Posion - 19

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Notas: Quem viu finge que não viu KKKKKKKKKKK QUE INFFERNO perdão gente

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Chegando em casa eu e Kuroo tomamos um banho (separados) e colocamos roupas quentes.

Sentados no sofá fica um clima meio esquisito. E não é por menos já que tem muito tempo que não nos falamos e não ficamos juntos, sozinhos.

Minha perna estava inquieta quando ele coloca a mão em cima dela e sorri para mim. Eu sorrio de volta e aproveito para me aconchegar em seu ombro. Queria ficar mais perto. Aspiro seu perfume quando ele começa a fazer cafuné na minha cabeça.

— Senti sua falta. — Ele fala em um sopro.

Ergo os olhos para olhar ele. Queria ter certeza de que era real. Sem falar nada, estico o corpo e deixo um selar de lábios na quina de seu maxilar. Acho que isso foi uma boa resposta. Falei tanto que agora não sai mais nada. Posso demonstrar apenas com gestos.

Kuroo me olha e segura minha bochecha de leve, fazendo um carinho com o polegar. Ao olhá-lo assim, de pertinho, vejo seus olhos cansados e me sinto imediatamente mal. O que aconteceu na sua casa quando estávamos afastados? O que se passava pela sua cabeça confusa com toda essa mentirada? E tudo isso apenas para os seus pais amá-lo só um pouquinho. Isso não é certo.

— Não faça essa cara... — Ele pede com as sobrancelhas franzidas. Eu pisco os olhos algumas vezes notando minha expressão tensa.

— Desculpa. — Sussurro.

Em um dado momento me levanto do sofá. Fico nervoso com os olhos analíticos de Kuroo mas não demonstro, especialmente quando me sento no seu colo com uma perna de cada lado de sua cintura e lhe dou um abraço.

Kuroo fica um tempo paralisado até que eu sinto seus braços fortes em torno da minha cintura, me puxando para perto.

Pensando aqui, acho que nunca havia dado um abraço nele, mas, posso dizer que esse é o melhor abraço do mundo. Ele enterra a cabeça no meio do meu cabelo e respira fundo me deixando arrepiado.

— Não te falei isso, mas, gostei do seu cabelo curto. — Kuroo fala entre meu pescoço.

Não consigo não rir um pouco. Afasto seu rosto do meu pescoço e lhe dou um beijo. Ato que começa inocente, mas, então, começo a achar pouco. Senti tanta falta dele. Seu toque. Seu beijo. Seu cheiro.

Seus braços grandes de rodeavam com medo de que eu escapasse.

Como o beijo mais intenso agarro seu cabeço, puxando de leve e Kuroo não tarda a descer a mão para minha coxa e apertar. Nesse momento agradeço ao vôlei exigir tanto das pernas.

Agora a sala parecia quente demais. Nosso corpo unido em um só. Os suspiros que viraram gemidos e parecia ter apenas nós dois no mundo. Meu cabelo estava no meu rosto quando ele segura e puxa em um rabo de cavalo, trazendo meu corpo para mais perto do seu.

Palavras incoerentes saiam da sua boca enquanto ia mais rápido, chegando mais perto. Em momento algum ele deixou de olhar para mim e eu gostava disso. Me sentia amado. Sua mão segurando firme a minha. O choque dos nossos corpos suados. Ele era lindo contra a luz amarela e fraca. Seus músculos desenhados com pouca luz era demais para mim. Parecia de mentira. Todo, esse momento todo não parecia real.

Quando acaba me sinto cansado e só penso em dormir, pouco me importando que amanhã seria segunda-feira, então, nos aconchegamos e ficamos ali mesmo, no sofá.

No dia seguinte acordo antes de Kuroo, deitado em cima dele e fico observando ele dormir, ouvindo os passarinhos cantarem na rua. Tão lindo. Nem acredito que passamos por tudo aquilo para finalmente estarmos aqui, mas... e agora?

PosionWhere stories live. Discover now