizar o que usaria e caminha até o banheiro. — Já volto. Pode ir fazendo café, por favor?

— Posso sim. — sai do cômodo e vai até a cozinha.

Marinette, quando pronta, se reencontra com a amiga. Vestia sua mais usada calça flare, com uma blusa de botões curta cor borgonha. Prendera seu cabelo em duas tranças embutidas, que na ponta pendiam de elásticos para finalizar como pequenos rabos de cavalo.

Alya a entrega uma xícara de café, e em seguida saboreia o líquido quente, que caíra perfeitamente bem no clima frio que estava.

— Que loucura... está em todos os lugares, a foto de vocês dois. — comenta, olhando o celular.

— Viu, funcionou! Me dê um dia e já terei fechado diversos contratos. — ri. — É isso que eles querem, Alya. Choque, fofoca, que se resulta em fama.

— Céus, você está mesmo falando como uma empreendedora do mal. — brinca. Marinette dá de ombros.

— Foi assim que fui treinada. E olha onde estou hoje.

— Estou impressionada, tenho de dizer. Mas olha, que promissora marca que deixou nele, viu! — provoca, ao mostrar as fotos para a mestiça, que revira os olhos.

— Ah, não enche! Pelo menos me livrei da reunião. — ri, enquanto começa a arrumar suas coisas para sair.

— Se apenas com umas marquinhas de batom você se livrou de uma reunião, imagina...

— Nem imagine! — a interrompe. — Bom, tenho que ir agora. Pode ficar aqui o tempo que quiser, viu? Só tranque a porta quando sair.

— Já estou indo, também. Tenho que trabalhar no meu editorial.

— Ah, sim. Te vejo mais tarde, então. — dá um rápido abraço na amiga, e sai do apartamento.

E então, Marinette retorna ao prédio da empresa. Tal qual veria mais do que sua própria casa, provavelmente.

Adrien chegou mais cedo que todos, antes de seu pai até. Por ser o filho do dono, a pressão que caia sobre si era triplicada: tinha de ser sempre pontual, agradável, prestativo. E, ao seu ver, nunca era o bastante.

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⏰ Last updated: Sep 01, 2023 ⏰

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